NOTÍCIAS 2002 - JOGOS
Microsoft traz Dungeon Siege ao Brasil
Novo RPG épico da empresa chega ao mercado brasileiro em 5/2002Tela de Dungeon Siege
A Microsoft Brasil anunciou que lançará em 5/2002 o jogo Dungeon
Siege no Brasil. O jogo combina elementos de Role-Playing Game (RPG) com uma temática épica em que o jogador deve salvar o
planeta de um poderoso exército do mal. “O novo título é baseado no universo Advanced Dungeon & Dragons (AD&D) dos jogos de RPG
tradicionais e terá muita ação e aventura”, explica Maria Carolina Braga Vianna, gerente de mercadologia de consumo da empresa. A
empresa tem inclusive uma página especial sobre o jogo.
Entre as novidades, estão os cenários e personagens realistas e 100% em terceira dimensão; a
possibilidade de liderar equipes de até oito elementos; e a incorporação de armas e magias automaticamente, sem a necessidade de
parar o jogo sempre que um novo elemento for acrescentado. Além disso, o jogador poderá personalizar as características do
personagem principal e decidir se prefere jogar com um herói ou uma heroína, optando inclusive por suas características biotípicas e
suas roupas.
Enredo - Em desenvolvimento desde 1999 pelo estúdio Gás Powered Games (chefiado por
Chris Taylor, criador de Total Annihilation, Dungeon Siege é visto como um Diablo anabolizado por um sistema
gráfico realmente espetacular e elementos estratégicos de jogabilidade.
Tela de Dungeon Siege
O jogo conta essencialmente a história do dia de fúria de um caipira. Após ver suas galinhas
mortas, sua cabana em chamas e sua horta depredada por vis criaturas chamadas de Krugs, nosso herói - o próprio jogador - decide
partir na tradicional jornada de títulos RPG para salvar o mundo. E ele cruzará, com vigor inesgotável, todo o reino de Ehb,
sob o sol a pino ou por uma forte nevasca, para no final arrasar quem ousou maltratar suas galinhas.
Segundo os críticos, o enredo não serviria bem nem para novela de época mexicana, mas basta para
os objetivos de Dungeon Siege. No mesmo estilo amalucado dos outros clones de Diablo, neste jogo o que importa é
relaxar e curtir uma limpeza básica de um dungeon, seja na companhia de NPCs (jogadores controlados pelo PC) ou com os
amigos, no modo multijogador.
A jogabilidade é uma mistura de Diablo com uma pitada de estratégia em tempo real. O
jogador começa pelo menu de criação de personagem, que oferece opções simples: sexo, cor de cabelo, cor da pele, cor da roupa etc.
Não é preciso definir o estilo de combate a ser usado, pois durante a aventura será feita naturalmente a escolha entre os básicos
(guerreiro e arqueiro) e dois tipos de mago: de combate (apenas magias de destruição) e de magia natural (magias de cura, ajuda e
algumas de ataque).
Assim, se estiver usando muito o arco, vai desenvolver os níveis de arqueiro e ganhar
principalmente destreza; se recorrer aos feitiços de combate, desenvolverá a respectiva skill e subir a inteligência, e assim
por diante. Aliás, a magia de combate é a mais favorável para os iniciantes, uma vez que logo no começo do jogo permite o acesso a
um feitiço de gás venenoso extremamente eficiente. Nos capítulos mais distantes, o mago natural se torna um personagem essencial,
graças à capacidade de manter o grupo vivo com suas poções de cura.
Tela de Dungeon Siege
A aventura começa na roça do seu personagem, cravada no meio de uma densa floresta. Logo após
a introdução ao enredo, o jogador parte por uma trilha no meio da mata enfrentando Krugs, num processo que se repetirá até o final
das cerca de 50 horas de jogo (sim, a ação é bastante repetitiva, e embora isso seja criticado, a fórmula costuma agradar).
Quem jogou Diablo pode entender mais ou menos como as coisas funcionam neste novo jogo. Do
momento em que seu personagem larga e enxada e pega no facão, o combate ocorre a cada metro andando. Parece que toda a natureza
conspira contra o jogador. Cada arbusto esconde um Krug, mariposas e marimbondos se tornaram inimigos, e até um inocente córrego
abriga uma dúzia de monstros agressivos.
Diferentemente do clássico da Blizzard, agora não há necessidade de clicar no mouse o
tempo todo - basta apontar para o monstro desejado e seu personagem vai atacar até matá-lo. Mas é necessário um pouco de raciocínio
estratégico em algumas batalhas.
Outra diferença é que o jogador terá a opção de formar um grupo de aventureiros na medida em
que o jogo se desenrola, não ficando limitado ao controle de um único ser. Aceitando o convite de aventureiros desocupados, passa a
controlar um grupo com até oito integrantes, e é só aí que o jogo começa a exigir algum raciocínio estratégico. Através de um
simples menu lateral, pode-se definir uma série de parâmetros, como ordenamento do grupo (guerreiros na frente/arqueiro atrás etc.),
distância entre os indivíduos, reações de ataque e defesa, prioridades de ataque (atacar o mais fraco, o mais forte ou o mais
próximo) e outras minúcias.
