Clique aqui para voltar à página inicialhttp://www.novomilenio.inf.br/santos/h0235f5.htm
Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 10/20/07 21:20:23
Clique na imagem para voltar à página principal
HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - DESLIZamentos... (5)
Final de março de 1956: mais calamidade - F

Leva para a página anterior

Terreno sedimentar, com fina capa de solo, quando enfrenta chuva forte e não tem mais cobertura vegetal que fixe o solo... o resultado é um deslizamento de terras, e quem estiver no caminho sofre as conseqüências. Nos morros santistas, ocorreram vários deslizamentos célebres, como o que soterrou um grupo de piratas holandeses (caso excepcionalmente atribuído a um milagre da santa padroeira da Cidade), ainda no século XVII. Outros casos destacados aconteceram em 1928, 1956 e na década de 1980, motivando enfim a realização de um amplo trabalho de contenção das encostas e monitoramento da situação geomórfica nos morros santistas.

Continua a extensa reportagem da terça-feira, 27 de março de 1956, do jornal santista A Tribuna - ortografia atualizada nesta transcrição:


Imagem: reprodução da página 7 do jornal A Tribuna de 27/3/1956

Santos abatida por outra imensa tragédia
[...]

- Estão internados no Hospital São José, em São Vicente: Francisco Ferreira da Silva, de 14 anos de idade; José Borges Figueiredo, de 28 anos de idade; Malvino Isplazo, de 4 anos de idade; Antonio José de Freitas, de 4 anos de idade; Alziro Vitoriano de Freitas, de 34 anos de idade; Vicente Agostinho da Silva, de 31 anos de idade; Jonas da Costa Ramos, de 13 anos de idade; Domingos Floriano de Almeida, de 30 anos de idade; Serapião Bispo dos Santos, de 16 anos de idade; José Fernandes Filho, de 18 anos de idade; Joaquim da Costa, José Nunes Soares, Maria do Rosário Passos e José Gentil de Araújo.

- No Hospital São José, receberam curativos: Antonio Aragão Dias, de 14 anos de idade; José Almeida, de 34 anos de idade; José Silva, de 16 anos de idade; José Oliveira da Silva, de 38 anos de idade; Adivaldo Aguiar, de 12 anos de idade; Benedita Pessoa, de 14 anos de idade; Manoel Valente Pereira, de 25 anos de idade; Acelina Ribeiro, de 2 anos de idade; Marieta da Silva, de 4 anos de idade; Adelino Ribeiro, de 7 anos de idade; Risa Ribeiro, de 6 anos de idade; Antonio Fernandes, de 22 anos de idade; Marciano José dos Passos, de 55 anos de idade; Anita Passos, Maria Kenaide; Tamaschiro Hoide, de 62 anos de idade e Pedro Brozil Pires.

Inspeção nos morros - Até ontem à tarde subia a quase dois mil o número de desabrigados. Apenas na noite de domingo o Conselho Municipal de Assistência Social forneceu alojamentos para quatrocentas e cinqüenta pessoas. O governador Jânio Quadros, que passou a tarde de domingo em Santos, percorrendo todos os locais das tragédias e dando uma impressionante demonstração de humanidade, ao tomar, pessoalmente, todas as providências reclamadas pela gravidade da situação, reconheceu, em mais uma atitude solidária ao município, que tal calamidade está muito acima das forças dos poderes públicos municipais.

Em contato com o prefeito Antonio Feliciano, que também havia mobilizado todos os recursos de que dispõe a prefeitura, o governador paulista afirmou que o urgente problema de inspeção dos morros de Santos, de suas consolidações e suas interdições, deveria passar para a responsabilidade do Estado. Para isso, enviaria, imediatamente, uma equipe de engenheiros especializados, com a missão de fazer um total levantamento da situação de todos os morros.

Declarou o governador reconhecer a impossibilidade da administração santista em enfrentar, sem assistência, tão grande problema de engenharia, afirmando que deverão ser, imediatamente, evacuadas todas as áreas que aquela comissão de engenheiros estaduais condenar.

