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Vias públicas de Santos/SP

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Rua José Ricardo

Coordenadas da via: Latitude: -23.931575 e Longitude: -46.331605      [GoogleMaps]

Começa em Rua Tuiuti, no bairro Centro

CEP: 11010-190

Termina em Rua do Comércio, no bairro Centro

Nomes antigos: Rua da Graça, Rua do Sal, Rua 17

Logradouro criado em 1921

História: Rua 17, como se configurava na Planta da antiga Comissão de Saneamento, foi oficializada pela lei 647, de 16 de fevereiro de 1921, que entrou em vigor a 1º de janeiro de 1922, do prefeito municipal coronel Joaquim Montenegro. Em 1810 ganhou o nome de Rua da Graça porque na esquina com a Rua Santo Antônio, atual do Comércio, se localizava a Capela da Graça, erguida por José Adorno e Catarina Adorno. Depois veio a ser conhecida por Rua do Sal, devido aos armazéns de sal que nela se situavam.

Vale sublinhar que o Largo dos Gusmões era toda a área compreendida entre a Ponte do Consulado, para o lado ocidental, até a casa do Vergueiro, fim da Rua do Sal. A Rua do Sal foi substituída por Rua José Ricardo por deliberação da Câmara Municipal na sessão realizada a 22 de agosto de 1878.

No ano da Independencia, em 1822, foi dado ao Porto das Canoas o nome de Porto do Bispo, 'que era a praia que ia desde o muro do Convento de Santo Antonio até defronte da Rua do Sal', que, repita-se, é hoje a Rua José Ricardo. O Porto do Bispo foi designado como homenagem a d. Mateus de Abreu Pereira, bispo de São Paulo, que aqui desembarcou em abril de 1797, ou mais precisamente, desembarcou no chamado Porto das Canoas. D. Mateus permaneceu durante quase um mês em Santos e deu entrada em S. Paulo a 31 de maio de 1797.

Na qualidade de inspetor de obras, o vereador Antonio Ferreira da Silva Júnior – visconde de Embaré -, na sessão da Câmara Municipal de 17 de janeiro de 1868, presidida pelo dr. Inácio Wallace da Gama Cócrane, comunicou que se executaram 'os reparos que exigiam os calçamentos das Ruas do Sal, Direita, Meridional e Praia, despendendo-se com essas obras a quantia de 304$580'.

Visando ao alargamento e prolongamento da Rua do Sal, foi apresentado na sessão da Câmara Municipal de 24 de maio de 1899 projeto de lei 'declarando de utilidade pública o prédio da Capela da Graça, sita à Rua Quintino Bocaiúva, esquina da Rua José Ricardo'. Esse projeto de lei foi acolhido pelo parecer 65, da Comissão de Obras e Viação, aprovado em primeira discussão na sessão ordinária de 31 de maio de 1899 e, em segunda e final discussão, na sessão realizada a 9 de junho de 1899, presidida por José Carneiro Bastos.

Na sessão ordinária, a 19ª, que a Câmara Municipal realizou a 27 de maio de 1903, sob a presidência de Francisco Correia de Almeida Morais, foi apreciado o parecer 30, da Comissão de Obras e Viação, em consonância com o edital 30, de 19 de março de 1903, que abria concorrência pública para execução de obras de melhoramento na Rua José Ricardo. Havia 4 propostas, tendo aquele órgão técnico do Legislativo escolhido a do dr. Alexandre Rodrigues, pelo preço de 10:870$000. Foi o parecer aprovado por unanimidade.

José Ricardo da Costa Aguiar de Andrada nasceu em Santos a 15 de outubro de 1787. Fez os primeiros estudos na terra natal, formando-se em Ciências Jurídicas pela Universidade de Coimbra a 9 de julho de 1810. Combateu como simples soldado no Batalhão Acadêmico, quando da invasão de Portugal por forças de Napoleão. Vindo para o Brasil, foi juiz de fora em Belém; ouvidor em Marajó; desembargador da Relação na Bahia; delegado às Cortes Constitucionais de Lisboa; deputado à Constituinte do Brasil; ministro da Justiça e ministro do Supremo Tribunal. Foi ainda deputado geral por S. Paulo na primeira legislatura, de 1826 a 1829. Escrevia e falava quase todas as línguas vivas e mortas. Trabalhou devotadamente pela Independência do Brasil, da qual seu tio veio a ser o Patriarca. Era conselheiro do imperador. Faleceu no Rio de Janeiro a 23 de junho de 1846 e deixou importantes obras.

Fonte: RODRIGUES, Olao. Veja Santos!, 2ª edição, 1978. Ed. do autor - pág. 372 a 374

Veja mais em [Rua do Sal (José Ricardo) em 1865]
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