INFORMÁTICA
FÁCIL (2)
Vírus: desmistificando uma
ameaça eletrônica
Há várias formas
de evitar o contágio em seus sistemas
Alexandre Sobrino (*)
Colaborador
Conforme
comentamos anteriormente, há um tipo de programa de computador bastante
eficaz e capaz de evitar a contaminação da sua máquina
e de seus disquetes, bem como eliminar uma destas pragas que por uma fatalidade
estejam instaladas em sua máquina: são os conhecidos programas
antivírus (ou vacinas).
Os antivírus são geralmente
compostos por dois programas distintos: um programa monitorador - também
chamado de firewall (parede de fogo) ou shield (escudo) -
e um programa de caça e detecção de vírus.
O primeiro faz parte de uma classe
de programas chamada TSR (Terminate-And-Stay-Resident) e permanece
residente na memória do computador durante toda a sessão
de trabalho, monitorando as principais rotinas de gerenciamento do equipamento,
dentre outras tarefas mais complexas. De qualquer forma, se algum programa
tentar invadir a memória "sem ser convidado" ou alterar alguma das
rotinas do sistema sem motivo aparente, o monitorador entrará em
ação, intercedendo e impedindo a investida, além de
tentar identificar o invasor - coisa que eles quase sempre conseguem!
Ações – O antivírus
que utilizo, por exemplo, diante de uma tentativa de infecção,
exibe na tela uma janela comunicando a invasão e barra o intruso,
com indiscutível classe e elegância - assim, o vírus
simplesmente não consegue se alojar na memória para se alastrar.
No entanto, muitos usuários preferem deixar o monitorador desabilitado,
visando economizar memória; em outras palavras, um verdadeiro convite
aos disquetes contaminados.
O segundo programa é a vacina
propriamente dita, cuja função é rastrear, identificar
e eliminar possíveis vírus já instalados. Naturalmente,
o primeiro lugar verificado por este utilitário é a memória
e, caso sejam encontrados traços de infecção, será
solicitada a reinicialização da máquina. Assim, você
deverá manter o seu equipamento desligado por alguns segundos e
religá-lo em seguida, passando novamente o anti vírus.
Se o vírus for novamente detectado
na memória, é praticamente certo que o bichinho já
esteja instalado em sua máquina, e, possivelmente, na área
de boot (ou então... veja o tópico Alarme Falso).
Se nada foi encontrado em memória, a vacina fará a verificação
do seu disco rigído. Portanto, é muito provável que
o maldoso programa ainda não tenha atacado a área de inicialização
do sistema (e talvez não aja desta forma) ou, então, que
tenha tido tempo de atacar somente alguns arquivos isolados (ou ainda...
sim, você já desconfia: Alarme Falso). De qualquer
forma, o rastreamento do seu HD será iniciado e, em poucos minutos,
você obterá informações precisas, podendo partir
para a destruição do vírus, caso seja necessário.
Entretanto, espero que você
não tenha desprazer parecido com o que eu tive há dias atrás,
descobrindo que um tal de Parity Boot D invadiu minha estação
e o antivírus, apesar de reconhecê-lo, não tinha um
método específico para eliminá-lo. Para minha alegria
e alívio, o rastreador resolveu aplicar um tal de "procedimento
genérico de remoção número 2" e destruiu o
intruso.
O mais importante de tudo, caso seja
confirmada a presença de vírus, é não se desesperar:
se você não souber como proceder, desligue seu equipamento
e chame um amigo mais experiente ou consulte alguém especializado.
Não pense em formatar o disco rígido para eliminar o problema:
essa atitude é extremamente amadora e, acredite, nem sempre resolve
o problema.
Por fim, tenha em mente que a forma
mais segura de se remover um vírus da sua máquina é
inicializando-a a partir de um disquete de boot, totalmente livre
de contaminação, protegido e contendo o sistema operacional
e uma vacina. Assim, você terá garantias de que o anti vírus
não se instalará na memória por ocasião do
boot do disco rígido - que já poderá estar
contaminado.
Alarmes falsos – Sim: eles
existem, e, aliás, sou vítima deles a todo instante. O fato
é que o processo de detecção de um vírus por
uma vacina envolve a realização de uma verdadeira devassa
na memória da sua máquina, onde é identificado e investigado
todo e qualquer trecho de código ou alteração suspeita
nas rotinas do sistema.
Ocasionalmente, os pedaços
de algum programa residente em memória ou alterações
por ele realizadas poderão acabar enganando o antivírus,
que por sua vez fará um tremendo alarde sem motivo algum. Isso pode
ocorrer com freqüência, caso você prefira se utilizar
do monitorador de um fabricante x, junto com a vacina de um produtor y.
O resultado desta combinação é um curioso conflito.
Se assim não fosse, o alarme do vírus Tonya, que me acompanha
há quase dois anos, teria deixado de existir há muito tempo...
(*) Alexandre
Sobrino é bacharel em Ciências da Computação
e pós-graduado em Computação e Sistemas Digitais pela
Universidade Santa Cecília (Unisanta), além de consultor
de informática, web-designer
e professor das faculdades de Ciências e Tecnologia e Artes e Comunicação
da Unisanta e do Curso Técnico em Processamento de Dados da Escola
Técnica Treinasse.
Veja mais:
Vírus:
desmistificando uma ameaça eletrônica (1)
Vírus:
desmistificando uma ameaça eletrônica (3) |