Santos - terra onde a caridade é lei
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Santa Casa da Misericórdia - Foi em Santos que se fundou a primeira santa casa do
Brasil. Faz quatrocentos anos. Desde os seus primórdios, a pia instituição fundada por Braz Cubas topou dificuldades
inumeráveis para a manutenção dos seus serviços assistenciais. Mas a índole boa do povo santista não permitiu se estiolasse a "Casa de Deus para os
homens". Seus administradores, todos eles, se entregaram com carinho e arrojo à expansão do estabelecimento hospitalar da cidade, que enfrentou e
venceu o tempo, transpondo obstáculos de toda ordem e chegando até nossos dias como expressão vigorosa do espírito de filantropia da nossa gente.
A Santa Casa da Misericórdia, "asilo carinhoso dos que
sofrem", afirma-se hoje, em meio à sua gloriosa longevidade, como a maior obra de assistência médico-social de nossa terra.
Impressiona o balanço de serviços que a casa de Braz Cubas vem prestando não apenas à
população de Santos, mas a todos, do litoral e do planalto, que lhe batem à porta.
"O nosso grande hospital serve de paradigma a todos os estabelecimentos do gênero,
porque ali o pobre ou o rico, o branco ou o preto, recebe um tratamento humano e carinhoso, essencialmente cristão, de modo a robustecer-lhe tanto
as condições de saúde do corpo, como as do espírito".
Santos despontou e cresceu, socialmente amparada pelos beneméritos serviços da Santa
Casa.
Orgulho de um povo, a pia instituição, pelo seu passado e pelo seu presente, constitui
a mais bela afirmação de solidariedade humana.
Dentro de pouco tempo, ela terá novas instalações.
Transferir-se-á para edifício amplo, magnífico, confortável, consentâneo com o desenvolvimento extraordinário de sua obra médico-hospitalar e com o
surto de progresso da terra que cresceu à sombra da instituição gizada e organizada pelo espírito humanitário de Braz Cubas.
É a seguinte a atual Mesa Administrativa da Santa Casa de Santos: provedor, Benedito
Gonçalves; vice-provedor, José Jesus de Azevedo Marques; 1º secretário, Gervásio Bonavides; 2º secretário, Sílvio Fortunato; 1º tesoureiro, Sinval
de Barros Coelho e Melo; 2º tesoureiro, Josino de Araújo Maia; mordomo-geral, Vidal B. Sion; consultores, Lincoln Feliciano, Pedro Borges Gonçalves,
Alberto Aulicino e Sócrates de Aranha Menezes. É presidente do Conselho Geral o sr. Ciro de Ataíde Carneiro, e presidente do Conselho Deliberativo o
sr. Henrique Soler.
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