Galeria de notáveis militares santistas

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General Affonso Pinto de Oliveira - Nasceu em Santos, a 14 de março de 1848, do legítimo consórcio do major Gabriel da Silva Oliveira com d. Ignácia Carolina Pinto de Oliveira.

Fez seus primeiros estudos em Santos, até a idade de 17 anos, quando, sentindo uma natural propensão para a carreira das armas, ausentou-se da casa paterna sem consentimento, tentando ingressar no Exército, e, exatamente quando encontrava óbices à sua pretensão, declarava-se a guerra com o Paraguai. Aproveitando o aumento de idade, alistou-se no 7º Batalhão de Voluntários Paulistas, composto em grande parte de elementos de Santos, seguindo pouco depois para os campos de batalha.

Tomou parte nos mais encarniçados combates daquela guerra, constando da sua fé de ofício a participação nas batalhas de Tuiuty, passagem de Humaitá, Ponte do Itororó e Passo da Pátria, onde foi ferido em um joelho, recebendo os maiores elogios em ordem do dia, começando suas promoções com o posto de alferes.

Ao terminar a guerra do Paraguai era já tenente, por merecimento de campanha, e aí foi classificado no 21º Batalhão de Infantaria, estacionado em Cuiabá, Mato Grosso.

Em 1890, já capitão, esteve em Santos, em visita à sua terra e aos seus parentes, voltando logo depois para a sua circunscrição. Em 1892 tomou parte na revolução de Mato Grosso, e em 1893 participou da revolução federalista do Rio Grande do Sul.

Em 1896, no posto de major, comandando o 38º Batalhão de Infantaria, seguiu de Niterói para a Bahia, com destino a Canudos, como parte da 3ª Expedição Militar, para combater os jagunços de Antonio Conselheiro. Aí, o batalhão sob o seu comando foi um dos primeiros a penetrar no terrível arraial, tomando o famoso reduto, a par das forças paulistas e rio-grandenses da vanguarda. Depois desses seus últimos serviços à pátria, foi promovido a general de brigada, devendo ainda essa promoção a legítimos merecimentos de campanha.

Sempre em Cuiabá, onde constituíra família, e onde levava uma vida simples, praticando vários ofícios, como carpinteiro, ferreiro, pedreiro e pintor, servindo a si e a amigos íntimos sem pejo ou vergonha diante de toda a gente, que por isso mesmo lhe votava imensa admiração, faleceu este ilustre santista, já reformado no posto de general de divisão, no dia 27 de agosto de 1930, na avançada idade de 82 anos.