Eleição O início e o fim do processo
de eleição
A informatização
das eleições em Santos alterará neste ano os procedimentos
tradicionais também para juízes, mesários e escrutinadores.
A começar pelo horário de apuração, que em
Santos iniciará às 20 horas, uma hora mais tarde que o normal,
pois as normas indicam que todas as urnas devem estar no local da apuração
no momento em que esta se iniciar. Porém, se na Grande São
Paulo - correndo tudo como o previsto - a previsão é terminar
a apuração às 23 horas do dia 3, em Santos esse processo
poderá ser completado pouco depois das 21 horas.
Cada urna eletrônica possui
uma memória fixa, um disquete especialmente preparado e uma pequena
impressora, a urna especial acoplada, além de vídeo, teclado,
bateria e o microterminal usado pelos mesários. Os equipamentos
estão sendo testados e no próprio dia 3 haverá em
cada local de votação uma equipe de apoio técnico,
que entretanto só poderá atuar antes ou depois do prazo de
votação (que, para o eleitor, é das 8 às 17
horas).
Início - Às
7 horas, os mesários devem estar no local onde atuarão. Meia
hora depois, instalada a urna, o presidente da mesa verifica se data e
hora constantes na tela estão corretas (a urna só funciona
a partir das 7h30 do dia 3) e se o equipamento está funcionando
em ordem e com energia elétrica (caso contrário, deve contatar
imediatamente o Cartório Eleitoral). Às 7h30, o presidente
deve obter a lista Zerésima (igual a uma lista de compras de supermercado),
assim chamada porque deve listar todos os candidatos e o número
de votos de cada um, que evidentemente deve ser zero. O número total
de votos da urna também deve estar zerado, caso contrário
a urna terá de ser anulada e a votação será
na forma tradicional.
Essa lista deve ser assinada pelos
mesários, fiscais e delegados presentes e guardada para apresentação
posterior à Junta Eleitoral. Às 8 horas, é acoplada
a urna plástica ao equipamento. Ela é prepa-rada para receber
os votos impressos pelo sistema (a legislação eleitoral exige
o comprovante escrito, para contagem no caso de quaisquer dúvidas
futuras). Uma vez colocada, a urna não pode ser retirada do encaixe,
senão o sistema travará definitivamente. Caso a votação
tenha de prosseguir depois pelo processo tradicional, será deslacrada
uma abertura maior para receber as cédulas de votação
comuns.
Final - O final do processo
de votação - normalmente às 17 horas - é definido
por uma senha digitada pelo presidente da mesa no microterminal. A urna
plástica deverá ser desacoplada e lacrada, para que em seguida
seja impresso o Boletim de Urna.
Serão emitidos cinco desses
boletins, já com o total de votos para cada candidato e o total
de votos da urna. Um deles será afixado imediatamente na entrada
da seção, para conhecimento público. O segundo será
entregue, mediante recibo, ao representante do Comitê Interpartidário
de Fiscalização. Das três vias restantes, encaminhadas
à Junta Eleitoral, uma será afixada em sua sede, outra será
assinada pelo juiz eleitoral e um dos membros da junta, para entrega ao
Comitê Interpartidário de Fiscalização, e a
terceira será arquivada junto com o disquete de votação.
Podem ser emitidas outras cópias, se necessário.
Esse disquete contém códigos
de validação criptografados, para ser reconhecido pelo sistema
eletrônico e evitar falsificações. Retirado da urna
ao final da votação, será rubricado pelo presidente
da mesa e colocado na embalagem fornecida pela Justiça Eleitoral,
lacrada em seguida. O disquete, a zerésima e as três vias
do boletim de urna serão colocados no envelope especial para encaminhamento
à junta eleitoral. O disquete será inserido no computador
do local de apuração, especialmente preparado para ler as
informações criptografadas.
A apuração dos votos
de Santos será unificada, no Clube Atlético Santista. Qualquer
falha nos disquetes levará à verificação do
disco fixo existente no interior da urna. Caso ambos falhem, será
feita a contagem manual dos votos dessa urna.
Internet - A cada cinco disquetes
lidos, esse computador transmite os resultados obtidos para o computador
do Tribunal Regional Eleitoral, por meio de uma linha telefônica
especial, passando por vários procedimentos de segurança
(criptografia, senhas e contra-senhas) contra fraudes. Para um fraudador
decifrar os códigos, quebrando os algoritmos de segurança,
precisaria usar um super-computador por três dias, e nesse tempo
todos os dados oficiais já estarão divulgados.
Os resultados dos quatro mil microcomputadores
que totalizarão os votos no Brasil e das 73 mil urnas eletrônicas
serão divulgados via Internet pelo Tribunal Superior Eleitoral,
mas mesmo que alguém tente fraudar essas informações,
pode apenas produzir falsa informação para o público,
já que não há conexão física com os
computadores do TRE. O endereço na Internet é http://www.tse.gov.br.
Veja mais: QUEM:
juiz Jomar Antonio Camarinha Engenharia
simultânea permitiu criar a urna eleitoral eletrônica Medo,
o grande problema do voto eletrônico Infonautas
debatem o risco do voto eletrônico não ser secreto |