Imagem: capas última e primeira do livrete
Saturnino de Brito
Na Fazenda Velha, freguesia de São Gonçalo, no município de Campos, Estado do Rio de
Janeiro, nascia, em 14 de julho de 1864, Francisco Saturnino Rodrigues de Brito.
Em março de 1881 matriculou-se na Escola Politécnica do Rio de Janeiro e, em 6 de
abril de 1886, recebeu a carta de engenheiro civil. No ano seguinte iniciou sua carreira pela antiga Estrada de Ferro Leopoldina, em Minas Gerais, e
posteriormente no Ceará, Bahia, Sergipe, Pernambuco e Rio Grande do Sul, tendo em 1893 ingressado na área municipal.
Por ser adepto da filosofia positivista das teses republicanas, interrompeu sua
carreira profissional, quando se alistou no Batalhão Benjamin Constant, para combater em defesa da República, no período em que concluía o
levantamento da cidade de Piracicaba, no estado de São Paulo.
Com uma história profissional voltada para a melhoria das condições de vida da
sociedade brasileira, atuou a partir de 1894 de forma destacada na Comissão Construtora de Belo Horizonte, como chefe dos estudos de melhoramentos
de Vitória/Espírito Santo e da Comissão de Saneamento do Estado de São Paulo, organizando projetos para as cidades de Santos, Campinas, Ribeirão
Preto, Limeira, Sorocaba e Amparo. No Estado do Rio de Janeiro atuou em Petrópolis, Paraíba do Sul, Itacoatiara e Campos. Realizou trabalhos de
saneamento básico em Recife, Belém, Paraíba, Paraná e Rio Grande do Sul.
Em 1903, o Governo do Estado de São Paulo organizou a Comissão de Saneamento de
Santos, dirigida até 1905 pelo engenheiro José Pereira Rebouças, e posteriormente assumida pelo engenheiro Francisco
Saturnino Rodrigues de Brito (1905), que realizou minucioso e pormenorizado estudo das condições peculiares da cidade e elaborou um projeto para
solucionar os problemas de drenagem e coleta de esgotos; obra inédita na engenharia sanitária brasileira, obteve repercussão internacional, sendo
Saturnino de Brito, por isso, proclamado "Patrono da Engenharia Sanitária do País".
Excelente estimulador do trabalho nacional, que tanto valorizou, emancipou a
engenharia sanitária brasileira. Seu ideal era sanear todos os centros populacionais do Brasil, grandes ou pequenos. Sobre isso declarou: "Sem
boas condições de higiene é impossível o progresso desses centros".
Faleceu em Pelotas, em 10 de março de 1929, quando inspecionava os serviços de
construção de uma nova rede de águas e esgotos. Deixou vasta obra, compilada em 23 volumes, e seus processos técnicos de saneamento foram adotados
na França, Inglaterra e Estados Unidos.
Saturnino de Brito
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