Telecomunicação em
2002 é tema no Cinintel
Em discurso
durante a abertura do Cinintel 2001
– IV Congresso Internacional de Infra-estrutura para Telecomunicações,
no dia 26/11/2001, o superintendente de Radiofreqüência e Fiscalização
da Anatel, Edilson Ribeiro dos Santos, disse que a regulamentação
do Serviço de Telefonia Fixa Comutada (STFC), que tem por objetivo
aumentar a competição deste serviço, deve ser aprovada
em 28/11/2001, e que “pode haver” alguma flexibilixação,
em relação aos temas Condições de Atendimento
e Localidades.
O executivo explica que “o cenário
hoje está bastante mudado em relação à época
em que os termos da regulamentação foram aprovados”. Apesar
disso, ele afirma que as alterações serão poucas e
que a Anatel não irá ceder na questão do compartilhamento
de redes. “A Anatel pode arbitrar conflitos de interesse referentes ao
unbundling,
mas vai tratar com muita seriedade os casos em que forem constatados excedentes,
aplicando severas sanções às operadoras”.
Sem crescimento - Giovanni
Ruggiero, diretor do setor de energia elétrica para telecomunicações
da Associação Brasileira das Indústrias Elétrica
e Eletrônica (Abinee), afirmou que “a atual situação
de incertezas na economia mundial chegou à indústria de telecomunicações
instalada no País, que deverá fechar o ano sem crescimento
em relação ao ano 2000, quando faturou R$ 10 bilhões”.
Para Giovanni, a crise na Argentina,
principal compradora de equipamentos de telecomunicações
produzidos no Brasil, a suspensão das encomendas das operadoras,
o atraso nos investimentos das espelhinhos (operadoras de telecomunicações
criadas em cada região para competir com as já estabelecidas)
e os resultados insatisfatórios nos leilões das Bandas C,
D e E, foram os principais responsáveis por esta retração.
Mas, segundo ele, um dos mais importantes
vetores da atual situação foi o forte aumento das importações
de equipamentos, em virtude da não suspensão do decreto governamental
que estabeleceu, em dezembro de 2000, o índice de 2% de Imposto
sobre Produtos Industrializados (IPI), tanto para produtos fabricados localmente
como para importados.
“Hoje as indústrias deste
setor encontram-se em uma situação no mínimo incômoda,
tendo interrompido os investimentos programados, por conta das constantes
mudanças nas regras internas e da instabilidade econômica
mundial”, explicou Giovanni.
“É preciso - completou ele
- acelerar o reinicio das atividades de expansão do setor, para
que os fabricantes aqui instalados voltem a fornecer seus produtos de forma
competitiva às operadoras de telecomunicações do País.
Desta forma, as operadoras poderão continuar a oferecer seus serviços
a preços justos e manter empregos, bem como os próprios fabricantes
de equipamentos e prestadores de serviços deste segmento”.
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