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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - SANTOS EM 1913 - BIBLIOTECA NM
Impressões do Brazil no Seculo Vinte - [57]

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Clique nesta imagem para ir ao índice da obraAo longo dos séculos, as povoações se transformam, vão se adaptando às novas condições e necessidades de vida, perdem e ganham características, crescem ou ficam estagnadas conforme as mudanças econômicas, políticas, culturais, sociais. Artistas, fotógrafos e pesquisadores captam instantes da vida, que ajudam a entender como ela era então.

Um volume precioso para se avaliar as condições do Brasil às vésperas da Primeira Guerra Mundial é a publicação Impressões do Brazil no Seculo Vinte, editada em 1913 e impressa na Inglaterra por Lloyd's Greater Britain Publishing Company, Ltd., com 1.080 páginas, mantida no Arquivo Histórico de Cubatão/SP. A obra teve como diretor principal Reginald Lloyd, participando os editores ingleses W. Feldwick (Londres) e L. T. Delaney (Rio de Janeiro); o editor brasileiro Joaquim Eulalio e o historiador londrino Arnold Wright. Ricamente ilustrado (embora não identificando os autores das imagens), o trabalho é a seguir reproduzido, em suas páginas 1.065 a 1.067, referentes ao Estado (ortografia atualizada nesta transcrição):

Impressões do Brazil no Seculo Vinte

Goiás

oiás é, dos estados do Brasil, o quarto em extensão, e um dos que têm mais recursos naturais a serem aproveitados. Se ainda não assumiu o grau de importância econômica que lhe compete, é isso devido principalmente ao processo de povoamento do Brasil, iniciado no litoral e ainda não penetrado nas terras do interior.

É um dos estados centrais do Brasil. O seu solo é geralmente montanhoso, principalmente a Leste e a Oeste, bem como, um pouco, ao Sul. Grandes zonas são cobertas de mato carrasquenho, a que se dá o nome de caatingas. Os seus rios seguem mais geralmente a direção do Sul para o Norte, sem que, entretanto, os confluentes guardem a mesma direção.

O estado de Goiás está dividido, pelas cordilheiras que lhe enrugam o solo, em três regiões: uma oriental, que se pode chamar "de entre-serras", pelo meio da qual corre o Rio Maranhão; outra, meridional, entre as serras de Caiapó, Santa Martha e Santa Rita e o Rio Paranaíba; e finalmente outra, ocidental, se estende da cordilheira que atravessa o centro do Estado e vai terminar nos rios das Mortes e Araguaia.

Para o estado de Goiás só agora se vai encaminhando a viação férrea; não há outras vias de comunicação senão a parte navegável dos rios e as estradas por onde transitam os seus  produtos ao lombo dos animais e em carros de bois.

Geografia

O estado de Goiás está situado entre os 5º10' e 19º20' de latitude Sul; e 3º54' e 9º58' de longitude Oeste do meridiano do Rio de Janeiro. A sua extensão territorial é de 747.311 km. Confina: ao Norte, com os estados do Pará e Maranhão pelos rios Tocantins e Manuel Grande e Serra das Mangabeiras; ao Sul, com os estados de Mato Grosso e Minas Gerais, pela Serra de Santa Marta ou das Divisões e pelos rios Paranaíba e Paraná; a Leste, com os estados de Minas Gerais, Bahia, Piauí e Maranhão, pelo Rio Paranaíba, Ribeirão Jacaré, serras de Andrequicé, Tiririca, das Araras, de Paranã, de Taguaringa ou Tabatinga, do Duro, dos Mangabeiros e pelo Rio Tocantins; a Oeste, com os estados do Pará e de Mato Grosso, pelos rios Araguaia, das Mortes e do Aporé, sendo litigiosos os seus limites com o estado de Minas Gerais.

