INFORMÁTICA FÁCIL:
Ligue
seu micro com o mundo... (33)
Os vírus e a rede mundial
de computadores
O perigo de vírus na
rede não é como vem sendo alardeado...
Fernando Escobar (*)
colaborador
Desde
o surgimento dos computadores e o aparecimento do primeiro vírus
digital, os usuários necessitam tomar uma série de cuidados
para evitar a contaminação de seu sistema. Com o “boom” da
Internet, alguns previram que estaria surgindo uma nova forma de contaminação,
a disseminação on-line. O assunto parece ter entrado em discussão,
mas precisa ser detalhadamente explicado para não causar pavor ao
internauta mais desavisado.
Programas anti-vírus que “monitoram”
sua conexão com a Internet e prometem livrá-la de vírus
de e-mail e outros tantos são verdadeiros engodos. Cabe aqui uma
breve explicação sobre os vírus: são programas
minúsculos, quase sempre projetos de fim-de-semana, criados por
gênios da informática (apesar de não possuírem
um espírito tão genial) que são ativados sempre que
o programa infectado é executado.
Portanto, apenas arquivos .EXE, .COM
e alguns overlays podem ser contaminados. Existem ainda os vírus
de boot, que infectam a área de boot dos disquetes e que, a partir
dela, podem vir a contaminar o boot record do disco rígido. O que
o vírus fará depois de instalado no microcomputador é,
de alguma forma, degradar sua utilização, seja exibindo mensagens,
desenhos, tornando o sistema lento ou até mesmo danificando arquivos.
Impossível - Quando
uma mensagem de e-mail ou uma página Web é carregada em seu
microcomputador, é tecnicamente impossível que estes arquivos
(texto em sua essência) venham causar algum dano à sua máquina,
por si só.
Se, porventura, junto com essa mensagem,
vier algum arquivo .COM ou .EXE, ou se você fizer download de arquivos,
estes sim devem ser testados com seu anti-vírus padrão, pois
(se estiverem contaminados) os vírus só entrarão em
atividade após o programa ser executado, e não ao ser copiado
da Internet. Arquivos compactados (.ZIP, .ARJ, etc.) devem ser descompactados
e logo a seguir testados com seu anti-vírus.
Alguns internautas mais técnicos
poderiam ainda questionar sobre a possibilidade de os arquivos interpretados
pelos plug-ins (VRML, Shockwave etc.) carregados nas páginas visualizadas
pelo Netscape Navigator e pelo Internet Explorer, e os applets (aplicativos)
Java conterem vírus.
Estes arquivos são basicamente
interpretados pelo plug-in, ou pelo browser (no caso do Java) executando
apenas tarefas predefinidas, que nunca permitem o acesso ao disco rígido
e limitam a utilização da memória do computador do
usuário, impedindo qualquer possibilidade de infecção.
Em recente matéria publicada
na imprensa internacional, foi descrita uma nova geração
de vírus que não causaria estragos em computadores, mas atuaria
basicamente na estrutura da Internet, congestionando as transmissões,
tornando-as lentas e demoradas.
Estes vírus não contaminarão
os usuários, apenas afetando a sua conexão, tendo que ser
tratados pelo provedor de acesso.
Portanto:
Evite
a utilização de disquetes de terceiros;
Teste
com seu anti-vírus, qualquer disquete que não seja seu, antes
de usá-lo;
Nunca
inicialize seu computador com um disquete de procedência duvidosa;
Utilize
anti-vírus em todos os programas copiados da Internet;
Periodicamente,
teste com um anti-vírus o seu disco rígido.
Basta que você siga os procedimentos
descritos para estar seguro e livre dos vírus.
(*) Fernando
Escobar é técnico em Processamento de Dados pela ETFSP-Cubatão,
webmaster e publisher
da InterMidia. |