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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - Água & esgoto
O caminho das águas... e dos esgotos (3-C)

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Em outubro de 2005, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) distribuiu em Santos um livrete de 16 páginas em papel reciclado, comemorativo do centenário do primeiro canal de drenagem desta cidade, que continua sendo reproduzido a seguir:
 


Imagem: capas última e primeira do livrete


Modernidade e Tradição

O projeto de Saturnino de Brito suportou bem o progresso da Baixada até haver a explosão turística verificada no litoral a partir dos anos 50. Com o aumento vertiginoso da população, o sistema teve que ser ampliado, o que aconteceu na década de 70, com a Sabesp.

Foi, então, implantado na Ilha de São Vicente um sistema interligado para atender os municípios de Santos e São Vicente, que compreende um interceptor oceânico com 5 km de extensão, redes coletoras de esgotos, estações elevatórias, ligações domiciliares, emissários de recalque, estação de pré-condicionamento de esgotos (EPC), e um emissário submarino, que lança os esgotos a 4 km de extensão, no ponto de convergência das correntes marítimas, exatamente para favorecer a dispersão dos esgotos em alto mar.

Com esse sistema, as condições de saneamento de Santos melhoraram muito, mas a Sabesp não parou: foi, paulatinamente, ampliando e interligando novas redes coletoras de esgotos, conduzindo-os ao emissário submarino.


Tracionamento do Emissário Submarino
Foto publicada no livrete

Interceptor Oceânico - A obra do Interceptor Oceânico foi iniciada em 1969 e concluída em 1976. Porém, entrou em funcionamento apenas em 1979, quando foram concluídas as estações elevatórias. O Interceptor assemelha-se a um túnel e localiza-se ao longo da orla da praia de Santos. Do canal 6 ao canal 3 ele mede 2 x 2 metros, e do canal 3 até chegar à Estação de Pré-Condicionamento de Esgotos, no bairro do José Menino, 3 x 2,7 metros de altura e está enterrado na areia a uma profundidade que varia de 2 a 4 metros. Sua função é transportar os esgotos para a Estação de Pré-Condicionamento de Esgotos (EPC).

Estação de Pré-Condicionamento de Esgotos - A EPC tem por finalidade remover o material sólido e o material flutuante, normalmente existente no esgoto. Depois desta remoção, ainda recebe uma certa quantidade de cloro para elimninar bactérias. É composta por quatro unidades:Gradeamento grosseiro e fino, para remoção de sólidos grosseiros e finos, respectivamente;Caixas de areia, para remoção de areia;Cloração, para desinfecção de esgoto.

O tratamento dos esgotos dá-se através de um conjunto de 10 peneiras rotativas, onde é insuflado ar por intermédio de compressores. A capacidade de tratamento é de 3.500 litros por segundo.

Emissário Submarino - O Emissário Submarino de Santos mede 4 km de extensão, com diâmetro interno de 1,75 m. Tem início na praia do José Menino, ao lado da Ilha Urubuqueçaba, e penetra mar afora cerca de 4.000 metros na direção Norte-Sul. Sua função é conduzir os esgotos a um ponto escolhido na baía de Santos, nas proximidades da ponta do Itaipu.


Logomarca do Projeto Sanba
Imagem publicada no livrete

Quando dois projetos se reúnem

A Sabesp, quando ampliou o projeto do engenheiro Saturnino de Brito, a partir de 1970, deu um passo decisivo para a contínua melhoria do saneamento de toda a região e das condições de vida de seus habitantes. Além do que, o sistema de esgoto da Ilha de São Vicente ficou desafogado e as praias iniciaram a recuperação do padrão de balneabilidade. Com isso, podemos dizer que a Ilha de São Vicente, mais especificamente o município de Santos, é hoje, entre os municípios de grandes proporções, um dos mais bem saneados do Brasil.

A esse projeto de ampliação, vai se seguir outro, a começar em 2006:

Programa de Recuperação Ambiental da Baixada Santista - Atualmente, a Baixada Santista é atendida 100% com água potável e, após investimentos maciços, a partir de 1994 - cerca de R$ 670 milhões -, atingiu um índice médio de 56% de coleta de esgotos e 100% de tratamento dos esgotos coletados.

E, com a implantação do Programa de Recuperação Ambiental da Baixada Santista - o Projeto Saneamento da Baixada (Sanba), do Governo do Estado de São Paulo, que, por intermédio da Sabesp, investirá em cinco anos, a partir de 2006, cerca de R$ 1 bilhão na região -, cada uma das cidades da Baixada terá em média 95% de coleta de esgotos.

Nesta empreitada, o Governo do Estado de São Paulo e a Sabesp contam com o apoio do Governo Japonês, presente neste projeto desde sua elaboração. A parceria entre os governos brasileiro e japonês foi fundamental para a obtenção do financiamento junto ao banco japonês Japan Bank for International Cooperation (JBIC). O contrato de financiamento foi assinado em agosto de 2004.


Estação de Tratamento de Água de Pilões
Foto publicada no livrete

Também a Estação de Tratamento de Água de Pilões, a mais antiga do Sistema de Abastecimento da Baixada, situada no município de Cubatão, é seguramente um equipamento importante no conjunto arquitetônico do saneamento básico da região. O rio Pilões está historicamente ligado ao desenvolvimento de Cubatão, do porto e da cidade de Santos. Em 1887, a The City of Santos Improvements Co. implantou o sistema de abastecimento dessas cidades por meio da captação nos córregos mais limpos em Pilões. Em 1936, completou-se a Estação Convencional de Pilões, que funciona até hoje.

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