Capa do livro
Onde está enterrado o fundador de Santos? Se responder que é sob o monumento com
que a cidade o homenageou, estará apenas repetindo uma lenda que se criou no século XX, e que não tem qualquer fundamento.
Não, ele não está lá. Nunca esteve.
Mas, afinal, quando morreu Braz Cubas? O próprio
historiador que mais se aproximou da documentação original, frei Gaspar da Madre de Deus, apresentou informações
contraditórias em seus escritos, criando dúvidas que agora se procura responder.
Certo, mas quando nasceu este fidalgo português?
Aliás, nem fidalgo ele era quando chegou pela primeira vez ao Brasil, embora estivesse nas graças de Martim Afonso de Souza e
da Casa Real. E como decorreu a aproximação entre esses jovens dos primeiros anos do século XVI, de destinos tão diferentes?
Novamente, mistérios, que só com a ajuda da matemática e de muita dedução se consegue equacionar.
Com quem se casou Braz Cubas? Quantos filhos ele
teve? Quando eles nasceram? Quando seus familiares vieram para o Brasil? À primeira vista, nada disso está claro nos
documentos disponíveis. Enfim, a vida de Braz Cubas é um grande mistério, que começa antes de seu nascimento e, mesmo após a
sua morte, atravessa os séculos e continua gerando mitos, enganos, dúvidas, incertezas.
Só mesmo um historiador com espírito de Sherlock
Holmes, para fazer uma verdadeira caçada à pouca e bem esparsa documentação existente e, ao som do violino (pois, como o
famoso detetive inglês, também é violinista!) refletir sobre as informações disponíveis,
chegando a conclusões surpreendentes. Cotejando enorme quantidade de documentos, alguns até agora inéditos, Waldir Rueda traz
neste livro um pouco mais de luz sobre este importante personagem da história do Brasil, das Américas e de Portugal.
O rigor nas informações e análises feitas é
demonstrado pela ampla e precisa referenciação bibliográfica, que se não esgota o assunto, serve como ponto de partida para
futuras (re) descobertas sobre este vulto histórico, responsável principal pelo surgimento de uma povoação que em 2008
comemora seu 474º ano de existência, mantendo ainda em seu lema uma referência a outra ação de seu fundador. Pois Santos é a
Terra da Caridade e da Liberdade, e essa caridade começou no próprio momento de sua criação, com a Santa Casa de Misericórdia,
trazida pioneiramente para as Américas por... sim, por Braz Cubas!
Mas, quais as razões que levaram Braz Cubas a se
interessar tanto pela instituição da Misericórdia? Bem, seu avô... mas, para contar isso, seria preciso transcrever aqui um
dos capítulos deste livro. E, se os Cubas eram tão ligados assim à Irmandade da Misericórdia, por que seus bens foram para o
Carmelitas da Vila de Santos? Responder a essa pergunta seria transcrever mais um significativo trecho dessa obra, que só por
essas abordagens (e há muitas outras) já merece a leitura e consulta permanente, por quem quer que se interesse pela história
de Santos, da colonização do Brasil, da expansão ultramarina portuguesa...
Para os santistas de hoje, há um motivo a mais para
conhecerem as informações contidas neste livro. Afinal, a qualquer momento as ruas e praças por onde sempre transitaram
poderão dar lugar a um canteiro de obras, onde arqueólogos, orientados pelas novas informações agora disponíveis, trabalharão
com afinco para – literalmente – desencavar muito mais informações sobre os primeiros tempos da colonização portuguesa nas
Américas!
Convite para o lançamento da obra
Braz Cubas, homenagem a uma
vida
Waldir Rueda – historiador,
professor, pesquisador, músico.
304 páginas, ilustradas.
Editora Comunnicar – Santos /SP
Lançamento em Santos: 25 de
janeiro de 2008, às 18 horas
Local: Centro Português de Santos
(Rua Amador Bueno, 188).
Apoio: Prefeitura Municipal de
Santos/Secretaria de Turismo e Cultura, Câmara Municipal de Santos, Site Novo Milênio, Jornal e Televisão A Tribuna de
Santos e Centro Português de Santos.
Waldir Rueda
PERSISTÊNCIA |
"Seguindo as pistas, ele descobriu coisas que eram supostas e outras
que desconhecíamos" |
Wilma Therezinha
Historiadora e professora |
Matéria publicada no jornal
santista A Tribuna, em 8 de maio de 2002, sobre o então estudante universitário Waldir Rueda e sua pesquisa relativa a
Braz Cubas