Quem
Identidade:
A pessoa: Carlos Alberto Brites,
34
anos, santista “roxo e de coração”, casado, três
filhos, auxiliar de segurança (bombeiro) na Refinaria Presidente
Bernardes (em Cubatão/SP)
Seu micro: PC 486 DX2-66 MHz,
SVGA-Color 14”, ligado em rede, impressora laser Hewlett Packard. |
O computador
facilita tudo, os contatos são mais rápidos, há uma
facilidade maior de acesso às informações. Se bem
que, no meu caso, uso pouco, e apenas em meu trabalho na Refinaria Presidente
Bernardes, em Cubatão, onde trabalho há nove anos e meio
no Setor de Segurança e Meio-Ambiente (Sesema), na brigada de incêndios,
onde eu e meus colegas de turno registramos no computador os Relatórios
de Ocorrências Anormais (ROAs). Na Refinaria, ao contrário
de outras empresas, a segurança do trabalho e a prevenção
de acidentes ambientais e incêndios estão unificadas num mesmo
setor.
Em breve, deveremos aumentar o uso
da informática, pois estão sendo implantados alguns procedimentos
de segurança via computador - por exemplo, o que fazer no caso de
determinados tipos de intoxicação. Temos uma rede (“All-in-one”),
implantada há dois anos, que dá acesso a todo tipo de sistema
computadorizado da refinaria, embora já usássemos computadores
quatro anos antes dessa rede ser instalada.
Nesse trabalho, uma das situações
que mais nos preocupou foi quando ocorreu um black-out em Cubatão,
ficou tudo um breu, não tínhamos computadores funcionando
nem nada, e em casos assim existem procedimentos de emergência que
precisam ser acionados para a parada segura das unidades da refinaria.
Isso ocorreu há três
anos, não houve nenhum risco iminente, mas foi um dos fatos que
mais marcou nesses quase dez anos de trabalho. Depois desse corte geral
de energia, foi instalado um sistema de baterias para a mesa de comunicações,
entre outras providências, para evitar situações como
aquela.
Além do trabalho na refinaria,
também monto uma barraca na feira defronte ao Sesc e em feiras,
para ajudar nas despesas de casa.
Dezembro - Todos os anos,
tenho tido o apoio de meus colegas de trabalho, que se oferecem para a
troca de turnos comigo e me dão prioridade nos períodos de
férias, para que eu possa executar minha outra atividade, nesse
período até o Natal. Esse outro trabalho começou
em 1983, quando meu filho mais velho tinha alguns meses de vida e precisou
ser internado num hospital, chegamos a ser desenganados pelos médicos,
mas eu tinha fé em que ele ia sobreviver. Era muito perto do Natal.
Por isso, fiz uma promessa. Se ele sobrevivesse, Papai Noel iria visitá-lo,
e também visitaria uma creche da região. E assim foi feito.
Nos anos seguintes, começaram
a aparecer os chamados, para visitar festas de grêmios, ou entregar
presentes nas creches, doações de voluntários. Isso
é feito sem nenhum custo ou retorno financeiro, até pelo
contrário, pois existem custos altos com trajes especiais, transporte
etc. Mas, é a minha colaboração, faço porque
gosto, de coração - se todos fizessem também, um pouquinho
que fosse...
A coisa se avolumou, comecei a tomar
gosto por esse trabalho, chego a visitar três a quatro lugares no
mesmo dia (às vezes com ajuda de parentes e amigos, que chamo de
minha equipe). Visito inclusive escolas públicas municipais e estaduais,
a convite dos diretores, mesmo sem ter uma posição oficial
por parte da Prefeitura - que seria muito importante, pois uma qualificação
oficial ajudaria a organizar melhor esse trabalho, estabelecer uma programação.
Shoppings - Sete anos
atrás, um colega de trabalho, conversando num intervalo do turno,
mostrou um anúncio de jornal, procurando uma pessoa para atuar no
shopping
Parque Balneário. Esse amigo me ajudou, obtive o posto e continuei
nos anos seguintes. Há quatro anos, fui convidado a realizar o mesmo
trabalho no shopping Miramar, onde tenho estado todos os dias, das
16 às 22 horas. Depois, faço meu turno na Refinaria, até
de manhã. Nas folgas, faço visitas especiais, em toda a região.
Esse trabalho em shopping
na época me assustou bastante, era algo muito grande, fora do que
estava acostumado a fazer, mas me chamou a atenção uma promoção
do shopping, em que as pessoas doavam roupas e brinquedos velhos
e participavam de um concurso.
Foi o que me motivou a aceitar aquela
função. Pois, acima de tudo, é preciso gostar desse
trabalho, fazê-lo bem, ter respeito pelo ser humano e gostar de ver
uma criança sorrir...
Minha relação
com a informática é: :-)
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Veja mais: Quem
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- Papai Noel |