Entre as montanhas do estado de Goiás contam-se as seguintes, formando duas cordilheiras, uma oriental ou limítrofe, e outra interfluvial: S. Lourenço, Divisões, S. Domingos, Taguatinga ou Tabatinga, Mangabeiros, na cordilheira oriental ou limítrofe, que separa o estado de Goiás dos estados de Minas Gerais, da Bahia, do Piauí e do Maranhão; nesta tem raiz uma imensa serrania que penetra através do estado, pelo ldo de Mato Grosso, seguindo para o Sul da cidade de Goiás, capital do estado, com a cordilheira denominada interfluvial. Esta serra fica entre os rios Uruú, das Almas, do Maranhão, Tocantins, a Leste, e o Araguaia, a Oeste, tomando a direção de Sul para Norte.

Durante o seu percurso, a serra interfluvial toma as seguintes denominações locais: da Canastra ou de S. Patrício, do Estrondo, dos Javaés e outras; finalmente, a serra vai acabar no ponto onde o Rio Araguaia deságua no Rio Tocantins. Serve de linha divisória entre as águas que correm, na direção de Leste, para os rios Maranhão e Tocantins, e as águas que descem pela sua vertente Oeste, em busca do Rio Araguaia. Os pontos mais altos do estado encontram-se na Serra dos Pireneus, com 2.310 m, e na Chapada dos Veadeiros, com 1.678 m.

Há no estado de Goiás uma ilha digna de menção. É a ilha formada por dois braços do Rio Araguaia, que se biparte num ponto, abraçando um pedaço de terra, para reunir de novo suas águas, de sorte a formar aquela ilha. Foi-lhe dada a denominação de Ilha do Bananal; mas é também conhecida pelo nome de Ilha de Sant'Ana.

Despachado em uma expedição para combater e reduzir uma tribo de selvagens que dominavam a região e que eram conhecidos pelo nome de carajás, desembarcou na ilha o alferes Pinto da Fonseca que, de acordo com o sentimento profundamente católico que animava os conquistadores portugueses, lhe deu o nome que corresponde ao da santa do dia do desembarque.

O braço direito do Rio Araguaia tem o nome de Furo de Bananal, sendo a denominação furo empregada, no Brasil, para designar esses desvios da água dos rios. A esse furo também se dá o nome de Carajaí. O braço esquerdo conserva o nome de Araguaia. A ilha de Sant'Anna tem 100 léguas de comprimento, e 20 a 25 léguas de largura.

Sede de um vasto e numeroso sistema potamográfico, o estado de Goiás é banhado por inúmeros rios, entre os quais avulta o Tocantins, formado pelos rios Maranhão e Paranã e que atravessa o estado de Goiás, penetrando depois no Pará, onde deságua no imenso delta do Amazonas.

O Rio Tocantins recebe vários afluentes, no estado de Goiás, entre os quis se destacam: na margem direita, o Rio Manuel Alves Grande, o Rio do Sono, o Rio Manuel Alves Pequeno; e pela margem esquerda o Rio de Santa Tereza e o Rio Araguaia.

Além do Tocantins, correm em Goiás: o Rio Maranhão, que nasce na Lagoa Formosa ou de Felix da Costa, recebendo, pela margem direita, o Tocantinzinho e o Preto, e pela margem esquerda, o Rio das Almas, sendo que este recebe por sua vez o Rio Urubu que muitos geógrafos julgam ser a verdadeira origem do Tocantins.

O Rio Paranã, que tem as suas nascentes situadas na Serra dos Couros, recebe, pela margem direita, as águas dos rios Correntes, Macacos, S. Domingos e Palma e pela margem esquerda, recolhendo o tributo dos seus afluentes, os rios Bom Sucesso, das Almas e Prata.

O Rio Araguaia, que constitui o mais importante afluente da margem esquerda do Tocantins e é formado pela confluência das águas dos rios Grande e Vermelho, serve de linha limítrofe entre o estado de Goiás e os de Mato Grosso e do Pará e recebe as águas dos afluentes Cristalino, Mortes e de Tapirapê, pela margem esquerda, e o Rio do Peixe (que recebe o Rio S. Felix) e o Crixá, pela margem direita.

O Araguaia tem um enorme curso que é calculado em 1.800 quilômetros de extensão. É um rio de grande majestade, de águas límpidas e claras, oferecendo um leito de água por vezes mais largo e mais espraiado do que o Tocantins.

