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Vias públicas de Santos/SP

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Rua Dona Áurea Gonzales Conde (Rua do Peixe)

Coordenadas da via: Latitude: -23.988449 e Longitude: -46.296882      [GoogleMaps]

Começa em Avenida Rei Alberto I, no bairro Ponta da Praia

CEP: 11030-410

Termina em Avenida Saldanha da Gama, no bairro Ponta da Praia

Nome antigo: Rua Aprovada 735

Logradouro criado em 1966

História: Decreto 3.218, de 17 de outubro de 1966, do prefeito municipal engenheiro Sílvio Fernandes Lopes, denominou Dona Áurea Gonzalez Conde a Rua Aprovada 735, no bairro da Ponta da Praia, em consonância com o que requerera o vereador José Vieira.

Como justificativa do ato legal, o chefe do Executivo considerou 'os magníficos serviços prestados à coletividade santense por Dona Áurea Gonzalez Conde, sua notável contribuição ao progresso da Cidade, através de suas iniciativas no comércio, na indústria e na agricultura, e, ainda, suas realizações de caráter filantrópico e assistencial.

Áurea Gonzalez Conde, de origem humilde, ansceu em 1889, na província de Orense, Sobradelo de Valdeorras, Espanha, vindo para o Brasil em 1906. Casou no ano seguinte com Luciano Castro e o casal foi residir em Vargem Grande, Guarujá, e ali, em trabalho ingente, transformou trras pantanosas, insalubres e inóspitas em terras cultiváveis e possibilitando a introdução de uma atividade agrícola em escala comercial, pouco ou quase nada conhecida no Brasil: a cultura da banana. Não se atemorizando com a inclemência da região, Luciano Castro e Áurea Gonzalez Conde viram sugir os primeiros cachos de banana que, com ouros tipos de frutas e verduras, eram levados para o mercado interno, enquanto outras pequenas quantidades da musácea embarcavam em navios em trânsito pelo porto, através de sua tripulação.

Em face do bom resultado das colheitas iniciais, a área de cultivo foi ampliada com o natural objetivo de ser alcançada maior produção. Certo é que a exportação da fruta foi gradataivamente aumentando e pasosu a constituir nova fonte de divisas para o Brasil. Por volta de 1939, pouco antes de se iniciar a II Guerra Mundial, Áurea Gonzalez Conde havia encetado o cultivo de bnana nas cabeceiras do Rio Branco, no município de Itanhaém, procedendo ao transporte da fruta por meio de um cúter a motor, que mandara de propósito construir. Com o agravamento da guerra, passaram os navios a viajar em comboios, quando se observou a diminuição e mesmo a falta de navios para o transporte da banana. Pouco tempo depois, foi empregado um iate nos serviços de condução entre Sntos e portos do Paraná e Santa Catarina e com o decorrer dos anos mandou ela construir o navio Luciano Castro, e posteriormente o Áurea Conde, a que se seguiram outras embarcações de madeira, instituindo, portanto, a atividade de navegação.

Dotada de intensa capacidade de trabalho e voltada para empreendimentos úteis e economicamente interessantes ao País, Áurea Conde, junto com outros exportadores, fundou a Cooperativa Central dos Bananicutores do Estado de São Paulo, que passou a ser a mais alta expressão no gênero, responsável por 60% da exportação brasileira de banana, contribuindo a Organização Áurea Gonzalez Conde com o mais elevado e expressivo contingente de fruta exportada e fornecida ao mercado interno, através daquela Cooperativa.

Áurea Gonzalez Conde contraiu segundas núpcias com Severo Conde Y Conde e era brasileira por título declaratório. Essa dama de elevadas virtudes morais, que deixou seu nome vinculado entre os pioneiros da implantação da cultura da banana no Brasil, faleceu em Santos a 25 de junho de 1966.

Fonte: RODRIGUES, Olao. Veja Santos!, 2ª edição, 1978. Ed. do autor - pág. 101/102

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