![]() | http://www.novomilenio.inf.br/baixada/vias/1a101.htm Vias públicas de Santos/SP | QR Code. Saiba + | ||||||
Rua Andrade Neves |
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Começa em Rua Bittencourt, 70, no bairro Centro CEP: 11013-370 Termina em Largo Sete de Setembro, no bairro Centro Nome antigo: Rua 47 Logradouro criado em 1921 | ||||||||
![]() Rua número 47, foi oficializada pela lei 647, de 16 de fevereiro de 1921, que entrou em vigor a 1º de março de 1922, promulgada pelo prefeito municipal, coronel Joaquim Montenegro. Decorreu do projeto de lei aprovado em 1ª e 2ª discussões, respectivamente, nas sessões da Câmara Municipal realizadas a 14 de janeiro e a 16 de fevereiro de 1921. Às margens do caudaloso Jacuí, na então Vila do Rio Pardo, nasceu a 22 de janeiro de 1807 José Joaquim de Andrade Neves, filho do major José Joaquim de Figueiredo Neves. Com 19 anos de idade assentou praça no 5º Regimento de Cavalaria, mas viu-se forçado no ano seguinte a deixar o quartel para ajudar seu genitor na luta pela vida. Em 1835 integrou as forças legais na Revolução dos Farrapos, quando se viu galardoado com o título de major por sua bravura e intrepidez reveladas na luta da Ilha do Fanfa. Ferido no combate de Taquari, mereceu elogio do ministro da Guerra e sua nomeação a 7 de setembro de 1841 a tenente-coronel honorário do Exército. Tomando parte na Guerra do Paraguai, comandou em 1865 a 2ª Divisão de Cavalaria, cuja vanguarda era conduzida por Osório. Foi notável sua atuação, a todos se excedendo em reconhecimento sob o fogo adversário, alcançando rotunda vitória na luta de Humaitá, por cujo feito recebeu o título de barão do Triunfo, além de elogio do então marquês de Osório. Vale reproduzir este trecho de Grandes Soldados do Brasil, de Lima Figueiredo: 'A cavalaria de Andrade Neves continuou a brilhar. Contudo, na tomada de Estabelecimento ele se viu na contingência de agir a pé, assaltando as trincheiras inimigas como se fosse um rapazola de vinte anos. Após a tomada do formidável reduto, com a mais ática das afeições, fez o elogio do rocinante: Foi uma perda sensível; é custoso achar outro igual. Tinha todos os combates desta guerra e nele havia eu saído de minha casa'. Andrade Neves superou os combates de Itororó e Avaí, mas no seguinte, o de Lomas Valentinas, agindo com o vigor de sempre, 'esse velho que possuía uma energia digna de Guilherme Tell, como Aquiles', foi ferido no pé. Veio a febre e, consequentemente, o aniquilamento daquele espírito moço numa carcaça de sessenta e dois anos. Mas lá também lutou até vencer e, por fim, atingiu Assunção, onde veio a falecer a 6 de janeiro de 1869. Segundo o general Dionísio Cerqueira, em Reminiscências da Campanha do Paraguai, 'na ponte de Surubihi, onde se travou cruenta luta, que vencemos, Andrade Neves, o mais belo e esforçado cavaleiro rio-grandense e comandante da vanguarda, estacou o cavalo diante dos paraguaios, que avançavam contra a nossa artilharia; deteve-os e os deixaram pasmados por tanta intrepidez e desprendimento, repetindo a façanha de Bayard contra os guerreiros espanhois na ponte de Garigliano'. O Regimento Escola de Cavalaria recebeu o nome daquele que tinha 'por corcel as asas do pampeiro' e que, ao expirar, pensando na Pátria, balbuciou: -Camaradas!... mais uma carga! José Bonifácio de Andrada e Silva escreveu o belo poema O Redivivo, do qual reproduzimos estes trechos: 'Dorme o batalhador'... Por que chorá-lo? Armas em funeral! - silêncio, ó bravos! Que a dor não o desperete! Tão só... tão grande... sobre a terra inerte! A pátria além... partido o coração... Saudade imensa... e imensa solidão...' ......................... 'Armas em continência! - é um morto vivo! Ei-lo que passa agora, erguido ao alto, No esquife da vitória! O Brasil o saúda, e tu, História, Um poema de luz de novo escreves! Soldados, cortejai Andrade Neves!' Fonte: RODRIGUES, Olao. Veja Santos!, 2ª edição, 1978. Ed. do autor - pág. 65 a 67 | ||||||||
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