Por pouco a Rua Visconde de Embaré não foi parar no Paquetá. É que na sessão ordinária que a Câmara Municipal realizou a 10 de fevereiro de 1887, João Manuel Alfaia Rodrigues Júnior propôs que a Rua Batista Pereira passasse a se denominar Rua Visconde de Embaré. Durante o debate, houve prós e contras, o que levou Alfaia Rodrigues a retirar a proposta, indicando, porém, o nome de Visconde de Embaré à Rua em prolongamento à Amador Bueno, entre a Praça dos Andradas e a Rua São Bento, que é a atual, com aprovação unânime.

Na 41ª sessão ordinária que a Câmara Municipal realizou a 15 de outubro de 1902, sob a presidência de Francisco Correia de Almeida Morais, foi aprovado em primeira discussão o parecer 152, da Comissão de Obras e Viação, com o qual concordou a Comissão de Fazenda e Contas, que adotava projeto de lei autorizando o Executivo a mandar proceder às obras de alargamento da 'Rua Embaré desde a Rua São Bento à Travessa Marquês de Herval'. Esse parecer foi aprovado em segunda discussão na sessão seguinte do Legislativo, a 22 de outubro de 1902.

Pelo parecer 256, subscrito pelos vereadores Augusto Filgueiras, Raimundo Sóter de Araújo, Francisco Antônio de Sousa Júnior, coronel Cincinato Martins Costa e dr. Heitor Guedes Coelho, foi escolhida a proposta de Antônio Pereira de Carvalho para proceder às obras de abertura da Rua Visconde de Embaré, em seu prolongamento entre a Rua São Bento e a Travessa João Cardoso, ficando o intendente municipal autorizado a celebrar contrato com aquele empreiteiro, na forma determinada pela lei 184, de 1902, que declarou de utilidade pública os terrenos necessários a tal fim. Esse parecer foi aprovado na sessão da Câmara Municipal realizada a 5 de dezembro de 1906, sob a presidência de Francisco Correia Almeida Morais.

Antônio Ferreira da Silva Júnior – barão e depois Visconde de Embaré – nasceu em Santos a 21 de dezembro de 1824. Casou a 29 de outubro de 1846 com Gabriela Amália Carvalhais e, em segundas núpcias, com sua cunhada Flora Carvalhais. Foi vereador em 1862, em substituição ao dr. Cunha Moreira, tornando ao posto em 1864, 1865, 1866, 1867, 1868 e 1869, exercendo a presidência da Câmara Municipal em 1865 e 1867; deputado provincial no período de 1854-1855; delegado de Polícia; comandante superior da Guarda Nacional e provedor da Santa Casa da Misericórdia de 1880 a 1882.