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Vias públicas de Santos/SP

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Rua Almeida de Morais

Coordenadas da via: Latitude: -23.948164 e Longitude: -46.331384      [GoogleMaps]

Começa em Avenida Conselheiro Nébias, 352, no bairro Vila Mathias

CEP: 11015-450

Termina em Rua Paraná, 167, no bairro Vila Mathias

Nomes antigos: Rua Segunda, Rua 96

Logradouro criado em 1906

História: Rua número 96. Pela lei 237, de 10 de outubro de 1906, promulgada pelo intendente municipal, coronel Carlos Augusto de Vasconcelos Tavares, foi considerado de utilidade pública o terreno necessário ao prolongamento da Rua Segunda, que passou a denominar-se Almeida de Morais.

A denominação proveio do parecer 194, da Comissão de Obras e Viação e Fazenda e Contas, que adotou o projeto de lei apresentado pelo vereador coronel Cincinato Martins Costa, aprovado em primeira discussão na sessão da Cãmara Municipal de 3 de outubro de 1906 e em discussão final na sessão de 10 de outubro do mesmo ano, ambas presididas pelo sr. Francisco Correia de Almeida Morais.

Oficializou-a a lei 647, de 16 de fevereiro de 1921, que entrou em vigor a 1º de janeiro de 1922, do prefeito municipal, coronel Joaquim Montenegro. Esse mesmo diploma legal retificou a denominação de Coronel Almeida Morais para Almeida Morais.

Pela lei 621, de 2 de julho de 1919, do vice-prefeito municipal em exercício Arnaldo Ferreira de Aguiar, foram declarados de utilidade pública os terrenos necessários ao prolongamento da Rua Almeida Morais, no trecho entre a Rua Constituição e Caminho Velho da Barra.

Francisco Correia de Almeida Morais nasceu na cidade de Tietê em 1837, onde constituiu família, contraindo matrimônio em 1858 com sua prima Leopoldina Augusta. Teve o casal 15 filhos. Em 1887 mudou-se para Santos, onde o coronel Almeida Morais se estabeleceu com a firma comissária de café Almeida, Melo & Cia., cujo sócio era seu amigo Luís de Melo. Ingressando na política, foi nomeado para o Conselho de Intendência a 14 de fevereiro de 1891, retornando ao cargo no período de 7 de janeiro de 1902 a 7 de janeiro de 1908, tendo ocupado a sua presidência de 1898-1899 e 1902-1907. Exercia as elevadas funções quando aqui grassou a epidemia de febre amarela, durante a qual prestou dedicados e salientes serviços, improvisando hospitais e instalando enfermarias, uma das quais teve seu nome.

Deve-se-lhe a construção do monumento a Braz Cubas, pois como presidente da Câmara Municipal contratou a execução dessa obra escultórica com o artista Lorenzo Massa a 10 de março de 1906 e que foi solenemente inaugurada a 26 de janeiro de 1908.

A 4 de agosto de 1907, pela lei 258, fundou a Academia de Comércio de Santos, que deu origem à Associação Instrutiva José Bonifácio. Foi ainda o criador do Corpo Municipal de Bombeiros e mandou construir a primeira casa de tijolos em Guarujá.

Conhecia a fundo a história do Brasil, principalmente de São Paulo, Santos e Santo André da Borda do Campo, promovendo constantemente reuniões sobre o tema em sua residência, em companhia de Benedito Calixto, barão Homem de Melo, senador Lacerda Franco e outros, provocando o assunto, por vezes, discussões acaloradas, mas cordiais.

Em Santos morreram cinco de seus filhos, sobrevivendo apenas a de nome Célia, que casou em 1907 com Estevão Lisboa e morreu em 1944, deixando os filhos Amaro, Francisco e Maria de Lourdes. Dos três netos que Almeida Morais deixou, apenas existia (em 1975) o professor Francisco Lisboa, residente em Santos, casado com a professora Dulce Chagas.

O coronel Almeida Morais, homem de talento, criterioso pesquisador de fatos históricos, como enunciado acima, escreveu trabalhos de repercussão, como Braz Cubas - Subsídios para a Biografia do Fundador e Povoador de Santos. Faleceu nesta cidade, na Rua 7 de Setembro, a 13 de dezembro de 1913.

Na sessão da Câmara Municipal realizada a 18 de dezembro de 1913, o vice-presidente em exercício, vereador Antônio de Freitas Guimarães Sobrinho, comunicando o trespasse do coronel Francisco Correia de Almeida Morais, deliberou encerrar o expediente da Secretaria, colocar uma coroa de flores sobre o ataúde e convidou os demais vereadores para o funeral do venerando e prestante varão.

O Indicador Comercial Santista, edição 1908, publicou a seguinte nota sobre o venerando cidadão: 'Prestamos justo preito de homenagem estampando o retrato do benemérito cidadão que presidiu dignamente, a contento do povo santista, durante 6 anos, a Câmara Municipal. É por demais conhecido pelos habitantes desta cidade o caráter probo e invejável do coronel Francisco Correia de Almeida Morais. Está longe do merecimento que tem o ex-presidente da nossa Edilidade a modesta homenagem que ora prestamos, publicando a árvore genealógica do querido ancião que Santos tanto estima'.

Fonte: RODRIGUES, Olao. Veja Santos!, 2ª edição, 1978. Ed. do autor - pág. 43 a 45

Veja mais em [Os dirigentes: Francisco Correa de Almeida Moraes]
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