Supermercado do futuro
Editoria da Revista Stores
(*)
Colaboradores
A tão
esperada tecnologia BlueTooth para computação sem fio (wireless)
poderá ser lançada nos supermercados até 2002, segundo
Dan Hopping, do Setor de Distribuição e Centro de Treinamento
Executivo da IBM. A tecnologia BlueTooth elimina a necessidade de inúmeros
cabos conectores para ligar computadores, telefones celulares, laptops
e dispositivos portáteis. Hopping prevê que os operadores
de supermercados utilizem a tecnologia como ferramenta de gestão
do relacionamento com o cliente.
"A maioria dos supermercados só
percebe que o cliente está na loja quando ele passa pelo caixa usando
seu cartão-fidelidade," explica Hopping. "Com essa tecnologia, o
supermercado poderá se comunicar com os compradores assim que eles
entrarem na loja, oferecendo uma oportunidade de interferir na venda durante
a compra."
A tecnologia, que consiste em um
microchip BlueTooth contendo um transceptor, vem embutida em dispositivos
digitais. Usando um software chamado BlueSky, o supermercado poderá
enviar mensagens de dados e voz com segurança aos clientes enquanto
estes fazem suas compras, desde que o dispositivo digital do comprador
- que pode ser o telefone celular ou um PDA - esteja ligado.
"Esta tecnologia permite a gestão
do relacionamento com o cliente, melhora a comunicação e
transforma a loja de agente de venda do fabricante em agente de compra
do cliente," afirma Hopping, prevendo que, em breve, os supermercados usarão
os dados obtidos sobre as preferências e os padrões dos compradores
para enviar mensagens valiosas e específicas enquanto fazem compras.
Veggie Vision - Outra tecnologia
IBM, ainda em desenvolvimento e que pode vir a ser usada nos supermercados,
é um sistema visual computadorizado chamado Veggie Vision. Com este
digitalizador, todo caixa - mesmo um novato, que mal consegue diferenciar
uma laranja de uma mexerica - pode registrar uma cesta de frutas exóticas
como se fosse um experiente funcionário.
Este sistema é minuciosamente
configurado para controlar a quantidade de luz ambiente, que pode alterar
o equilíbrio de cores. Ao usá-lo, o caixa coloca os produtos
sobre a superfície de vidro de uma balança embutida no seu
balcão e uma câmera CCD comum capta duas imagens dos produtos:
uma com luz e outra sem.
A cor do item é analisada
com as informações sobre sua forma, textura e tamanho. A
seguir, o sistema indica exatamente o que está sendo comprado. Se
ele não conseguir identificar o produto, o computador exibirá
um pequeno conjunto de itens com imagens, para que o operador faça
a escolha.
(*)
Editoria
da Stores - Revista
da National Retail Federation. Artigo divulgado via boletim eletrônico
Varejo Século
21. Esse fórum conta com mais de 1.100 participantes e o objetivo
dos trabalhos é apresentar idéias, tendências, experiências
e opiniões que contribuam para a melhoria do comércio varejista
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