A esse propósito, a Casa Civil do governador distribuiu ontem à imprensa o seguinte comunicado:

"O governo está auxiliando com todos os seus recursos a cidade de Santos, alcançada por mais uma tragédia com as violentas chuvas que provocaram vários desmoronamentos. A polícia, os bombeiros e o DER trabalham ativamente com a presença de altas autoridades no local. Forças do Exército cooperam no serviço de salvamento. O governador percorreu as zonas flageladas, entendendo-se com o prefeito e com os vários órgãos do governo no sentido de socorrer as vítimas e minorar os efeitos do desastre. A Secretaria da Saúde e o Serviço Social do Estado trabalham ativamente nesse propósito. Esta manhã, técnicos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas e do Instituto Geográfico e Geológico e ainda do Serviço Florestal foram mandados àquela cidade para vistoriar os morros, a fim de, na medida do possível, determinar condições de segurança para a população adjacente".

O problema social - Aproxima-se de vinte e cinco mil o número de habitantes dos morros santistas. Mais de dez por cento da população total do município. Evidentemente, nem todos os morros serão interditados. Entretanto, já ontem, subia a quase dois mil o número de deslocados pelas interdições de emergência. Calcula-se que com um exame rigoroso da situação dos morros o número de desabrigados venha a atingir a vários milhares de pessoas.

O abrigo de toda essa gente, a garantia de assistência e de habitação, cria, para Santos, um dos mais sérios problemas sociais do pais. Sua solução ultrapassa os recursos municipais e requer a intervenção direta do Estado e da União.

A repetição da tragédia, com o espantoso número de vidas sacrificadas, e o estado de profunda insegurança em que se encontram os morros, reclamam, gritantemente, a interdição de grandes áreas. Qualquer adiamento poderá ser, novamente, fatal.

Eis porque o governo federal deve ser insistentemente convocado a participar dos trabalhos de acomodação dos deslocados. O Município e o Estado poderão dar conta das providências preventivas, mas a construção do grande número de habitações para a solução desse imenso problema social clama pela presença da União, segundo prevê o texto constitucional brasileiro para os casos de calamidade pública, como não pode deixar de ser classificada a dolorosa situação dos morros de Santos.






GRAVES DANOS NA CANELEIRA - Dois desmoronamentos ocorreram no Morro da Penha, no setor do bairro da Caneleira. Um pela madrugada de domingo, outro na tarde desse dia. Quando se concluía o serviço de desentulho, por marinheiros do transporte de guerra Barroso Pereira, do primeiro deslizamento, sobreveio o segundo, mais intenso e trágico. A carga de terra e pedra, volumosa e violenta, arrasou, em sua fúria, chalés, árvores, postes telefônicos e de iluminação, além de causar sérios danos na Fábrica de Adubos Bueno, projetando-se em plena Avenida Nossa Senhora de Fátima, que ficou obstruída. Em conseqüência, deu-se a interrupção do tráfego em direção a São Vicente e bairros desse município. Houve, porém, o recurso de baldeação, aos pedestres, pelo rio São Jorge
Fotos e legenda publicadas com a matéria

Situação sanitária: perigo nos banhos de mar - A enchente colossal que a cidade sofreu colocou de sobreaviso as autoridades sanitárias. A mais grave decorrência das inundações verificou-se na rede de esgotos. Duas subestações do Serviço de Saneamento foram completamente arruinadas pela invasão das águas, o que veio impossibilitar o manejamento da rede.

Diante disto e como única solução, os detritos dos esgotos estão sendo lançados nos canais e conduzidos às praias. Por este motivo, a população deve precaver-se contra os banhos de mar, até a conclusão dos reparos das subestações da rede de esgotos. A estação central, localizada em São Vicente, chegou a ser inundada, mas, socorrida a tempo, não paralisou seus serviços.

Secretaria da Saúde - Na noite de domingo, o secretário da Saúde, sr. Moacir Cunha Fonseca, dirigiu-se para Santos, em companhia do dr. Vicente Zanito Mamona, superintendente do Departamento de Saúde do Estado, do sr. Paiva Meira, diretor do Serviço Social do Estado, e do dr. Benedicto Mendes dos Reis, do Departamento da Criação.

