Cubatão comemora 476 anos com lançamento de livro sobre sua
história
Obra será
distribuída a bibliotecas e escolas
Há 476 anos, em 10 de fevereiro de
1533, Martim Afonso de Souza assinava uma carta de sesmaria em nome de Rui Pinto, que foi o segundo documento de doação de terras no Brasil e
primeiro a citar o topônimo Cubatão. Essa história é uma das primeiras contadas no livro “Cubatão – Caminhos da História, que foi lançado nesta
terça-feira durante solenidade no Bloco Cultural do Paço Municipal de Cubatão.
A obra de 100 páginas, de Cesar Cunha Ferreira,
Francisco Rodrigues Torres e Welington Ribeiro Borges, foi produzida com apoio da Lei de Incentivo à Cultura/Ministério da Cultura e patrocinada
pela indústria Carbocloro, sendo a sua tiragem integralmente distribuída a escolas e bibliotecas de todo o Brasil, bem como aos participantes da
tarde de autógrafos então realizada.
Por estar em Brasília, tratando da obtenção de verbas
federais para o município, a prefeita Márcia Rosa enviou mensagem em vídeo parabenizando os autores, enfatizando a importância de mais escritores
produzirem trabalhos valorizando a cultura e a história de Cubatão, como esses servidores públicos, além de destacar a presença na solenidade do
músico cubatense Manoelito Martins (que tocou diversas músicas durante o evento).
A prefeita também se fez representar pelo
vice-prefeito Arlindo Fagundes Filho, que ressaltou a importância das novas informações trazidas por esse livro, já que "toda a história do Brasil
tem um pouco da história de Cubatão", exortando a que "novos autores se debrucem nas pesquisas e tragam novas contribuições para essa história
brilhante como é a de Cubatão". Curioso confesso pelos aspectos da história da cidade, disse ser este "um dos livros mais completos" que já leu,
além do mérito de ter sido escrito por pessoas que atuam no quadro funcional da Prefeitura.
Diversos secretários municipais, diretores
departamentais e outros convidados participaram da cerimônia, como a secretária de Cultura e Turismo, Marilda Canelas. Ela notou que a obra
resgata "a auto-estima dos cubatenses, deixando muito claro que Cubatão sempre foi muito mais que um caminho de acesso entre o porto e o
planalto". Por isso, segundo ela, o livro é mais um patrimônio da cidade. Também presente o presidente da Câmara Municipal, vereador José Roberto
Azzoline Soares, que parabenizou os escritores.
Márcio Abreu, gerente industrial da Carbocloro, disse
que não falaria sobre sua empresa, pois melhor divulgação já é feita pelo programa Fábrica Aberta, que desde 1985 já recepcionou mais de 80 mil
visitantes nas instalações industriais, eles mesmos se tornando fatores multiplicadores do trabalho realizado na empresa. Sobre o livro, observou
que "não é qualquer cidade que tem servidores públicos com essa competência, temos muito orgulho de vocês".
O historiador Welington Borges, por sua vez, citou a
contribuição de diversas pessoas nas diversas fases de preparação do livro, como as imagens cedidas pelos fotógrafos Rolando Roebellen, Dílson
Silva Mato Grosso, Carlos Moura, Manuel Ricardo Silvestre Costa e pela Agência Brasileira de Gerenciamento Costeiro, e a edição/editoração feita
pela empresa Design & Print. Explicou ainda que 300 exemplares do livro serão enviados à Biblioteca Nacional, para distribuição a bibliotecas de
todo o país, enquanto alguns exemplares serão distribuídos pela Carbocloro e os demais serão encaminhados a bibliotecas públicas e escolas da
região.
Francisco Torres citou as descobertas feitas durante
as pesquisas sobre o ciclo da cultura da banana em Cubatão, bem como a planta da edificação do Pouso dos Tropeiros, até então desconhecida
no Município. Destacou ainda as pesquisas que vêm sendo feitas há várias décadas sobre a história cubatense, sendo que as primeiras foram feitas
pela professora Inês Garbuio Peralta.
O professor Cesar Ferreira abordou as questões
geográficas tratadas na obra, enfatizando aspectos de Geografia Humana: os diversos contingentes de migrantes que afluíram à região nas várias
fases econômicas, sua distribuição pelo território do município, os problemas urbanos daí surgidos e que persistem até os dias atuais. O livro
também aborda amplamente a recuperação ambiental efetuada em anos recentes, o investimento ambiental feito por indústrias como a Carbocloro e as
melhorias resultantes. Terminou lembrando que "um povo sem memória é um povo sem futuro".
Bananas
– Uma das novidades do livro recém-lançado foi a descoberta, em antigos documentos do Arquivo Público do Estado de São Paulo, que o cultivo da
banana em Cubatão é bem mais antigo do que se pensava, pois já é citado em ofício de 28 de março de 1837, enviado pelo capitão José Marcelino do
Amaral ao presidente da Província de São Paulo, Bernardo José Pinto Gavião Peixoto, onde consta: "o falecido Capitão Antonio Mariano dos Santos,
ali fez a sua plantação de arroz e um bananal, depois disto ficou largado, levantou capoeira alta..." Até então, pensava-se que havia iniciado por
volta de 1870, logo após a inauguração da ferrovia entre São Paulo e Santos, a S. Paulo Railway.
Essa cultura se tornou tão importante que tanto o
antigo brasão do município como o atual incluem duas folhas de bananeira entre seus elementos, e logo após a emancipação do município em 1949, os
vereadores aprovaram a lei nº 12, que criava o Dia da Banana, comemorado no dia 23 de setembro de cada ano.
10/02/2009 07:10:00 PM–
CPM
FOTOS: Maria Érica/Depto. de Imprensa/PMC - <FOTO
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Os três autores na tarde de autógrafos do livro
Foto: Maria Érica/Departamento de Imprensa/Prefeitura
de Cubatão
O músico Manoelito Martins fez apresentação
especial na oportunidade
Foto: Maria Érica/Departamento de Imprensa/Prefeitura
de Cubatão
Os três autores, autoridades municipais e
convidados, na tarde de autógrafos do livro
Foto: Maria Érica/Departamento de Imprensa/Prefeitura
de Cubatão