Tela de Dungeon Siege
Dependendo do nível de dificuldade, estratégias bem pensadas são descartáveis. O que vale mais em Dungeon Siege
é ir até as criaturas, dar uma pancada básica e sair correndo. E este é um processo que acaba prolongando a durabilidade e
mecanização do jogo até o jogador praticamente entrar em estado vegetativo...
Uma simpática mula decerto fará parte do grupo de aventureiros. Pode-se comprar o animal nas
cidades para carregar o tesouro conseguido nos dungeons de volta pra cidade. Com um belo visual tridimensional, a mula,
incrivelmente, tem boa inteligência artificial. Ela se posiciona sempre em um lugar seguro diante do perigo e, caso ameaçada, poderá
correr ou, em situações extremas, dar coices nos inimigos.
O modo multijogador ocorre em um mundo paralelo ao reino de Ehb, com cenários semelhantes e
quests diferentes. Jogando pelos servidores da Microsoft, o jogo se mostrou bem rápido e estável, segundo os analistas.
Diferentemente da frieza do modo para jogador único, o companheirismo e a interação com as pessoas dão a sensação de estar
participando de uma longa jornada pelo mundo do jogo.
"Sem carregar nunca" - O sistema gráfico Siege é um trabalho de criação visual
considerado excelente: o jogo nunca carrega, ou melhor, carrega de forma imperceptível. Nas dezenas de horas de diversão é garantido
que o jogador jamais verá uma tela com o aviso loading... (carregando...). Toda transição de ambiente, por mais radical que
seja, é feita em tempo real, com pequenas alterações no movimento de câmera.
E o jogo vai constantemente mudando seu cenário, fluindo às vezes sem que se perceba. O
jogador pode estar caminhando por uma mata de árvores altas por um bom tempo e, quando se dá conta, o cenário já mudou para
um cerrado, com vegetação mais curta e coloração amarelada.
Além disso, o jogo tem visual considerado ótimo. Na floresta, por exemplo, existem belos
riachos, cachoeiras, árvores tombando com o vento e raios de sol penetrando pelos galhos. Em uma cidade, dá pra entrar em cada
construção e ver detalhes no interior. E as armas e itens podem ser identificados pelas especificidades, como uma espada mágica que
irradia luz o tempo todo e um martelo venenoso que solta uma fumaça verde enquanto o jogador anda. O jogo vai ficando cada
vez mais impressionante com o progresso da aventura - terÁ dragões gigantescos e outros monstros pela frente. Há também efeitos de
neve, neblina e chuva, transição de dia e noite bem feitos.
Tela de Dungeon Siege
A
paisagem é bem diversa e a topografia inclui lugares planos, precipícios sem fim, trilhas em aclive e declive etc. Nos dungeons,
a arquitetura se modifica em tempo real, revelando passagens secretas e escadas mágicas. O motor do jogo parece ser capaz de
reproduzir o cenário que quiser com enorme facilidade. Não é à toa que outras produtoras pretendem usar esse motor para criar seus
jogos no futuro.
Para os analistas do jogo, o melhor é que ele deverá rodar bem no PC. O requisito mínimo
recomendado pelo Outerspace é um processador de 500 Mhz, placa 3D e 128 MB de memória RAM (os requisitos mínimos oficiais
devem ficar um pouco abaixo). Memória RAM faz a maior diferença, portanto é recomendável que se tenha 256 MB. O ideal é um
processador com mais de 1 Ghz e placa 3D capaz de rodar texturas de 32 bits.
Outros jogos - A área de jogos da Microsoft Brasil ainda oferece ao mercado títulos
para os segmentos de esporte, ação em 3D, simulação, estratégia, família e infantil. Entre os jogos mais vendidos estão as linhas
Flight Simulator e Age of Empires. Em 2001, a empresa trouxe ao Brasil o pacote mais amplo de jogos desde seu
estabelecimento, com títulos para todos os públicos, como MechCommader 2,
Train Simulator, Zoo Tycoon,
Flight Simulator 2002, Age of Empires
Gold Edition e Racing Madness 2, além dos centros de atividades
Ônibus Mágico.
Joysticks, volantes e gamepads ergonômicos e com funcionalidades que
potencializam a experiência de jogo também fazem parte da linha de produtos da divisão de jogos da Microsoft.
Simulador premiado - Aliás, conta Maria Carolina que o jogo
Flight Simulator 2002 da Microsoft recebeu o prêmio de design em
simulação ("Award in Flight Simulation design") entregue pela TecPilot, associação americana
de treinamento e divulgação de tecnologias de pilotagem: "A premiação é a prova de que nossos esforços para oferecer ao mercado um
produto o mais realista possível foram recompensados".
A TecPilot é uma associação voltada para fãs de tecnologias relacionadas à aviação e sempre
divulga informações atualizadas sobre quaisquer inovações tecnológicas neste segmento, tanto relacionadas a simuladores quantos a
equipamentos reais. O prêmio recebido pela Microsoft não é parte de um concurso periódico, mas resultado de uma rigorosa avaliação
feita pela associação, na qual o simulador obteve pontuação de 85%. “Acreditamos que o Flight Simulator 2002 é um passo a
frente na tecnologia de simulação e recomendamos para todos que queiram experimentar tudo o que aviação pode ser”, explica Mike
Clark, principal executivo da organização. Além do prêmio, a TecPilot divulgou o lançamento de um manual completo sobre o jogo. |