Retrospectiva histórica
Da Reportagem
Março de 1977 - O Coliseu corre o risco de se tornar uma loja de calçados, um
estacionamento e, na melhor das hipóteses, um shopping.
Agosto de 1982 - A comunidade se mobiliza para impedir a destruição do teatro,
já que os proprietários começaram a demolição.
Setembro de 1982
- Apesar de iniciado o processo de tombamento e do envio de notificação do Condephaat ao prefeito Paulo Gomes Barbosa, à Empresa Freixo
Cine-Teatral, à Polícia e ao Instituto Histórico e Geográfico, dando conta da iniciativa, o Coliseu é parcialmente destruído, com a demolição do
palco, camarins coxias e teto. A Prefeitura embarga a reforma.
Fevereiro de 1983 - Condephaat decide-se pela desapropriação. Entretanto,
Carlos Augusto Corte Real, advogado da empresa, diz que a desapropriação não pode ser tomada como um fato definitivo. "Desapropriação só tem início
efetivo a partir de um decreto declarando-se de utilidade pública o imóvel a ser desapropriado".
Agosto de 1989 - A prefeita Telma de Souza e Luiz Fernando Freixo se reúnem,
para viabilizar a desapropriação do prédio.
Setembro de 1992 - O Coliseu é declarado de Utilidade Pública pelo Decreto nº.
1.734, assinado por Telma de Souza.
Fevereiro de 1993 - No dia 1º., acontece a cerimônia de desapropriação, pelo
prefeito David Capistrano. A Freixo Cine-Teatral receberia um total de Cr$ 25 bilhões 500 milhões, pagos em 60 parcelas.
Março de 1994 - Tem início a restauração do Coliseu, com trabalhos de decapagem,
que revelam as belezas originais do teatro.
Outubro de 1994 - Equipe da Prefeitura prepara novo projeto de restauração do
Coliseu.
Dezembro de 1994 - Evento Noite dos Desesperados busca lembrar o antigo brilho
do teatro. O novo projeto é apresentado aos santistas.
Dezembro de 1995 - A Empresa Akyo, de Salvador, vence licitação para executar o
projeto de recuperação e restauração do Coliseu.
Agosto de 1996 - Exatamente no dia 15, a Akyo inicia os serviços no prédio,
calculando que a primeira parte das obras — impermeabilização do terraço, recuperação da cobertura e estabilização da estrutura do palco — seria
concluída em dezembro.
Maio de 1997 - O governador do Estado, Mário Covas, anuncia liberação de R$ 1
milhão para o Coliseu, através do Dade.
Agosto de 1997 - Estado atrasa verba e impede continuação dos serviços no
Coliseu. Ocorre a primeira paralisação.
Dezembro de 1997 - As obras, retomadas, seguem em ritmo lento.
Julho de 1998 - Banco Real doa R$ 1 milhão para as obras do Coliseu, dinheiro esse pago
em dez prestações.
Outubro de 1998 - O governador do Estado, Mário Covas, através do Dade, libera
mais R$ 500 mil.
Novembro de 1998 - Secretaria de Cultura, através do secretário José Gondim,
começa a reunir documentação para obter os benefícios da Lei Rouanet.
Setembro de 1999 - Prefeitura anuncia a entrega o Coliseu até maio de 2000.
Fevereiro de 2000 - Começa a ser recuperada a pintura artística do imóvel.
Julho de 2000 - Antônio Carlos Silva Gonçalves, secretário de Desenvolvimento
Urbano e Ambiental, diz que a primeira etapa das obras do Coliseu poderia estar concluída até outubro, se o Governo Estadual liberasse verba de R$ 2
milhões.
Novembro de 2001 - As obras são novamente paralisadas, e as portas do Teatro
Coliseu fechadas, por falta de segurança.
Dezembro de 2001 - O governador do Estado, Geraldo Alckmin, anuncia mais R$ 2
milhões, mas acaba destinando R$ 4 milhões para o término das reformas.
Abril de 2002 - Operários da empreiteira Akyo reclamam de falhas no pagamento
de seus salários.
Junho de 2002 - Liberados os R$ 4 milhões prometidos pelo governador.
Agosto de 2002 - Prefeitura anuncia a inauguração para o dia 26 de janeiro de
2003, durante as comemorações do aniversário da Cidade.
Setembro de 2002 - Restauradores da pintura artística paralisam trabalhos por
falta de pagamento pela Akyo.
Outubro de 2002 - Restauradores abandonam o trabalho.
Novembro de 2002 - Secretaria de Obras garante que não há atraso nas obras e
que a data de inauguração está confirmada. Nova artista plástica é contratada pela Akyo.
Junho de 2003 - O secretário de Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico
e Turismo, João Carlos Souza Meirelles, visita o Coliseu e anuncia a liberação de R$ 3,783 milhões.
Setembro de 2003 - Governo do Estado, por meio do Departamento de Apoio e
Desenvolvimento das Estâncias (Dade) deposita R$ 3.783 milhões no Tesouro da Prefeitura.
Dezembro de 2003 - Governador Geraldo Alckmin anuncia, durante visita à Cidade,
liberação de última parcela, no valor de R$ 4 milhões.
Abril de 2004 - O Governo do Estado e a Prefeitura de Santos assinam convênio
que formaliza a liberação dos R$ 4 milhões prometidos.
Junho de 2004 - Chega a primeira metade dos R$ 4 milhões do Dade. Prefeitura
prevê entrega do teatro na 2ª quinzena de setembro.
Outubro de 2004 - Prefeitura estipula novo prazo para o fim das obras de
recuperação do teatro: 1ª quinzena de novembro. Documentação é enviada ao Dade para apreciação e aprovação dos últimos R$ 2 milhões.
Março de 2005 - A liberação dos últimos R$ 2 milhões é aprovada, mas as obras
do imóvel são interrompidas porque a Construtora Akyo Ltda., responsável pela reforma e restauração do prédio, pede mais verba para concluir os
serviços. O prefeito João Paulo Tavares Papa ameaça romper contrato com a construtora.
Abril de 2005 - É assinado um acordo entre a Prefeitura de Santos e a Akyo
Construtora e os serviços são reiniciados. O prefeito visita o local e reafirma que o prédio será entregue até o dia 30 de setembro, com inauguração
prevista para outubro.
Novembro de 2005 - O secretário de Obras e Serviços Públicos, Antônio Carlos
Silva Gonçalves faz reunião com os representantes da Akyo, empresa responsável pela obra de restauração e fica constatado que o organograma está
sendo seguido à risca. O teatro seria entregue no dia do aniversário da Cidade, em 26 de janeiro de 2006.
Dezembro de 2005 - O prefeito João Paulo Tavares Papa confirma a inauguração do
Coliseu na festa de aniversário da Cidade.
Janeiro de 2006 - Após quase 10 anos de reformas, o Teatro Coliseu é entregue à
população, que é antecipada para o dia 26 para adequar-se à agenda do governador. |