Pelé, um dia após chegar ao Santos Futebol Clube, em 1956
Foto: José Dias Herrera, publicada com a matéria
EXPOSIÇÃO
No Masp, a história de Pelé contada pelas lentes de José Herrera
Os grandes acontecimentos da vida de Pelé, registrados nas
lentes de José Dias Herrera - o repórter fotográfico atuante mais antigo do Brasil - poderão apreciados no Museu de Arte de São Paulo (Masp). No
museu, a exposição Pelé, a Arte do Rei, promovida pela Coca-Cola, estará aberta ao público a partir de amanhã e reunirá mais de 50 fotos do
rei do futebol, além de prêmios e troféus conquistados durante e depois da trajetória nos gramados.
Hoje, o evento será inaugurado, oficialmente, com um coquetel para os
convidados, entre eles, o fotógrafo que acompanhou de perto momentos particulares da vida e da carreira do craque no Santos Futebol Clube, desde o
primeiro dia em que chegou na Cidade. Chamado, carinhosamente, de Zezinho por Pelé, Herrera – que trabalha na Prefeitura há 24 anos –
guarda em seu acervo pessoal mais de 500 fotos do ex-jogador.
Entre as mais marcantes e que estarão na exposição, José Herrera destaca a que
o craque vestia, pela primeira vez, a camisa número dez do Santos. Outra considerada especial pelo fotógrafo é a de uma partida do time realizada em
um estádio de futebol na França. "Eu fotografei Pelé com a cabeça baixa e triste no vestiário, enquanto a multidão enlouquecida gritava o nome dele"
. Na ocasião, Pelé estava machucado e não podia jogar. "Enquanto ele não se apresentou no gramado, apenas para todos o verem, o público não
sossegou", recorda o momento emocionante.
As situações históricas do rei, registradas por José Herrera – que ganhou
recentemente uma bola autografada por Pelé e reúne mais de dez prêmios - estarão em exposição até o dia 31 de março no Masp, na Av. Paulista, 1578,
de terça à domingo, das 11 às 18 horas.
Zezinho, 64 anos de profissão
Aos 81 anos, José Herrera é apaixonado pelo Município e fotografa, profissionalmente,
há 64 anos. Ele já trabalhou nos jornais O Diário e A Tribuna e guarda em sua casa, cerca de um milhão de negativos. Também já foi
homenageado por diversas instituições da Cidade, além da Câmara de Deputados de São Paulo.
Apaixonado pela profissão, Zezinho afirma que é preciso sensibilidade ao
fotografar: "A fotografia é uma constante; quem fotografa uma vez, não pode e não quer parar mais".
O desejo do repórter fotográfico mais antigo do Brasil é, um dia, realizar uma
exposição de fotos de pôr-do-sol. "Eu fotografo, quase todos os dias, este espetáculo vivo da natureza. E ele sempre é diferente, a cada dia",
revela. |