Atualize-se: Santos tem 4 novos bairros

Mudanças nas leis de Uso e Ocupação do Solo incluem os núcleos Chinês, Ilhéu Alto, Piaçaguera e Bagres no mapa da Cidade

Da Redação

Quatro novos bairros passaram a constar em Santos após a atualização das leis de Uso e Ocupação do Solo. Agora, a Cidade tem 69 bairros, incluindo alguns que não são habitados e as regiões do porto. As mudanças nos códigos que detalham as atividades em cada setor da Cidade também consolidaram sete núcleos definidos, anteriormente, por leis complementares.

Na parte insular, foram incluídos os bairros Chinês (área central) e Ilhéu Alto (Zona Noroeste). Dois núcleos também passam a constar na lista de bairros da Área Continental: Piaçaguera e Bagres.

De acordo com o secretário municipal de Planejamento, Bechara Abdalla Pestana Neves, as quatro denominações de bairros santistas partiram de iniciativa popular. "São sugestões da própria comunidade, que foram acolhidas pela Câmara Municipal", frisa.

Das novas nomenclaturas, a da Zona Noroeste é a que realizou maiores alterações no zoneamento municipal. Cerca de 2 mil pessoas que antes constavam ter moradia no Bom Retiro, agora passam a residir no bairro Ilhéu Alto.

O novo núcleo santista começou a ser formado há pouco mais de 20 anos. Em 1990, cerca de 300 pessoas invadiram uma área particular de 149 mil metros quadrados no topo do Morro do Ilhéu.

O movimento tinha por objetivo reivindicar áreas para moradias populares. A ação funcionou e oito anos depois a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) inaugurava os primeiros dos 504 apartamentos do local.

"A definição do bairro era aguardada pela população, que já o denominava assim", explicava Pestana Neves.

Não mudar – As novas diretrizes ainda consolidaram bairros como Vila Haddad (Zona Noroeste) e dividiram o porto em cinco áreas. Estas nomenclaturas foram definidas depois da última revisão do Plano Diretor, realizado em 1998.

"Naquela alteração, foi incluído o bairro Pompéia", cita o titular da pasta. "E a mudança também se deu por iniciativa dos moradores", completa.

No entanto, enfatiza o secretário municipal, a tendência é não alterar a nomenclatura dos núcleos. "Mudar o nome do bairro implica em complicações burocráticas, alterações em cartório", relata.

Pestana Neves cita exemplos de propostas de alterações que não saíram do papel. "Houve a tentativa de mudar o nome do bairro Encruzilhada. Mas os moradores estavam divididos. Como não houve consenso, foi mantido o nome atual", destaca.

No caso da Vila Rica e do Orquidário, exemplos de nomes atribuídos a locais por força da especulação imobiliária, o titular da pasta explica que não há pedido para formalização. "Se houver (o pedido), será analisado e amplamente debatido com a comunidade", sintetiza.

Imagem publicada com a matéria

Charge de Padron, publicada na página A-4 da edição de 19 de julho de 2011 de A Tribuna

(N.E.: GPS: sigla inglesa para Sistema de Posicionamento Global, por satélite)