Meninos do Quebra Mar
É difícil imaginar a praia sem eles. Eles, por sua vez, também não vivem sem a
praia. No mar, treinam manobras para lá de radicais, como tubos e batidas. Fora d’água, levam a prancha debaixo do braço, indo ou
voltando do Emissário Submarino ou Quebra-Mar, como eles chamam aquele pedaço na Praia do José Menino.
Nem todo mundo sabe, mas os surfistas e o surfe santistas são
referência no País e na própria história do esporte. A primeira prancha de surfe construída no Brasil foi feita por três santistas, Osmar Gonçalves,
Jua Haffers e Silvio Manzoni, em 1938, que a usaram para surfar na Praia do Gonzaga. Daí para frente, a modalidade só cresceu na Cidade: surgem os
primeiros fabricantes de pranchas, os campeonatos, as lojas de roupas e grandes nomes. Um deles é o campeão mundial e santista Picuruta Salazar.
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O
surfista conta que muita gente não se conforma de o surfe ter se desenvolvido tanto numa Cidade com praia de baía, sem grandes ondas. Picuruta, que
já surfou no mundo inteiro, aponta o Quebra-Mar, em Santos, como o melhor local para o surfista em todo o Brasil, em termos de infra-estrutura. A
iluminação noturna, que permite a prática do surfe também à noite, só existe na Austrália e na África do Sul.
Atualmente, em Santos, há cerca de 4 mil surfistas, entre amadores e profissionais, que caem
nas águas do José Menino, para pegar ondas de no máximo três metros de altura. |