O sr. Moacir Cunha Fonseca, que vem respondendo pela secretaria da Saúde, entrou em contato com as autoridades sanitárias de Santos e baixou diversas determinações, visando eliminar as possibilidades de um surto epidêmico, possível de ser provocado pelo estado sanitário da cidade se tais providências não fossem imediatamente tomadas.

Limpeza da cidade - A pedido do prefeito Antonio Feliciano, o secretário da Saúde se encarregou da limpeza das ruas inundadas, especialmente da remoção dos detritos nos locais atingidos pelos desabamentos. Convocou, inclusive, o Serviço da Malária para proceder a um rigoroso combate às moscas em toda a cidade, acentuadamente nos terrenos baldios alagados, onde, por certo, deve haver inúmeros animais mortos pela enchente. Disse que, voltando a São Paulo, determinaria a vinda de uma equipe de médicos que, colaborando com seus colegas de Santos, deverão fazer uma completa inspeção do estado sanitário da cidade.

E, na mesma noite de domingo, o secretário da Saúde determinou a vacinação anti-tífica, convocando a população santista a colaborar com as autoridades, procurando os postos de vacinação que já estão sendo instalados na cidade.

Ao delegado Carlos Eugenio Bitencourt da Fonseca, o governador Jânio Quadros endereçou o seguinte telegrama:

"Autorizei o prefeito Feliciano a utilizar o prédio da imigração para abrigo dos deslocados, autorizando também o Corpo de Bombeiros a limpar e lavar as ruas da cidade. Todas as autoridades estaduais ficam subordinadas a V. S. na condição de delegado geral".

Recomendações à população - O secretário da Saúde determinou que fossem feitas diversas recomendações à população santista, divulgando amplamente comunicados no sentido de evitar o consumo de verduras cruas, a utilização de água sem ferver. Com a chuvarada pesada, processou-se uma considerável poluição das águas. É possível também que a rede distribuidora tenha sofrido avarias e facilitado a penetração de detritos, o que teria determinado maior contaminação. Por esse motivo, é recomendável que se ferva a água antes de utilizá-la na cozinha ou antes de bebe-la, mesmo a que vier a ser filtrada.

A Secretaria da Saúde convocou o Serviço de Malária para um amplo combate aos focos de mosquitos, em toda a cidade. Entretanto, lembra, também, a necessidade da população colaborar nesse combate às moscas, dedetizando suas residências.

O secretário da Viação - Passaram, ontem, o dia em Santos o secretário da Viação, dr. João Caetano Álvares Júnior, e o dr. Nilde Ribeiro dos Santos, diretor das Obras Sanitárias do Estado.

O secretário da Viação já estava a par da intenção do governador quanto à inspeção dos morros e à interdição em massa das áreas que vierem a ser condenadas. Em declaração feita à reportagem, o titular da secretaria da Viação disse que o Estado estava mobilizando todos os seus recursos para auxiliar o Município. Declarou, entretanto, que o problema da localização dos desabrigados, forçosamente, haveria de reclamar a intervenção do governo federal, uma vez que as proporções da tragédia santista atingiram os limites da calamidade pública.

Conselho de Assistência Social - Tem sido impressionante a eficiência do Conselho Municipal de Assistência Social, especialmente a dedicação dos que ali trabalham, como o vereador Alfredo das Neves, dona Alaíde Oliveira Rato, Lídia Santos, Vicente Araújo e Graciosa Olívia da Costa. Essa equipe, auxiliada por um corpo de voluntários, não tem medido sacrifícios e nem horário na execução do amplo serviço de socorro, assistência, alimentação, transporte e abrigo dos flagelados.

Desde ontem à noite o Conselho Municipal de Assistência Social passou a funcionar na Biblioteca Municipal.

Mais mil pessoas desabrigadas - Durante o domingo e o dia de ontem, o Conselho Municipal registrou mais mil pessoas desabrigadas, que, somadas ao número de flagelados de 1º de março, perfazem cerca de dois mil deslocados.

