Bips
O mundo do e-commerce - Dica
passada por Maurício Macedo, da SmartMedia,
na lista de debates sobre negócios da Widesoft:
veja o mapa do mundo
dos negócios eletrônicos apresentado pela publicação
The
Industry Standard, que inclui a percentagem da população
on-line
e usando e-commerce em cada país. Caso não consiga
o acesso ao endereço original, Novo Milênio guardou
uma cópia do arquivo aqui.
O arquivo está no formato Adobe
Acrobat (PDF), e quem precisar pode obter aqui
o plug-in para acessá-lo. Na matéria, o autor Stacy
Lawrence lembra que 6,8 milhões de pessoas, 4% da população
brasileira, está on-line em nosso país, o que nos
coloca em sétimo lugar em índice de população
on-line.
No comércio eletrônico, porém, estamos fora do Top
10 atual e continuaremos assim em 2002, pelas previsões citadas
na publicação.
Buguinho preocupado - Conforme
nota
divulgada nesta semana pela Microsoft, o Windows 2000 é três
vezes mais confiável que o Windows 98. "Quer dizer que o Windows
98 é três vezes menos confiável que o Windows 2000"
- interpreta o nosso Buguinho. Ah, bom! - como diria, com um sorriso amarelo,
a saudosa velhinha de Taubaté, que acreditava em tudo o que a autoridade
dizia...
Buguinho pensando - No meio
de toda essa paranóia sobre segurança na Internet, sabemos
que a agência de segurança nacional dos Estados Unidos (a
pouco lembrada NSA) consegue espionar
cada fax, telefonema e e-mail transmitido no mundo por qualquer
meio de comunicação, tendo inclusive portas de acesso especiais
em praticamente cada computador e rede de comunicações do
mundo.
Então,
o Buguinho, nosso auxiliar para assuntos aleatórios, imagina: e
se começasse a circular pelo mundo uma daquelas intermináveis
correntes de e-mail (tipo "garotinha com câncer" - que há
10 anos continua com a mesma idade e na verdade nunca existiu -, "Nós
da IBM/Microsoft/Sun descobrimos um vírus indetectável"
etc.)? O texto, usando palavras-chave que forçam os computadores
da NSA a analisarem melhor o conteúdo (exemplo: Sivam, referência
ao projeto brasileiro de satélites para controle do território
da Amazônia), decerto provocaria sobrecarga nesses computadores espiões.
Até que ponto a NSA conseguiria continuar espionando nossas vidas?
Sem recall/com advogado -
Passado o grande susto da virada do ano (mas atenção, tem
parte II agora no dia 29/2, o governo brasileiro já anunciou que
está remontando sua central nacional de controle para manter plantão
especial no final do mês), como prevíamos, o assunto Bug do
Milênio desapareceu do noticiário, de tal forma que muitos
acreditam ter sido até muito exagerada a sua importância.
Na verdade, existem dois motivos
para o silêncio: muitas empresas que estão tendo sérios
problemas com seus computadores fazem de tudo para que o assunto não
chegue ao domínio público, pois isso desvalorizaria sua cotação
nas bolsas de valores e criaria outros problemas aos seus negócios.
O segundo é que todas aquelas empresas que produziram equipamentos
e programas com o Bug sabem que estão passíveis de serem
processadas por perdas e danos causados aos clientes, e não querem
portanto que o assunto seja muito debatido, já que esses processos
podem causar muitas falências, mesmo de gigantes multinacionais da
área de informática.
Cláusula inócua
-Já é consenso na área jurídica que de nada
valem aquelas cláusulas de que o fornecedor não se responsabiliza,
já que se trata de vício de fabricação do produto
e de negligência na correção do problema. Pior, era
um problema conhecido há anos por todos os especialistas mas, até
o fim, continuaram sendo desenvolvidos produtos com o Bug, o que chega
às raias do crime.
A analogia é simples: não
importa se o estacionamento de carros é gratuito, se um carro for
danificado dentro dele o dono do estacionamento tem que pagar o prejuízo.
E, se for provado que o dono do estacionamento sabia que o telhado estava
prestes a cair, e continuou ainda assim a atrair pessoas para circularem
por debaixo dele com seus carros, o caso pode ser considerado crime de
periclitação de vida.
Na indústria automobilística,
se um componente do veículo sai da fábrica com defeito, a
montadora faz o recall, chamando os clientes para a troca gratuita
da peça. E ainda assim pode em alguns casos sofrer pesados processos
por não ter feito antes todos os testes necessários. Na indústria
da informática, se sofremos prejuízos nos negócios
por causa de um produto com erros de fabricação, por quê
ainda temos de pagar ao fabricante pela correção (como a
Siemens tentou fazer com o São Paulo FC no início do ano
passado)?
Adesão, portanto...
- Só para os advogados pensarem: toda licença de uso de software
padrão (isto é, não desenvolvido para cliente específico),
bem como todo contrato padronizado para negociação de hardware,
são contratos de adesão, isto é, o comprador/usuário
não pode modificar as cláusulas. Está ferido assim
o princípio da negociação entre as partes que deve
reger tais contratos, e desta forma todas aquelas cláusulas leoninas
caem por terra assim que o prejudicado inicia uma ação judicial.
A história de que o fornecedor não se responsabiliza por
falhas originadas na produção e suas conseqüências
é simplesmente balela, não se sustenta nos tribunais...
Ano
do InterneTango - Quem viver, verá: este vai ser o ano da Internet
argentina. Nossos vizinhos sulinos estão acordando não só
para a Internet como para o comércio eletrônico, o governo
está fomentando o setor (lá, por exemplo, o registro de domínios
IP é gratuito na NIC/Argentina),
e eles já estão exportando idéias como a fomentadora
de publicidade na Web DeArriba.com,
que já, já - com nome abrasileirado ainda mantido em sigilo
- vai aportar por aqui, pagando para quem navegar pela Internet. Tango
x samba, vai ser uma parada difícil...
Buguinho aliviado - A Receita
Federal acabou de descobrir que seu sistema foi atacado e milhares de declarações
de renda estão a venda por aí. Como ocorre na grande maioria
dos casos de grandes fraudes eletrônicas, suspeita-se de que houve
participação de agentes internos (desonestos).
Mas o Buguinho respira aliviado:
"Ainda bem que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é a única
grande corporação do mundo que não tem (nem nunca
terá) agentes internos desonestos. Só assim o Brasil está
fora de risco de ter fraude eleitoral eletrônica nesta e em todas
as eleições futuras" cita, lembrando que nossa urna eletrônica
não tem confiabilidade, visto que não se permite conferência
nem auditoria da sua apuração, conforme denúncia
que vem sendo feita em Santos desde 1997... |