ESPETÁCULO
Babilônios descobriram como
prever o fenômeno
Embora
o Sol seja 400 vezes maior que a Lua, também está 400 vezes
mais distante da Terra. Essa coincidência matemática é
que permite, algumas vezes, a pequena Lua encobrir o Sol totalmente. Há
mais de três mil anos, os babilônios descobriram que bastava
um simples instrumento de cálculo (o ábaco, então),
para se prever um eclipse solar ou lunar.
Aliás, a Astronomia é
a mais antiga ciência, tendo regido a construção das
pirâmides maias e egípcias, do complexo inglês de Stonehenge
etc. Tabuletas assírias de argila registraram o mais antigo eclipse
solar de que temos conhecimento detalhado no ano 763 antes de Cristo, mas
há um registro ainda mais antigo: nas ruínas da cidade síria
de Ugarit foi encontrada uma tabuleta registrando o eclipse ocorrido em
março de 1223 aC.
O eclipse considerado mais importante
ocorreu no ano 585 aC, durante a batalha entre os persas e os lídios
(povos que habitavam o território da atual Turquia). Segundo o historiador
Heródoto, o fenômeno fora previsto pelo filósofo grego
Thales, e marcou o fim do reino de Lydia, absorvido pelo império
persa. A faixa de escuridão do eclipse de amanhã passará
novamente por essa área.
Saros 145 – Os babilônios
e caldeus descobriram que os eclipses solares ocorrem da mesma forma a
cada 223 meses, período que ficou conhecido como Saros, uma transcrição
corrompida para o idioma grego da palavra babilônia Saru. Essa palavra
significa 3600, mas a razão desse número dar o nome ao intervalo
entre tais eclipses se perdeu no tempo, sendo hoje desconhecida.
Saros é o período em
que Sol, Terra e Lua retornam virtualmente à mesma configuração
no céu. É um período de 6.585 dias e um terço
(exatamente 6.585.32 dias de 223 meses sinódicos - intervalos entre
duas luas cheias - ou 6.585.45 dias de meses anomalísticos - intervalos
entre duas passagens da Lua pelo perigeu). Um novo ciclo Saros começa
a cada 18 anos com um eclipse parcial visível de um dos pólos
da Terra.
Ocorrem de dois a cinco eclipses solares
por ano, mas raros são os pertencentes a uma mesma série
Saros. O eclipse de amanhã é o 21º do ciclo conhecido
como Saros série 145, que é a definida como iniciando em
6 de janeiro de 1639 (data de um eclipse parcial do Sol, que marcou o início
da contagem dessa forma) e terminando no eclipse parcial de 17 de abril
de 3009, com um total de 77 eclipses (41 totais, 34 parciais, um anular
e um híbrido).
No momento, a cada eclipse dessa
série, a duração do período de totalidade (em
que o Sol é totalmente encoberto pela Lua) é crescente, e
em 25 de junho de 2522 haverá o maior eclipse, quando o período
de totalidade durará sete minutos e 4 segundos, mais do que o dobro
do tempo que será registrado amanhã. Após 2522, o
período de totalidade vai decrescendo até o ano 3009. Veja
mais detalhes,
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e a tabela
completa.
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