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Vias públicas de Santos/SP

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Rua Doutor Batista Pereira

Coordenadas da via: Latitude: -23.959781 e Longitude: -46.317596      [GoogleMaps]

Começa em Rua Xavier Pinheiro, 62, no bairro Macuco

CEP: 11015-101 - lado ímpar

11015-100 - lado par

Termina em Avenida Affonso Penna, 147/Rua Doutor Nilo Costa, no bairro Macuco

Nome antigo: Rua 165 e via no Paquetá que passou a Rua João Otávio

Logradouro criado em 1922

História: Figurava na Planta sob número 165, e sua denominação foi oficializada pela lei 647, de 16 de fevereiro de 1921, que entrou em vigor a 1º de janeiro de 1922, promulgada pelo prefeito municipal, coronel Joaquim Montenegro.

A Rua Batista Pereira situava-se, antes, no Paquetá, substituída a denominação para João Otávio, por iniciativa do vereador Américo Martins dos Santos, que, na oportunidade, afirmou ser ignorado em Santos o sr. Batista Pereira, com aparte do vereador Alfredo Ramires Esquivel de que o cidadão criticado não poderia ser tão desconhecido neste município, por haver sido presidente da Província de São Paulo. Ficou deliberado que a Rua Batista Pereira passasse a denominar-se João Otávio, como até hoje, devendo o nome daquele ser atribuído a uma outra rua que viesse a ser formada.

Refere-se, portanto, a via pública ao dr. João Batista Pereira, que nasceu na cidade de Campos a 20 de outubro de 1835, filho de Jerônimo Batista Pereira. Matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo, pela qual se bacharelou em 1857. Foi dos mais distintos estudantes de sua geração. Orador da Arcádia Jurídica, bem como redatoriou o jornal Iris. Comparado a Lafaiete Rodrigues Pereira. Deram-lhe os colegas o apelido de João das Regras, enquanto entre os familiares era chamado por Jonjoca.

Protegido e amigo dos frades de São Bento, João Batista morou nesse convento durante o curso acadêmico. Defendidas as teses e obtido o grau de doutor, retirou-se para o Rio de Janeiro, onde se dedicou à Advocacia e ao Jornalismo.

Foi eleito sucessivas vezes deputado à Assembléia Legislativa Fluminense. Quando em 1878 subiu ao poder seu partido político, o Liberal, ou o Gabinete do Conselho Sinimbu, foi o dr. João Batista Pereira nomeado presidente da Província de São Paulo, cujas funções desempenhou de 5 de fevereiro de 1878 a 7 de dezembro do mesmo ano. A sua administração foi violentamente combatida pelo Partido Conservador, em maior número, mas ele resistiu e decidiu negar sanção a todas as leis e resoluções, até mesmo ao orçamento provincial. A Assembleia o denunciou ao Supremo Tribunal de Justiça, por excesso e abuso do poder.

O dr. João Batista Pereira também foi deputado geral, eleito pelo Rio de Janeiro, nas legislaturas de 1867-1868 e 1878-1880. Com a subida dos Conservadores ao poder, retraiu-se à Política e exerceu o Magistério Superior, como professor de Direito Criminal. Proclamada a República, Campos Sales, ministro da Justiça, convidou-o para rever o antigo Código Criminal, organizando outro em que se incluísse o Direito Penal, de acordo, aliás, com a evolução jurídica que se operava nesse importante ramo do Direito. O dr. Batista Pereira, aceitando o convite, redigiu o Código Penal (decreto 847, de 11 de outubro de 1890, que permaneceu em vigor até 7 de dezembro de 1940). Faleceu no Rio de Janeiro a 10 de junho de 1899.

Muitos julgam que a via política tem como patrono o diplomata, literato, jurisprudente e político gaúcho, dr. Antônio Batista Pereira, genro de Rui Barbosa. O dr. Antônio Batista Pereira, que vinha frequentemente a Santos, representou a família de Rui Barbosa na cerimônia de colocação da primeira placa denominativa da Praça Rui Barbosa, a 2 de julho de 1923, bem como instalou o Instituto Histórico e Geográfico de Santos, além de participar das solenidades comemorativas do centenário do nascimento de Rui Barbosa, quando, na sala de sessões da Câmara Municipal de Santos, a 10 de novembro de 1949, proferiu aplaudida conferência sob o título 'Rui, na intimidade'.

Fonte: RODRIGUES, Olao. Veja Santos!, 2ª edição, 1978. Ed. do autor - pág. 115/116

Veja mais em [Wikipédia: João Batista Pereira]
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