POR DENTRO
DO COMPUTADOR - 13
Arquivos ainda têm nomes complicados
Todo
programa pode ser considerado um arquivo, mas nem todo arquivo é
um programa. Uma primeira classificação dos arquivos pode
ser em arquivos executáveis (simplesmente com extensões [*.EXE]
ou ainda na forma [*.COM] no caso de arquivos de comandos e [*.SYS], do
sistema operacional) e de dados (com milhares de formatos, como os arquivos
de imagens [*.JPG] e [*.BMP], os bancos de dados [*.DBF], os arquivos de
índice [*.NDX], os arquivos de som [*.MID], entre tantos outros).
Certos arquivos
são conhecidos como drivers (geralmente com o final [*.DRV]), conjuntos
de instruções específicos para configurar um periférico,
como um scanner ou uma placa de som. Existem também as fontes de
letras (como os [*.TTF]), que são tabelas especiais com as instruções
para o sistema desenhar uma família de letras na tela ou na impressora.
De forma semelhante, surgiram recentemente fontes de som, que permitem
reproduzir o som de um determinado instrumento musical. Certos programas
geram arquivos temporários (final [*.TMP]) ou para cópia
de segurança (final [*.BKP], de back-up).
Windows
já associa extensões de arquivos com os programas a que se
referem
Certos programas
podem ter apenas um arquivo executável, enquanto outros podem ser
formados por centenas e até milhares de arquivos com funções
específicas, como é o caso dos principais grupos de programas:
editores de texto (como o Word), planilhas eletrônicas (como o Lotus
1-2-3), bancos de dados (como o DBase), de editoração de
publicações (como o CorelDraw e o PageMaker), apresentações
(Powerpoint), comunicações (Winfax, Netscape), os modernos
games
(Doom) etc.
O editor de
textos Word para Windows, por exemplo, é um programa composto por
um grande número de arquivos. Inclui arquivos executáveis
(final [*.EXE]), arquivos de inicialização (tipo [*.INI]),
as bibliotecas de funções dinâmicas (chamados arquivos
[*.DLL]), os modelos (templates) de documentos (arquivos [*.DOT]), os documentos
(como o do original deste texto, em arquivos [*.DOC]), arquivos com imagens
clipart que podem ser incluídas nos documentos (por exemplo, arquivos
Windows Meta-File, de final [*.WMF]) e outros.
No Windows,
o Explorer mostra os arquivos de forma semelhante à do DOS
A propósito,
num micro atual é fácil reunir muitos milhares de arquivos
(só o Windows tem várias centenas deles!). Se estivessem
todos juntos, seria como encontrar uma agulha num palheiro. Para facilitar
a localização, surgiram os subdiretórios (que no Windows
95 são chamados de pastas). O diretório básico, como
numa árvore, é chamado de raiz, e os galhos são conhecidos
como diretórios. Os galhos que saem de outros galhos, ou seja, as
subdivisões dos diretórios, são chamados de subdiretórios.
Por exemplo, o arquivo (modernamente chamado de objeto) de fonte de letra
[ARIAL.TTF] pode estar no subdiretório [Fontes] do diretório
[Windows] do drive [C:], sendo assim representado: [C:\windows\fontes\arial.ttf].
Nomes -
No padrão DOS, os arquivos tinham necessariamente de receber um
nome composto por oito letras quaisquer, um ponto e mais três letras
que serviriam para definir sua finalidade (sendo indiferente usar letras
maiúsculas ou minúsculas).
Por exemplo,
um arquivo com o logotipo do caderno Informática poderia
ser [INFORMAT.BMP] (indicando ser do tipo mapa de bits do windows). Ambientes
operacionais como o Windows-95, por exemplo, já permitem atribuir
nomes longos aos arquivos, e assim o mesmo arquivo poderia ser chamado
de [logotipo do caderno Informática.BMP]). E o sistema Unix é
que permite a formação de endereços de arquivos Web,
na Internet, do tipo [http://www.atribuna.com.br/index.html],
com vários pontos, barras inclinadas etc.
Como a extensão
de três letras é que permite ao sistema operacional identificar
o tipo de arquivo, não deve ser alterada ao acaso, pois em certos
casos poderá parecer até que o arquivo sumiu do computador,
já que não será identificado por certos filtros existentes
no sistema. Ou então, se você batiza um arquivo de imagem
ou de texto com a extensão [*.WAV], o computador vai tentar abri-lo
usando um programa destinado à execução de sons do
tipo Wave, e obviamente não conseguirá cumprir a tarefa.
Arquivo
de som tipo Wave
(do príncipe
Charles devolvendo Hong-Kong aos chineses em 1º de julho de 1997.
Clique
na imagem para ouvir o arquivo, se seu equipamento tiver placa de som)
Vale destacar
ainda que quando se instrui o computador para apagar um arquivo, geralmente
ele apenas fica invisível para o sistema, através da troca
da primeira letra do nome por um símbolo específico e da
liberação para uso posterior do trecho da memória
que ele ocupa. Assim, enquanto o espaço não for ocupado por
outro programa, é possível recuperar o programa apagado com
pequenos utilitários (que, como o nome indica, são programas
úteis ao relacionamento entre o usuário e o computador),
como o Undelete.
Por isso, se
você não quer que alguém mais recupere um segredo do
seu computador, primeiro copie um arquivo qualquer (de tamanho igual ou
maior que o do arquivo secreto), que substitua seu programa inteiramente,
para o mesmo nome e diretório do seu programa, e só então
instrua para que o computador o apague. Assim, mesmo que algum bisbilhoteiro
tente encontrar seus segredos, eles já não estarão
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