O Paranaíba tem os seus cabeceiros em terras do estado de Minas Gerais, servindo também de linha limítrofe entre os dois estados. Pela margem goiana, recebe o Rio Paranaíba o tributo de águas dos seguintes afluentes: o Rio Veríssimo, o Corumbá (que tem sua nascente no lugar denominado Curral de Pedras, nos montes Pireneus, a 18 quilômetros da cidade de Pirinópolis), o Rio Meia Ponte, o dos Bois, o Claro, o Verdinho, o das Correntes e o Aporé.

Por sua vez, o Rio Veríssimo recebe as águas dos rios do Braço, dos Paulistas, do Pirapetinga, do Custódio e do Vaivém; e o Rio Corumbá recebe as águas dos rios do Roncador, do Palmital, do Resfriado, de Santa Bárbara, dos Periquitos, de Santo Antonio e do Sucuri.

Clima

Embora insalubre nas margens dos rios e em algumas zonas do Norte, onde há manifestações da malária, conseqüência lógica, aliás, da falta de aproveitamento dessas enormes zonas ubérrimas, o clima de Goiás é salubérrimo ao Sul, sendo notável a salubridade do planalto. Por esta razão e sobretudo pelo fato de ser ali o centro do território brasileiro, os deputados à Assembléia Constituinte estabeleceram, num dos artigos da Constituição Federal, a instalação da capital federal no planalto de Goiás.

As temperaturas máximas do estado oscilam entre 32º e 41º; as médias, entre 26º e 19º; e as mínimas, entre 10º e 0º.

Até agora, não foi dada ainda execução àquele dispositivo constitucional por circunstâncias várias, entre as quais uma das mais ponderosas é a formidável despesa que isso acarretaria, pela necessidade de se dotar o estado de grande número de melhoramentos que ora faltam, e se tornariam então indispensáveis, como, por exemplo, a ligação ferroviária com o resto do país. Além disso, a investidura da cidade do Rio de Janeiro na função de capital da República brasileira é uma tradição que só um grande avanço e inadiáveis exigências do progresso conseguirão destruir. Não é essa, por ora, a situação do país que, tendo iniciado, apenas, a sua expansão, restrita a uma larga faixa da zona do litoral, notando-se ainda despovoados e retardados trechos enormes da zona central, só pode ter logicamente a sua capital nas condições da que serve de sede ao governo federal.

Deslocá-la, desde já, para um centro longínquo a povoar e a prover de todos os progressos que devem fazer o ambiente das grandes capitais, seria decerto uma antecipação, uma solução artificial ao artigo da Constituição que determinou a mudança da capital.

Fauna e flora

Com a pujança e o vigor característicos, em geral, por todo o país, principalmente em trechos de seu território onde a própria terra parece não ter completado a sua evolução geológica, a fauna e a flora do estado de Goiás concentram os exemplares comuns à maioria dos estados.

O seu subsolo guarda riquezas inexploradas: minas de diamantes, chumbo, cobre, ferro, amianto, enxofre e mica; e em vários pontos brotam excelentes águas termais.

O reino vegetal produz: madeiras de construção, medicinais, palmeiras, plantas oleaginosas, leitosas, fibrosas, alimentícias, industriais, gomas e resinas. A fauna é também numerosamente representada por animais de caça, de tiro, de vários proveitos industriais; e a criação de gado constitui uma das fontes de produção do estado.

Os rios que recortam o território goiano são grandemente piscosos, produzindo as mais apreciadas variedades da fauna fluvial.

História

O estado de Goiás oferece uma circunstância elucidativa e eloqüente da vastidão do país descoberto por Pedro Álvares Cabral. Nem ele nem os outros portugueses que vieram para a obra de colonização, tiveram tempo de dar conta da enormidade de terras que o Monte Pascoal lhes revelou, na jornada de 3 de maio de 1500. Como muitas destas enormes zonas do país descoberto no começo do século XVI, as terras de Goiás permaneceram, século e meio, desconhecidas dos portugueses. Goiás só foi descoberto entre os anos de 1647 e 1682; e essa descoberta foi já empresa de brasileiros.

Com efeito, foram três brasileiros, naturais do estado de S. Paulo, os primeiros civilizados que palmilharam o território goiano. Foram eles Manuel Corrêa, em 1647 e, em 1682, Bartholomeu Bueno e seu filho Bartholomeu Bueno da Silva.

