Vendas mais que diretas
Duda Teixeira (*)
Colaborador
Consultor,
empresário, vendedor, representante. Qualquer que seja o nome dado
a esse profissional em algum momento você já cruzou com ele.
São a ponta do chamado marketing direto. De porta em porta, vendem
xampu, pasta de dente e os mais variados produtos. Nada de lojas. Pois
a Internet chacoalhou essa estratégia.
Não, os vendedores não
serão substituídos. Mas agora eles estão conhecendo
novos clientes por e-mail, pedem novos produtos para a matriz eletronicamente
e checam seus balanços on-line. "Fiz contato com pelo menos 80 clientes
pela Internet", diz Célia Regina Brandão, consultora da Natura
que vende cosméticos no bairro de Itaim em São Paulo, há
doze anos.
Célia que tem um a página
pessoal na Internet, aumentou em 15% o seu faturamento depois que se
plugou na rede. São os internautas do seu bairro que entram no site
da Natura e fazem a lista de pedido. Na hora de fazer a compra, o site
aleatoriamente escolhe uma vendedora que vive nas redondezas.
Vendedor e comprador, então,
se comunicam por e-mail e combinam como será a entrega e
o pagamento. A migração do telefone para e-mail tem
sido comemorada também pelos dirigentes da empresa. Um pedido feito
eletronicamente é R$ 3,82 mais barato do que o feito por uma ligação.
"Só na captação das ordens, fizemos uma economia de
R$ 3,7 milhões no ano passado", diz Antonim Bartos Filho, gerente
do Grupo de Produtos e Serviços da Natura. Segundo ele, 15 mil vendedores
já aderiram à rede. A meta é chegar a 35 mil até
o final do ano.
(*)
Duda
Teixeira escreve para a revista Dinheiro.
Artigo divulgado via boletim eletrônico Varejo
Século 21. Esse fórum conta com mais de 1.100 participantes
e o objetivo dos trabalhos é apresentar idéias, tendências,
experiências e opiniões que contribuam para a melhoria do
comércio varejista brasileiro. |