Diocese - seus templos, seus bispos, e suas obras

Pela bula "Ubi Paesiles", de 4 de julho de 1924, Pio XI criou a Diocese de Santos, que abrange também os seguintes municípios: São Vicente, Cubatão, Guarujá, Praia Grande, Apiaí, Barra do Turvo, Cananéia, Eldorado, Iguape, Ilhabela, Itariri, Iporanga, Jacupiranga, Juquiá, Miracatu, Mongaguá, Pariquera-Açu, Pedro de Toledo, Peruíbe, Registro, Ribeira, São Sebastião e Sete Barras.

Em toda a jurisdição, a Diocese de Santos alcança 18.910 quilômetros quadrados, sendo de 611.680 habitantes o conjunto populacional, segundo o Censo Escolar de 1964.

Em 1961-62, a Diocese era integrada por 53 sacerdotes do clero secular e 38 do clero regular, bem assim por 15 maristas e 311 religiosos, localizando-se em Santos a maioria do pessoal religioso.

Instalada a 12 de abril de 1925, pelo cônego Péricles Gomes Barbosa, por autorização de dom Duarte Leopoldo e Silva, arcebispo de São Paulo, foi primeiro bispo dom José Maria Parreira Lara, que governou espiritualmente o povo santista de 18 de abril de 1925 a 2 de dezembro de 1934, quando foi transferido para Caratinga.

Durante a sede vacante, foi ela exercida por monsenhor Luiz Gonzaga Rizo, que exerceu o cargo até 5 de abril de 1935. A 5 de junho de 1935, a Santa Sé escolheu bispo de Santos dom Paulo de Tarso Campos, que, sagrando-se a 14 de julho de 193, assumiu o governo diocesano a 15 de agosto de 1935, deixando-o a 17 de dezembro de 1941, quando se transferiu para Campinas, onde ainda é bispo diocesano (N.E.: em 1969).

O terceiro bispo de Santos foi dom Idílio José Soares, que permaneceu durante 24 anos à frente do governo diocesano, ou seja, de 9142 a 196. Em 1963, dom David Picão veio para Santos, como bispo coadjutor, com direito à sucessão. Dom David Picão assumiu a Diocese em 13 de dezembro de 1966, em cujo posto ainda permanece, cercado da admiração, respeito e confiança do povo católico de Santos.

Foi primeiro vigário-geral da Diocese o padre r. Genésio Nogueira Lopes e 1º secretário o cônego Angelo Rezende.

Templos - Há em Santos 11 paróquias, a mais antiga das quais, a Catedral, foi criada em 1545, desmembrada talvez da paróquia de São Vicente, sendo seu primeiro vigário o padre Simão de Lucena. Além da Catedral, que é o primeiro templo da Diocese, há as seguintes paróquias: Santo Antônio do Valongo, Santo Antônio do Embaré, Nossa Senhora da Pompéia, N. S. Aparecida, São José, São Judas Tadeu, N. S. do Carmo (P. Praia), N. S. de Fátima, Senhor dos Passos, Jesus Crucificado e Coração de Maria. Igrejas: Carmo, Rosário, Santa Cruz, São Benedito, Santuário de São Vicente de Paulo, Santuário de Nossa Senhora do Monte Serrate, Igreja de Nova Cintra, Mosteiro de São Bento e Sta. Margarida de Alacoque.

Com a explosão do Gasômetro, ocorrida em janeiro de 1967, o Santuário do Sagrado Coração de Jesus sofreu abalo em seus alicerces, o que determinou a sua demolição em 1968, desaparecendo, pois, um dos mais populares templos da Cidade, centro de devoção de grande parte da população católica.

Capelas públicas e semi-públicas - Santa Terezinha, Nossa Senhora dos Navegantes, Carmelo São José, Nossa Senhora de Assunção, Casa Pia, Colégio Coração de Maria, Colégio Stella Maris, Colégio São José, Educandário Bom Pastor, Casa da Criança, Cruzada das Senhoras Católicas, Capela da Sociedade Portuguesa de Beneficência, Capela do Cemitério da Filosofia, Capela do Cemitério de Areia Branca, Associação Prato de Sopa Monsenhor Moreira, Assistência ao Litoral de Anchieta, Instituto de Educação D. Escolástica Rosa, Casa do Coração Eucarístico do Senhor e Casa de Nossa Senhora.

No bairro do José Menino, no final da Rua Santa Catarina, localiza-se a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, onde havia missas aos domingos e dias santos às 17 horas, inexplicavelmente suspensas.

Obras de Assistência Social - São considerados órgãos diocesanos o Departamento do Ensino Religioso, Federação das Congregações Marianas, Federação Mariana Feminina e Obras das Vocações Sacerdotais.

Como obras de assistência social: Assistência ao Litoral de Anchieta (ALA), Assistência Social, Associação Casa da Criança, Círculo Operário do Embaré, Creche do Menino Jesus, Cruzada das Senhoras Católicas, Ambulatório Pró-Mater Nina Faria, Educandário Bom Pastor, Escola Profissional Maia Imaculada, Instituto São Wladimir e Irmandade de São Benedito.

Assistência familiar - Arquiconfraria das Mães Cristãs, Assistência Social Coração de Maria, Assistência Social do Palácio Episcopal, Associação das Ex-Alunas do Colégio São José, Associação Mantenedora de Assistência e Educação, Associação e Oficina de Caridade Sant Rita de Cássia, Associação Prato de Sopa MOnsenhor Moreira, Centro Social Claretiano, Círculo Operário de Santos, Juventude Operária de Santos, Liga Beneficente N. S. da Divina Providência, Pia União de Santo Antônio, Roupeiro N. S. do Carmo, Roupeiro N. S. de Fátima, Roupeiro Sta. Isabel e Serviço Social do Colégio Santista.

Assistência geral - Soc. Amigos dos Pobres, Ass. Santo Antônio, Sociedade de São Vicente de Paulo, Conferência Santo Ivo, Conferência Santa Edwiges, União Ancila Domini, União Social Camiliana, Ambulatório Nina Faria (Cruzada das Senhoras Católicas), Ambulatório da União Social Camiliana, Santa casa da Misericórdia (assistência Espiritual), Assistência à Infância de Santos (Gota de Leite), Assistência São Francisco de Sales, Roupeiro N. S. Medianeira.

Pensionatos - Casa do Coração Eucarístico, Casa Pia São Vicente de Paulo, Pensionato N. S. da Assunção e Pensionato Maria Imaculada.

Obras educacionais - Casa de Nossa Senhora, Colégio do Carmo, Colégio Coração de Maria, Colégio Stella Maris, Escola de Corte e Costura N.S. Aparecida, Escola de Enfermagem de Santos, Escola da Federação Mariana Feminina, Escola Madre Bárbara, Escola Noturna Santo Inácio, Externato Casa Pia S. Vicente de Paulo, Externato Sta. Marcelina, Externato Sta. Tereza, Faculdade Católica de Direito, Faculdade de Ciências Econômicas de Santos, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras e Ginásio de Aplicação d. Idílio José Soares.

- A relação dos órgãos assistenciais, educacionais e familiares foi transcrita do Pequeno Guia da Diocese de Santos, edição de 1965-1966.

Igreja e convento de Santo António do Valongo

Foto: José Dias Herrera, publicada no mesmo Almanaque