CHIPS
Estudantes santistas ganham prêmio
na França
Alunos de Engenharia da Unisanta
são destaque na cidade de Toulouse
Três
estudantes de Engenharia da Universidade Santa Cecília (Unisanta),
integrantes da quarta turma enviada para estagiar no Instituto de Ciências
Aplicadas de Toulouse, na França, em 7/1999, conquistaram o quinto
lugar entre os melhores trabalhos apresentados por dois mil grupos de outros
países que foram àquela cidade nos últimos doze anos,
segundo avaliação daquele instituto francês.
Os alunos Washington Silva, Gustavo
Bonesso e Roberto de Paula Genofe e outros dez estudantes santistas ficaram
dez dias em Toulouse. Segundo o professor Djalmir Costa Mendes, que acompanhou
o grupo, o desempenho de todo o grupo foi considerado muito bom. Eles foram
divididos em grupos e o chip produzido por Washington, Gustavo e
Roberto teve rendimento de 100%.
A avaliação dos chips
é feita por computadores. Após o exame efetuado por meio
do micro-osciloscópio eletrônico, é calculado o desempenho
dos estagiários, comparando-o com o de outros chips prouzidos
neste e nos anos anteriores. Os especialistas franceses ficaram impressionados
com todo o grupo da Unisanta, conta o professor Djalmir, que leciona no
curso de Engenharia Eletrônica da Unisanta.
Estágio – Os 13 estudantes
de Engenharia de Telemática, Engenharia Eletrônica e Engenharia
de Computação da Unisanta permaneceram dez dias no Institut
National des Scienses Appliquées (INSA) de Toulouse, assistindo
a aulas teóricas e práticas, terminando o curso com a construção
de chips. Acompanhados também pelo professor Joaquim Augusto
Peres, de Eletrônica, estiveram em Toulouse também os alunos
Sérgio Ribeiro, Mario Nogueira, Mauro Abarcon, Letícia Gazal,
Leandro Oliveira, Raphael Silva, Vanderlei Fernandes, Márcia Binatto,
Fábio Ferreira e Ronaldo Rocha.
A Unisanta é a única
universidade credenciada da América do Sul naquele centro de pesquisas.
Segundo os professores, o estágio no INSA tem sido muito proveitoso
para os estudantes. Dois deles, agora formados, conseguiram emprego após
comprovar sua experiência no instituto francês. O programa
de estágio inclui um curso de fabricação de circuitos
integrados no Atelier Interuniversitário e Microeletrônica
(AIME) do INSA. Os universitários aprendem a fazer circuitos integrados,
contendo deste transistores a portas lógicas, a partir de uma placa
de silício de aproximadamente 0,3 milímetros.
Todo o processo é desenvolvido
durante uma semana, num local livre de impurezas, denominado "sala limpa",
composto por três compartimentos. Para impedir a entrada de qualquer
corpo estranho que possa danificar os equipamentos de alta precisão,
o ambiente é submetido a uma pressão um pouco mais elevada
do que a normal.
Luvas, sapatos, touca, avental e
óculos especiais fazem parte do traje obrigatório usado na
sala limpa. Qualquer partícula pode contaminar as placas, sempre
manuseadas com pinças. Entre os equipamentos utilizados, há
um microscópio que aumenta as placas em até 100 mil vezes
o tamanho natural, permitindo verificar qualquer imperfeição
nos circuitos.
Fabricação –
As placas de silício passam por vários processos, que vão
desde a metalização, feita em fornos com temperatura variando
entre 500 e 1000ºC, até o teste final do circuito integrado.
Os estagiários são divididos em grupos e cada um deles fabrica
seu circuito, posteriormente encapsulado e soldado aos terminais (pontos
de contato dos componentes), através de fios de ouro e emendas em
alumínio. Este processo é feito em um equipamento de solda
a vácuo. Cada placa fabricada armazena 256 chips, ou seja, dá
origem ao mesmo número de circuitos.
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