Imagem: capas última e primeira do livrete
Modernidade e Tradição
O projeto de Saturnino de Brito suportou bem o progresso da Baixada até haver a explosão
turística verificada no litoral a partir dos anos 50. Com o aumento vertiginoso da população, o sistema teve que ser ampliado, o que aconteceu na
década de 70, com a Sabesp.
Foi, então, implantado na Ilha de São Vicente um sistema interligado para atender os
municípios de Santos e São Vicente, que compreende um interceptor oceânico com 5 km de extensão, redes coletoras de esgotos, estações elevatórias,
ligações domiciliares, emissários de recalque, estação de pré-condicionamento de esgotos (EPC), e um emissário submarino,
que lança os esgotos a 4 km de extensão, no ponto de convergência das correntes marítimas, exatamente para favorecer a dispersão dos esgotos em alto
mar.
Com esse sistema, as condições de saneamento de Santos melhoraram muito, mas a Sabesp
não parou: foi, paulatinamente, ampliando e interligando novas redes coletoras de esgotos, conduzindo-os ao emissário submarino.
Tracionamento do Emissário Submarino
Foto publicada no livrete
Interceptor Oceânico - A obra do Interceptor Oceânico foi iniciada em 1969 e
concluída em 1976. Porém, entrou em funcionamento apenas em 1979, quando foram concluídas as estações elevatórias. O Interceptor assemelha-se a um
túnel e localiza-se ao longo da orla da praia de Santos. Do canal 6 ao canal 3 ele mede 2 x 2 metros, e do canal 3 até chegar à Estação de
Pré-Condicionamento de Esgotos, no bairro do José Menino, 3 x 2,7 metros de altura e está enterrado na areia a uma profundidade que varia de 2 a 4
metros. Sua função é transportar os esgotos para a Estação de Pré-Condicionamento de Esgotos (EPC).
Estação de Pré-Condicionamento de Esgotos - A EPC tem por finalidade remover o
material sólido e o material flutuante, normalmente existente no esgoto. Depois desta remoção, ainda recebe uma certa quantidade de cloro para
elimninar bactérias. É composta por quatro unidades:Gradeamento grosseiro e
fino, para remoção de sólidos grosseiros e finos, respectivamente;Caixas de
areia, para remoção de areia;Cloração, para desinfecção de esgoto.
O tratamento dos esgotos dá-se através de um conjunto de 10 peneiras rotativas, onde é
insuflado ar por intermédio de compressores. A capacidade de tratamento é de 3.500 litros por segundo.
Emissário Submarino - O Emissário Submarino de Santos mede 4 km de extensão,
com diâmetro interno de 1,75 m. Tem início na praia do José Menino, ao lado da Ilha Urubuqueçaba, e penetra mar afora cerca
de 4.000 metros na direção Norte-Sul. Sua função é conduzir os esgotos a um ponto escolhido na baía de Santos, nas proximidades da ponta do Itaipu.
Logomarca do Projeto Sanba
Imagem publicada no livrete
Quando dois projetos se reúnem
A Sabesp, quando ampliou o projeto do engenheiro Saturnino de Brito, a partir de 1970,
deu um passo decisivo para a contínua melhoria do saneamento de toda a região e das condições de vida de seus habitantes. Além do que, o sistema de
esgoto da Ilha de São Vicente ficou desafogado e as praias iniciaram a recuperação do padrão de balneabilidade. Com isso, podemos dizer que a Ilha
de São Vicente, mais especificamente o município de Santos, é hoje, entre os municípios de grandes proporções, um dos mais bem saneados do Brasil.
A esse projeto de ampliação, vai se seguir outro, a começar em 2006:
Programa de Recuperação Ambiental da Baixada Santista - Atualmente, a Baixada
Santista é atendida 100% com água potável e, após investimentos maciços, a partir de 1994 - cerca de R$ 670 milhões -, atingiu um índice médio de
56% de coleta de esgotos e 100% de tratamento dos esgotos coletados.
E, com a implantação do Programa de Recuperação Ambiental da Baixada Santista - o
Projeto Saneamento da Baixada (Sanba), do Governo do Estado de São Paulo, que, por intermédio da Sabesp, investirá em cinco anos, a partir de 2006,
cerca de R$ 1 bilhão na região -, cada uma das cidades da Baixada terá em média 95% de coleta de esgotos.
Nesta empreitada, o Governo do Estado de São Paulo e a Sabesp contam com o apoio do
Governo Japonês, presente neste projeto desde sua elaboração. A parceria entre os governos brasileiro e japonês foi fundamental para a obtenção do
financiamento junto ao banco japonês Japan Bank for International Cooperation (JBIC). O contrato de financiamento foi assinado em agosto de 2004.
Estação de Tratamento de Água de Pilões
Foto publicada no livrete
Também a Estação de Tratamento de Água de Pilões, a
mais antiga do Sistema de Abastecimento da Baixada, situada no município de Cubatão, é seguramente um
equipamento importante no conjunto arquitetônico do saneamento básico da região. O rio Pilões está historicamente ligado ao desenvolvimento de
Cubatão, do porto e da cidade de Santos. Em 1887, a The City of Santos Improvements Co. implantou o sistema de abastecimento dessas cidades por meio
da captação nos córregos mais limpos em Pilões. Em 1936, completou-se a Estação Convencional de Pilões, que funciona até hoje. |