A fama da riqueza aurífera das novas terras animava audaciosas empresas de indivíduos arrojados que se congregavam em grupos armados, denominados bandeiras; e aos aventureiros se dava, por isso, o nome de bandeirantes. As bandeiras armavam-se em S. Paulo e dali partiam à conquista do ouro. As intempéries e a inospitalidade das terras desconhecidas não atemorizavam a sua ambição, nem a perspectiva dos ataques dos selvagens fazia deter essas expedições, no correr das quais há episódios trágicos e sanguinolentos.

Manuel Correia, em 1647, e Bueno, em 1682, constituíram bandeiras que fizeram as duas primeiras incursões no território do atual estado de Goiás. A audácia dos bandeirantes teve os mais compensadores resultados, em fartas cargas de ouro de que auferiram os maiores lucros.

Animado com esse resultado, Bartholomeu Bueno da Silva refez a sua frutuosa expedição, em 1725, tomando, de novo, o rumo de Goiás. Felizmente, os índios que habitavam a região (os goiazes, dos quais veio a denominação do atual estado) não eram ferozes, antes constituíam populações pacatas e pouco belicosas. Bueno conseguiu aliciá-los e fazer aliança com eles, regressando a S. Paulo com uma carga preciosa de oito mil oitavas de ouro.

Em vista de tais resultados, em data de 14 de março de 1731, conferiu o governo a Bartholomeu Bueno da Silva a patente de capitão-mor com inteira jurisdição e domínio sobre as terras que descobrira, e o encargo de as distribuir por aqueles que quisessem explorá-las.

Tanto bastou para que a expansão colonial ali atingisse o mais alto grau e tivesse o mais rápido desenvolvimento. Afluíram aventureiros; fundaram-se povoações; e o distrito de Goiás foi erigido a comarca da então capitania de S. Paulo, a 11 de fevereiro de 1736.

Mas não parou aí o progresso rápido de Goiás, que foi desligado de S. Paulo e constituído em capitania, por alvará régio de 8 de novembro de 1744. Era já a sua capital a mesma de hoje, a cidade de Goiás que, por esse tempo, porém, se chamava Vila Boa. Foi seu primeiro governador geral o general d. Marcos de Noronha, depois conde de Arcos.

Com a proclamação da Independência, em 1822, passou Goiás a constituir uma província do Império do Brasil, e um dos estados da República, quando esta foi proclamada em 1889.

População, imigração e colonização

A população do estado de Goiás é constituída por cerca de 300.000 habitantes, dos quais 0,7%, apenas, são estrangeiros, o que dá uma população muito pouco densa, ou, falando em números, aproximadamente 0,34 de habitantes, por quilômetro quadrado.

Existem duas colônias agrícolas no estado: a Blasiana, fundada em 21 de abril de 1881 na cidade de Santa Luzia; e a Macedina, fundada a 27 de agosto do mesmo ano, à margem direita do Rio Araguaia, acima da barra do Campo.

Agricultura

A agricultura é objeto de grande preferência do trabalho e dos capitais, em Goiás. Há importantes e produtivas plantações de cana, algodão, fumo e cereais.

Indústria

A indústria fabril não tem desenvolvimento, em Goiás; tem-no, porém, a pastoril, para a qual se aproveitam os magníficos campos de criação existentes no estado. Grandes partidas de gado, principalmente bovino, vão dali para o de Minas, a fim de serem vendidas no seu grande mercado, que é a importante cidade mineira de Uberaba, no município do mesmo nome.

A indústria extrativa é feita em pequena escala. Há muito em que empregar capitais, nestes como em outros múltiplos recursos que o estado de Goiás oferece.

Vias de comunicação

Durante muito tempo, não teve o estado de Goiás, como vias de comunicação, senão as estradas e os seus rios. Dentro em pouco, porém, a via férrea que vai ganhando terreno dia a dia facilitará e fomentará a expansão das suas indústrias, desde que assim seja resolvido o problema do transporte. Com isto também muito tem lucrado o povoamento do estado, pois a construção da via férrea tem levado para lá grandes massas de imigrantes que se entregam aos trabalhos da construção.

