MAPAS DE SANTOS
Planta do Porto de Santos (1825), de Rubtsov
Nester Gavrilovich Rubtsov (1799-1874) foi um militar e cientista russo que participou
da famosa Expedição Langsdorff ao Brasil, iniciada em maio de 1824, na qual Rubtsov (nome que também
aparece erroneamente grafado Rubstov) era o responsável pelas observações astronômicas e elaboração de mapas. Com eles, o botânico alemão Ludwig Riedel;
o zoólogo francês Edouard Ménétriès; e o pintor alemão Johann Moritz Rugendas, que abandonou a viagem, em Minas Gerais. De volta ao Rio, Langsdorff
substituiu Rugendas pelos desenhistas franceses Aymé-Adrien Taunay e Hércules Florence e iniciou em setembro de 1825 a segunda parte da expedição, num
navio rumo a Santos, de onde seguiriam - passando por Cubatão - para a capital da então
província de São Paulo, e de lá pelo Rio Tietê, numa viagem de 17 mil quilômetros, passando por Cuiabá (em 1827) e chegando ao Amazonas (em 1828/1829).
Adoecendo e perdendo a memória, o barão Langsdorff retornou à Europa, onde morreu em 1852, e seus documentos
ficaram por cerca de um século armazenados em São Petersburgo, sendo encontrados por volta de 1930, durante uma devassa stalinista no museu local. Ainda
assim, passaram-se quase 60 anos até serem catalogados e que a abertura política permitisse sua primeira exibição (parcial) ao mundo. Só em fevereiro de
2010 esses documentos foram exibidos pela primeira vez em uma exposição no Brasil.
Ao passar por Santos, Rubtsov fez este mapa, que mostra um trecho do porto de Santos. Mesmo com recursos simples, o
cartógrafo conseguiu um índice impressionante de 95% de exatidão. Clique na imagem para reduzi-la:
Imagem: arquivo 2010 Academia de Ciências de São Petersburgo -
Rússia
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