Realizada anteontem a bênção solene dos sete sinos da Catedral de Santos

O ato, oficiado por d. Idílio José Soares, bispo diocesano, contou com a presença de elevado número de fiéis - Os padrinhos

Com toda a pompa da Liturgia Católica, teve lugar, anteontem, pela manhã, a solenidade da bênção dos sete novos sinos da Catedral.

Oficiou a cerimônia, que contou com a presença de autoridades civis, militares e eclesiásticas, d. Idílio Soares, bispo diocesano, coadjuvado pelo padre Alfredo Pereira Sampaio, cura da Catedral; monsenhor Benedito Vicente dos Santos, diretor do Seminário e outros sacerdotes de nossa cidade.

A cerimônia - A solenidade, que teve início às 9 horas, foi presidida pelo sr. bispo diocesano, processando-se os atos consagrados ao culto divino, abrangendo os seguintes ritos: recitação dos sete salmos penitenciais, bênção da água com a qual cada sino foi lavado interna e externamente, unção com o óleo dos enfermos e o Crisma, além da incensação com timiama, incenso e mirra e o canto do Evangelho, que relata a visita de Jesus à casa de Maria e de Marta.

Os padrinhos - Foram padrinhos dos sinos e das estátuas de São Pedro e São Paulo o sr. Guilherme Guinle; sr. e sra. Rubens Ferreira Martins, sr. e sra. Gustavo da Costa Ferreira da Silva Júnior; sr. e sra. Rodolfo Orsi; sr. e sra. Valdemar Nogueira Ortiz; sr. e sra. Odair Raposo Medeiros; sr. e sra. dr. José Aflalo Filho e sr. e sra. Sílvio Alves de Lima.

Os sinos e seus patronos - O maior dos sete sinos pesa 1.620 quilos e tem um diâmetro de boca de 1,42 m, está tonalizado em Ré grave, tendo como patrono o Coração Eucarístico de Jesus; o segundo, em tom de Fá, pesa 970 quilos e tem um diâmetro de 1,19 m e foi dedicado a Nossa Senhora do Rosário, padroeira da Diocese e da Catedral de nossa cidade; o terceiro, em tom de Lá, pesa 480 quilos e tem um diâmetro de 0,49 m e foi dedicado a São José; o quarto sino, em tom de Si, pesa 340 quilos e tem um diâmetro de 0,85 m, sendo dedicado ao Anjo da Guarda da Diocese; o quinto sino, em tom de Dó, pesa 280 quilos e tem um diâmetro de 0,71 m, tendo sido dedicado a Santo Eugênio Papa, em homenagem ao Papa Pio XII; o sexto sino, em tom de Ré, pesa 200 quilos e tem o diâmetro de 0,71 m e foi dedicado a São Geraldo, para lembrar o nome do padre Geraldo Borowski, que conseguiu levantar a quantia para a aquisição dos sinos; o sétimo sino, em tom de Mi, pesa 145 quilos e tem um diâmetro de 0,63 m e foi dedicado a São João Evangelista, em homenagem ao major José Evangelista de Almeida, que há quarenta anos é tesoureiro das Comissões das Obras da Catedral.

Discurso de d. Idílio Soares - Terminadas as cerimônias do ritual, d. Idílio José Soares fez uso da palavra. Disse o bispo de Santos da satisfação que sentia no momento, passando a falar do significado da cerimônia, dizendo da tradição dos sinos e relembrando o uso das trombetas, no tempo de Moisés, a fim de chamar os fiéis à prática da doutrina de Jesus Cristo.

Redobram os sinos - Terminada a oração do bispo diocesano, s. revma. procedeu à bênção dos sinos, acompanhada de oração, tendo cada padrinho inaugurado os sinos, fazendo-os ressoar.

Terminada a solenidade, d. Idílio José Soares, acompanhado de seus acólitos, penetrou na Catedral, fazendo-se ouvir, então, todos os sinos em conjunto por mais de 30 minutos.

Pessoas presentes - Além dos padrinhos, estiveram presentes o sr. Sócrates Aranha de Menezes, prefeito municipal; dr. Ademar de Figueiredo Lira, juiz de direito e diretor do Fórum; dr. Mário Alcântara, presidente da Câmara Municipal de Santos; dr. Antônio Freire, inspetor geral da Cia. Docas; capitão José Limonge, pelo Corpo de Bombeiros; 2º tenente Antônio Pereira da Silva, representando a Guarnição Militar de Santos, São Vicente e Guarujá; aspirante Luiz Cirilo Ferreira, representando o comando do 6º B.C. da Força Pública, vereadores, clero regular e secular, alunos do Seminário e elevado número de fiéis.

Aspecto da solenidade de bênção dos novos sinos da Catedral, vendo-se d. Idílio José Soares, quando, paramentado, se dirigia para oficiar a cerimônia, e, à direita, o bispo diocesano, quando proferia a oração de bênção de um dos sinos

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