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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - PERSONAGENS
Tipos curiosos (27)

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Chaves? Magenta era o primeiro nome lembrado pelos santistas. Ao falecer o fundador da firma Chaveiro Magenta, o jornal santista A Tribuna registrou, na página A-6 da edição de 25 de maio de 2010:


Os irmãos Jonas e João Magenta herdaram do pai a profissão e a loja

Foto: Alberto Marques, publicada com a matéria

Aos 87 nos, Magenta abriu as portas do céu

Da Redação

Setenta e sete anos dedicados ao ofício de fazer chaves e abrir portas e cofres. Um mestre para futuras gerações. As habilidosas mãos de Eugênio Magenta só se distanciaram da bancada de trabalho 20 dias antes da morte, ocorrida no último dia 19, aos 87 anos. Tinha problemas no coração, ms morreu de pneumonia.

Eugênio Magenta começou os 10 anos a trabalhar no ramo de chaves por influência do pai, João Eugênio. Jonas e João, dois dos cinco filhos de Eugênio, contam que o pi logo cedo mostrou pressa para encarar longas jornadas de trabalho, deixando de lado até mesmo a seqüência dos estudos, que fazia no Colégio Barnabé.

"Ele só se dedicou ao trabalho", resumiu Jonas. "Dizia que gostava de trabalhar muito para chegar no céu cansado", lembra João. A precocidade no ofício mereceu uma improvisação: tinha de usar um caixote para atingir a banqueta e fazer o serviço.

Antes de assumir oficialmente uma das banquetas do Chaveiro Magenta, Eugênio já acompanhava o pai nas chamadas de clientes, mesmo à noite.

Eugênio cresceu no ofício ouvindo histórias do pai. A mais famosa foi a abertura do cofre de um banco, no Centro, na década de 40.

João Eugênio havia sido chamado pela direção da instituição, que não conhecia abrir o equipamento. Habilidoso, resolveu o problema e apresentou a conta. Os responsáveis pelo banco acharam a conta alta. Ele não teve dúvidas: fechou novamente o cofre. Chamado outra vez, o especialista abriu e apresentou outra conta, com valor dobrado. "O valor do segundo serviço ele doou", diz o neto Jonas.

As histórias do pai embalaram o começo da carreira de Eugênio, que foi reconhecido pela empresa Gold ao completar meio século de trabalho.

Do início com as máquinas que faziam chaves com a força manual, acompanhou a evolução do ofício. "Foi com muito orgulho que ele viu a importação desta", diz Jonas, mostrando um moderna Viper.

Quarta geração - Eugênio também ensinou o ofício a outras gerações. Uma prova é o neto Jonas, de 23 anos, representante da quarta geração de chaveiros na família. "Ele era um mestre", resume o neto".


 


Homenagens dos familiares

Imagens reproduzidas da edição de 28 de maio de 2010 do jornal A Tribuna - página A-10

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