HISTÓRIA DO COMPUTADOR - 29 - O futuro que vem aí
Computador já registra e expressa emoções
Pesquisas buscam definir o conceito informatizado de emoção
Lembra do HAL 9000, o super-computador de “2001, Uma Odisséia
no Espaço?” que tinha emoções e até ficou maluco? Bem, a idéia de um equipamento que possa captar as emoções do usuário, processar essas informações
junto com os dados objetivos e responder de acordo continua empolgando os pesquisadores de diversos países. Enquanto no Ocidente as pesquisas são mais
centradas no conceito de emoção e na criação de sistemas computacionais, no Japão o foco está mais voltado para o uso desses conceitos na robótica,
tendo desenvolvido inclusive uma cabeça-robô que expressa as emoções básicas.
“De forma simplificada, computação afetiva é a que relata para, surge de, ou
deliberadamente influencia emoções”, define na sua página Web o Grupo de
Pesquisas em Computação Afetiva (Affective Computing Research Group), que explica seu trabalho:
"Criar sistemas de computação pessoal dotados com a habilidade de sentir, reconhecer e entender
emoções humanas, bem como sistemas que apoiem a natureza emocional, as habilidades e necessidades dos usuários. Nós cremos que esta pesquisa deve nos
habilitar a fundamentalmente ampliar a habilidade das ferramentas que usamos para servir seus usuários humanos. Esperamos também contribuir
substancialmente para a pesquisa sobre emoções humanas básicas, permitindo conhecer melhor como os humanos lidam com emoções, tanto de si mesmos como em
interações com as emoções dos outros. Eventualmente, desejamos a habilidade de construir sistemas de computação que mostrem emoções artificiais próprias
– aperfeiçoando caminhos para que máquinas tomem decisões e ampliar a interação humano-computacional."
Áreas de pesquisa em Computação Afetiva
Esse grupo funciona no Laboratório de Mídia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (Mit
Media Lab), dos Estados Unidos, liderado pelo professor Rosalind Picard, dentro do amplo Vision and Modeling Group (Vismod). A Universidade de
Birminghan, na Inglaterra, também desenvolve o Cognition and Affect Project. Na
Suíça, há o Geneva Emotions Research Group.
Existem igualmente projetos desenvolvidos nas universidades de
Brandeis, Berkeley (Laboratório de
Psicofisiologia) e Harvard, entre outros. Empresas como IBM,
Kodak, HP, BT e o consórcio Things That
Think (TTT) também realizam pesquisas neste setor. O Laboratório de Psicofisiologia Cognitiva do Centro
Naval de Pesquisas de Saúde, em San Diego (Califórnia/EUA), pesquisa a tecnologia Neural Human-System Interface (NHSI).
As pesquisas podem ser divididas em nove áreas: Emoções, Sensibilidade, Reconhecimento,
Entendimento, Sintetização, Aplicações, Interação, Comunicação e Equipamentos de Vestir (Wearables, equipamentos que podem ser usados no corpo humano,
como roupas, sapatos, jóias). |