O Sesi e o SAPS continuam fornecendo a alimentação para todos. Os abrigos, as instituições, as associações, os grupos escolares que recebem os deslocados, estão quase todos superlotados.

São os seguintes os locais que estão recebendo e abrigando os flagelados dos morros santistas: Centro Espírita Ismênia de Jesus, Sociedade S. Vicente de Paulo, Casa Irmãos Bechara, Colégio Santista, Colégio Stella Maris, Colégio São José, Assistência ao Litoral de Anchieta, Cruzada das Senhoras Católicas, Paróquia da Pompéia, Grupo Escolar Olavo Bilac, Associação Beneficente Espírita, Albergue Noturno, Centro dos Estudantes, Juventude Operária Católica, Assembléia de Deus, Exército da Salvação, APIT para cegos, Federação Mariana Feminina.

O Estado construirá casas populares - O governador Jânio Quadros, assim que chegou ao seu gabinete na manhã de ontem, determinou a que o diretor do Serviço Social do Estado, sr. Paiva Meira, fosse a Santos ouvir o prefeito e as autoridades policiais a propósito da catástrofe que enlutou a cidade, ressaltando a conveniência de serem visitadas áreas flageladas, bem assim inteirar-se das necessidades das famílias atingidas pela tragédia, a fim de serem protegidas pelo Estado.

Determinou ainda o chefe do Executivo para que o Instituto de Pesquisas Tecnológicas proceda rigorosa vistoria nos morros de Santos, a fim de verificar o seu estado geológico e de segurança.

Para as famílias desabrigadas pelos desabamentos, o Estado construirá casas populares em locais seguros, em terrenos do Estado ou da municipalidade santista, visto que a verba de 1 milhão de cruzeiros determinada pelo governador, quando do primeiro desabamento, há cerca de um mês, não foi ainda totalmente utilizada.

Comissão da Câmara - O governador do Estado recebeu na tarde de ontem o presidente da Câmara Municipal de Santos e vários vereadores santistas que foram tratar, com o chefe do Executivo paulista, da construção de mil casas populares em Santos, destinadas às famílias flageladas e às que residem em barracões nos morros.

Na ocasião, ficou assentado que o governo de São Paulo, coadjuvado pelas autoridades municipais santistas, desenvolverá todos os esforços para conseguir também do governo federal verbas indispensáveis ao empreendimento, resolvendo assim um dos mais cruciantes problemas da vizinha cidade.

As casas populares deverão ser construídas em terrenos da municipalidade e também da propriedade do Estado, com verbas especiais, incluindo-se nesse plano as autoridades federais.


Dinamitadas as pedras do Morro da Caneleira - Após os dois desabamentos verificados domingo, no Morro da Caneleira, em frente à Fábrica de Adubos Bueno, na Avenida Nossa Senhora de Fátima, onde ficaram feridas 31 pessoas, tornou-se impossível qualquer escavação no local. A enorme quantidade de pedra e terra que ali caiu, obstruindo totalmente as vias de tráfego, num espaço de 300 metros, não pôde ainda ser removida em virtude do risco de ruírem duas enormes pedras ali existentes e que, agora, têm como base apenas o entulho ocasionado com os desabamentos de anteontem.

Assim, após estudar bem o terreno, os engenheiros que estão incumbidos do serviço no local resolveram autorizar o uso de dinamite, a fim de afastar o perigo iminente.

Na noite de ontem, por volta das 20,30 horas, foram dinamitadas as pedras e, hoje, segundo tudo faz crer, terão início os trabalhos de desobstrução da Avenida Nossa Senhora de Fátima.

Abrigadas 50 famílias no Grande Hotel Guarujá - A vizinha estância de Guarujá também sofreu as conseqüências do violento aguaceiro que se abateu sobre esta região, sábado e domingo. Houve mortos em Guarujá e dezenas de famílias ficaram desabrigadas.

Logo que teve notícia dos acontecimentos, o sr. Alberto Quatrini Bianchi tomou providências para o alojamento das famílias que ficaram desabrigadas. Cerca de 50 famílias foram instaladas nos salões do Grande Hotel Guarujá, de propriedade do sr. Alberto Bianchi. Foi feita, igualmente, uma coleta entre os hóspedes do hotel, sendo arrecadados 50 mil cruzeiros.