Instrução pública

A instrução pública no estado de Goiás vai tendo um desenvolvimento mais ou menos proporcional aos seus recursos econômicos e sua evolução. Mantidas pelo estado, há cerca de cem escolas primárias para o sexo feminino, masculino e mistas, além de vários estabelecimentos de ensino mantidos por particulares. A matrícula sobe a mais de 4.000 alunos, indo além de 3.000 o número de freqüência média.

Mantidas pelas municipalidades, existem cerca de cinqüenta escolas de ensino primário, com uma matrícula de cerca de 2.000 alunos e uma média de freqüência de cerca de 1.500. Anda perto de 40 o número de escolas primárias particulares, com uma matrícula de cerca de 1.300 alunos e uma freqüência média de perto de 1.000.

O ensino secundário é ministrado pelo Liceu Goiano, com cerca de 100 matrículas, mantendo, ainda, o estado, aulas secundárias avulsas em Arraias, Bomfim, Catalão, Palma, Porto Nacional e Rio Verde. Existem ainda algumas escolas secundárias mantidas por particulares.

Para preparo dos professores públicos primários, mantém o estado uma Escola Normal na capital. Há ainda uma escola profissional, também custeada pelo estado. O ensino superior é representado por um Faculdade de Direito mantida pelo estado. Entre os outros institutos da Instrução Secundária, há a destacar o Seminário de Santa Cruz, fundado em 1873, pelo bispo d. Joaquim Gonçalves de Azevedo.

O estado de Goiás é sede de bispado desde 1825, dividindo-se em cerca de setenta paróquias.

Centros de população

A capital do estado e sede de seu governo é a cidade de Goiás, fundada por Bartholomeu Bueno da Silva, com o nome de Arraial de Sant'Anna, à margem do Rio Vermelho. Quando foi elevada a vila, tomou o nome de Vila Boa. A sua atual população é de 5.000 habitantes. Entre os seus principais edifícios, contam-se o Palácio do Governo, mandado construir pelo governador conde de S. Miguel, próximo à catedral; o palácio do bispo. a catedral, sob a invocação de Sant'Ana; e o hospital de S. Pedro de Alcântara, fundado a 15 de janeiro de 1826.

Entre as demais cidades e vilas do estado, contam-se: Boa Vista, na margem do Rio Tocantins; Bomfim, a 264 quilômetros da capital, notável por importantes jazidas de ouro no seu subsolo; Catalão, situada ao Sul do estado, edificada nas proximidades do Rio Paranaíba e banhada pelo Rio Pirapetinga; Entre Rios, à margem do Rio Vaivém, pitorescamente construída no alto de uma colina; Formosa; Jaraguá, entre os rios das Almas e Pari, junto ao córrego de Jaraguá; Pirenópolis, antiga Meia Ponte, edificada à margem do Rio das Almas, sede de um município importante pela sua grande produção agrícola; Morrinhos; Natividade; Palma, situada no ponto de confluência dos rios Paranã e Palma; Piracanjuba, antigamente Pouso Alto; Rio Verde; Porto Nacional, à margem direita do Rio Tocantins; Santa Cruz, construída em meio de altas colinas; Santa Luzia, no córrego do Fumal, onde se acha instalada a Colônia Blasiana.

Entre as vilas e centros populosos de menor importância, notam-se: Arraias, na Serra Mineira; Cavalcanti, no Rio das Almas, a Oeste de Serra do Mocambo; Conceição, Corumbá, Curralinho, Forte, Paraíso, Paranã, Pilar, Posse, Rio Bonito, S. Domingo, S. José do Duro, S. José do Tocantins; Taguatinga ou Tabatinga, Traíras, Flores, n margem direita do Rio Paranã; Alemão; Antas; Mestre d'Armas etc.

A divisão administrativa e judiciária do estado de Goiás compreende 86 distritos municipais, 29 termos, 77 distritos judiciários, 16 comarcas. A sua representação política federal é de três senadores e quatro deputados ao Congresso Nacional. O Poder Legislativo estadual divide-se em Senado e Câmara, esta com trinta e aquele com 12 representantes.

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