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Publicado originalmente pelo editor de Novo Milênio no caderno Informática
do jornal A Tribuna de Santos/SP, em 16 de dezembro de 1997
Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 12/04/00 04:40:22

HISTÓRIA DO COMPUTADOR - 29 - O futuro que vem aí
Computador já registra e expressa emoções

Pesquisas buscam definir o conceito informatizado de emoção

Lembra do HAL 9000, o super-computador de “2001, Uma Odisséia no Espaço?” que tinha emoções e até ficou maluco? Bem, a idéia de um equipamento que possa captar as emoções do usuário, processar essas informações junto com os dados objetivos e responder de acordo continua empolgando os pesquisadores de diversos países. Enquanto no Ocidente as pesquisas são mais centradas no conceito de emoção e na criação de sistemas computacionais, no Japão o foco está mais voltado para o uso desses conceitos na robótica, tendo desenvolvido inclusive uma cabeça-robô que expressa as emoções básicas.

“De forma simplificada, computação afetiva é a que relata para, surge de, ou deliberadamente influencia emoções”, define na sua página Web o Grupo de Pesquisas em Computação Afetiva (Affective Computing Research Group), que explica seu trabalho:

"Criar sistemas de computação pessoal dotados com a habilidade de sentir, reconhecer e entender emoções humanas, bem como sistemas que apoiem a natureza emocional, as habilidades e necessidades dos usuários. Nós cremos que esta pesquisa deve nos habilitar a fundamentalmente ampliar a habilidade das ferramentas que usamos para servir seus usuários humanos. Esperamos também contribuir substancialmente para a pesquisa sobre emoções humanas básicas, permitindo conhecer melhor como os humanos lidam com emoções, tanto de si mesmos como em interações com as emoções dos outros. Eventualmente, desejamos a habilidade de construir sistemas de computação que mostrem emoções artificiais próprias – aperfeiçoando caminhos para que máquinas tomem decisões e ampliar a interação humano-computacional."

Áreas de pesquisa em Computação Afetiva

Esse grupo funciona no Laboratório de Mídia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (Mit Media Lab), dos Estados Unidos, liderado pelo professor Rosalind Picard, dentro do amplo Vision and Modeling Group (Vismod). A Universidade de Birminghan, na Inglaterra, também desenvolve o Cognition and Affect Project. Na Suíça, há o Geneva Emotions Research Group.

Existem igualmente projetos desenvolvidos nas universidades de Brandeis, Berkeley (Laboratório de Psicofisiologia) e Harvard, entre outros. Empresas como IBM, Kodak, HP, BT e o consórcio Things That Think (TTT) também realizam pesquisas neste setor. O Laboratório de Psicofisiologia Cognitiva do Centro Naval de Pesquisas de Saúde, em San Diego (Califórnia/EUA), pesquisa a tecnologia Neural Human-System Interface (NHSI).

As pesquisas podem ser divididas em nove áreas: Emoções, Sensibilidade, Reconhecimento, Entendimento, Sintetização, Aplicações, Interação, Comunicação e Equipamentos de Vestir (Wearables, equipamentos que podem ser usados no corpo humano, como roupas, sapatos, jóias).