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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - ACS
A associação comercial dos santistas (4-r)

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Texto inserido no Almanaque de Santos - 1971, editado no final de 1970 por Ariel Editora e Publicidade, de Santos/SP, tendo como redator responsável o falecido jornalista Olao Rodrigues. Nessa publicação, as páginas 170 a 300 formam uma Edição Comemorativa do Centenário da Associação Comercial de Santos:
 

Associação Comercial de Santos - 1870/1970


Eis a história que se firmou à sombra da grandeza de Santos

Rui Barbosa, ministro da Fazenda, na sede da A.C.S.

Muitas personalidades estiveram na sede da Associação Comercial, ou para simples visita protocolar ou para cuidar de altos interesses da economia regional e nacional.

Entre os visitantes ilustres, destacou-se Rui Barbosa, que, como ministro da Fazenda do Governo Provisório da República, chefiado pelo marechal Deodoro da Fonseca, veio ver e sentir as necessidades do porto, que, à falta de armazéns alfandegados, funcionava precariamente, com as mercadorias amontoadas nos pátios descobertos e nas ruas, expostas à intempérie e à ação dos ratoneiros.

Os importadores da capital e do interior e os comerciantes santistas de há muito se vinham batendo contra essa situação vexatória, não sendo poucas as queixas e reclamações levadas à Associação, que se pôs à frente desse movimento reivindicatório e requereu providências urgentes ao governo da República.

Foi esse o motivo central da visita de Rui Barbosa a Santos, nos dias 11 e 12 de fevereiro de 1890.

O grande brasileiro era homem de ação. Pondo de lado as homenagens, inspecionou o porto e a Alfândega, de que era inspetor interino o sr. Francisco Alves da Silva, viu muita coisa errada e tratou de corrigi-la de imediato. Fazendo da sede da Associação seu gabinete de trabalho, nomeou comissão para exarar parecer sobre as obras que deveriam ser executadas prioritariamente e da qual participaram os srs. Antônio Carlos da Silva Teles e Fritz Christ.

Saiu logo o parecer, entregue pessoalmente ao alto delegado do Governo da República. Por ocasião do almoço que lhe foi oferecido na residência do dr. Antônio Lacerda Franco, Rui afirmou que, sensível às queixas e reclamações do Comércio e da Indústria, o Governo Provisório da república decidira naquele instante executar as obras reivindicadas, não apenas pelo respeito que a entidade líder da Praça desfrutava na administração superior do País, como também pelo imperativo de salvaguarda dos direitos da Nação.

Na realidade, as obras foram executadas mercê do empenho e energia do ministro da Fazenda da época. Valeram, ademais, como alentado serviço que nossa Associação prestou a Santos, ao Estado e à União.


Os presidentes

Adail de Camargo Viana (1957-1958)

Bico-de-pena de Ribs publicado com a matéria

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