Não devem ser espalhadas notícias infundadas! - Acontecimentos como os que, presentemente, enlutam Santos, São Vicente e Guarujá, provocam naturalmente os mais variados e contraditórios comentários. Quase todas as pessoas que têm conhecimento deste ou daquele fato costumam passá-lo adiante, aumentando-o e acrescentando detalhes que fogem à realidade. A população está alarmada com o que já sucedeu e os seus nervos não devem ser ainda mais espicaçados com boatos e notícias alarmantes.

Muitas pessoas, sem maldade, espalham notícias sem fundamento, mas outras o fazem com perversidade. A população não deve dar crédito a esses desocupados e mal intencionados. Não têm o mínimo fundamento "profecias" sobre novos desastres. Todos devem colaborar para tranqüilizar o povo e facilitar a ação das autoridades, somente dando curso e acreditando nas notícias divulgadas pelas fontes de informação idôneas e em cujo critério o povo de Santos sabe que pode confiar. Os boateiros, os alarmistas e os mal intencionados devem, pois, cessar a sua nefasta e criminosa atividade, e o povo, se eles continuarem a estendê-la, deve apenas votá-los à sua indiferença.


OBSTRUÇÃO DO LEITO DA SOROCABANA - Com o desmoronamento parcial do morro do Voturuá, na parte fronteira à praia de Itararé, onde morreram cinco crianças,
o leito da E. F. Sorocabana ficou obstruído.
Os trens dessa ferrovia iniciaram e terminaram seu tráfego em S. Vicente
Foto e legenda publicadas com a matéria

Interditado um trecho da Nova Cintra - Na manhã de ontem, moradores das ligações 55, 212 e 292 do Morro da Nova Cintra foram à Central de Polícia para comunicar que um enorme bloco de terra, onde se localizam aquelas casas, apresentava grandes fendas. Ao local, em companhia de um engenheiro da Prefeitura, compareceu o delegado Bolivar Barbante, constatando a existência daquelas fendas e os riscos de desabamento.

Assim, aquela autoridade determinou a mudança imediata dos moradores daquelas casas e das imediações, enquanto mandava interditar, por policiais e bombeiros, as proximidades do local, para impedir que, num caso de desabamento, venham a se verificar vítimas.


Estão sendo restabelecidas as atividades do S.M.T.C. - O Serviço Municipal de Transportes Coletivos também foi duramente atingido pelos desastres de sábado e domingo. O desabamento de uma parte do Monte Serrate atingiu diversas dependências do SMTC, ocasionando prejuízos de monta. Uma das subestações da Vila Matias, em virtude da invasão da água e da lama, ficou paralisada, resultando daí uma diminuição sensível da força. Pátios e outros locais também foram tomados pela massa líquida.

Os bondes, em conseqüência da falta de força, ficaram paralisados desde os primeiros momentos da madrugada de domingo. Somente depois das 14 horas de ontem foi que alguns elétricos começaram a trafegar.

Segundo informações que nos foram prestadas pelo engenheiro Antônio Lotufo, superintendente do SMTC, 18 a 20 bondes já estavam circulando no fim da tarde de ontem. Espera o dr. Antônio Lotufo colocar em serviço, durante o dia de hoje, de 50 a 60 carros. Ainda assim não será normalizado o tráfego, mas teremos uma situação bem melhor do que a de domingo e ontem, ainda mais porque todos os reboques e gôndolas serão postos em serviço.

Todos os ônibus disponíveis circularam ontem, e voltarão a fazê-lo hoje. De acordo com as informações do superintendente do Serviço Municipal de Transportes Coletivos, trafegaram ontem 54 ônibus, seis a mais do que o número habitual. Durante o dia de hoje deverão estar quase normalizadas as atividades do S.M.T.C.


No clichê, uma fila de bondes, no início da Avenida Pinheiro Machado,
sem se poder movimentar, durante o dia de ontem
Foto e legenda publicadas com a matéria

Leva para a página seguinte da série