Incorporação do terreno tem como desdobramento direto a preservação de um patrimônio
histórico e cultural e a contribuição para o processo de revitalização do Centro Histórico
Foto: Francisco Arrais, publicada com a matéria
REVITALIZAÇÃO DO CENTRO
Aquisição da área do Valongo tem boa repercussão na Cidade
A aquisição, na última sexta-feira, por parte da
Prefeitura, da área que compreende a Estação Ferroviária do Valongo, o Pavilhão de Exposições e os pátios anexos até o limite do prolongamento da
Rua Cristiano Otoni, repercutiu positivamente entre empresários e integrantes de entidades representativas da
sociedade santista. A medida - fruto de esforço conjunto de equipes da Prefeitura, Rede
Ferroviária, Ministério dos Transportes e governo federal - foi
bem recebida pelos integrantes de órgãos que há muito tempo lutam pelo desenvolvimento do
Centro Histórico, apoiando o Alegra Centro - desde sua regulamentação - ainda à época da votação na Câmara.
Durante o processo de negociação da área do Valongo, essas entidades enviaram cartas e
telegramas ao Ministério dos Transportes, apoiando a aquisição da área pela Prefeitura.
Área compreende a estação ferroviária do Valongo, pavilhão de exposições e pátios
anexos
Foto: Francisco Arrais, publicada com a matéria
Próximos passos - Há sete anos a Prefeitura negociava a aquisição da área no
Valongo. Num total de 43 mil m², o imóvel foi ofertado à Administração Municipal, em dação para pagamento de débitos fiscais remanescentes no valor
de R$ 11,7 milhões. Ele pertencia à Rede Ferroviária Federal.
Para a Prefeitura, a incorporação da área tem como desdobramento direto a preservação
de um patrimônio histórico e cultural de expressão nacional e contribuição para o processo de revitalização do Centro.
Selada a negociação com a assinatura de compra e venda, as secretarias de Planejamento
(Seplan), Governo (SGO) e Assuntos Portuários e Marítimos (Seport) iniciaram estudos sobre o aproveitamento da área. Uma das possibilidades é a
realização de Operação Urbana integrada à utilização dos armazéns 1 ao 8 da Codesp (em processo de discussão na empresa), sendo mais um projeto
âncora para o programa Alegra Centro.
Área compreende a estação ferroviária do Valongo, pavilhão de exposições e pátios
anexos
Foto: Francisco Arrais, publicada com a matéria
Um reforço para o turismo e para o comércio
"A Associação sempre foi parceira da Prefeitura para a
boa definição desta questão da Estação do Valongo. Acompanhamos de perto o desenrolar da negociação, apoiamos a Prefeitura e ficamos satisfeitos com
este desfecho", comentou José Moreira, presidente da Associação Comercial de Santos.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Santos (CDL), Amadeu Lopes Louzada,
endossou a opinião. "O Centro é o nosso xodó. Temos participado de todas as ações que possam beneficiar o
desenvolvimento e a revitalização. Ficamos felizes que a área tenha vindo para a Prefeitura, que está no rumo certo em relação ao Centro",
disse Louzada.
Para o advogado Roberto Mehanna Khamis, trata-se de uma das maiores conquistas para a
Cidade nos últimos anos. "É uma área que enseja inúmeras possibilidades de uso, principalmente para o turismo.
Integrada ao projeto que dá conta da transformação dos armazéns da Codesp, este seria um complexo fantástico, como poucos existentes no Brasil. Como
sugestão, acredito que a área poderia comportar até o Museu Pelé".
"O Valongo é uma área importante para a Cidade; histórica
e culturalmente
riquíssima. A assinatura que transforma aquele local em próprio municipal é mais um
impulso para o Centro. Vamos aguardar o projeto para o local, mas a área é
grande e a localização é perfeita para turismo de eventos e de negócios. Será um reforço
para o turismo e conseqüentemente para o comércio", disse o presidente do Sindicato do Comércio Varejista da Baixada
Santista, Alberto Weberman.
"Aquela área é essencial para a continuidade do projeto
de recuperação do Centro. Há uma tendência, que podemos observar na maioria das grandes cidades
portuárias do mundo, no sentido de criar uma identidade visual relacionada aos portos.
Acredito que aquele espaço, unido ao que se pode fazer em conjunto com os armazéns 1 ao 8, seria a oportunidade de se criar uma imagem que
diferenciasse a nossa área portuária das demais", afirmou o empresário do ramo cafeeiro, Eduardo Carvalhaes.
Fotos: Francisco Arrais, publicadas com a matéria
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