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Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 02/19/01 16:24:22
Vendas mais que diretas 

Duda Teixeira (*)
Colaborador

Consultor, empresário, vendedor, representante. Qualquer que seja o nome dado a esse profissional em algum momento você já cruzou com ele. São a ponta do chamado marketing direto. De porta em porta, vendem xampu, pasta de dente e os mais variados produtos. Nada de lojas. Pois a Internet chacoalhou essa estratégia.

Não, os vendedores não serão substituídos. Mas agora eles estão conhecendo novos clientes por e-mail, pedem novos produtos para a matriz eletronicamente e checam seus balanços on-line. "Fiz contato com pelo menos 80 clientes pela Internet", diz Célia Regina Brandão, consultora da Natura que vende cosméticos no bairro de Itaim em São Paulo, há doze anos. 

Célia que tem um a página pessoal na Internet, aumentou em 15% o seu faturamento depois que se plugou na rede. São os internautas do seu bairro que entram no site da Natura e fazem a lista de pedido. Na hora de fazer a compra, o site aleatoriamente escolhe uma vendedora que vive nas redondezas.

Vendedor e comprador, então, se comunicam por e-mail e combinam como será a entrega e o pagamento. A migração do telefone para e-mail tem sido comemorada também pelos dirigentes da empresa. Um pedido feito eletronicamente é R$ 3,82 mais barato do que o feito por uma ligação. "Só na captação das ordens, fizemos uma economia de R$ 3,7 milhões no ano passado", diz Antonim Bartos Filho, gerente do Grupo de Produtos e Serviços da Natura. Segundo ele, 15 mil vendedores já aderiram à rede. A meta é chegar a 35 mil até o final do ano.

(*) Duda Teixeira escreve para a revista Dinheiro. Artigo divulgado via boletim eletrônico Varejo Século 21. Esse fórum conta com mais de 1.100 participantes e o objetivo dos trabalhos é apresentar idéias, tendências, experiências e opiniões que contribuam para a melhoria do comércio varejista brasileiro.