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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - BANANAS
Cidade das bananas (3)

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Banana é um produto que tem muito a ver com Santos: por seu porto foi escoada parcela importante da produção nacional dessa fruta, e a cidade já abrigou uma indústria bastante conhecida (A Leoneza), além da comercialização local das bananas in natura produzidas em toda a região próxima. O auge do "ciclo da banana" foi na metade do século XX, ocorrendo significativo declínio desde então, tanto na industrialização como na exportação.

Esse declínio já era sentido na década de 60, como registra esta matéria publicada no Almanaque de Santos - 1969, redigido pelo falecido jornalista e pesquisador Olao Rodrigues, e editado por Roteiros Turísticos de Santos, de P. Bandeira Jr., em Santos/SP:


BRASIL - Plantação de bananas
Imagem: cartão postal no acervo do professor e pesquisador santista Francisco Carballa

Banana pra dar e vender...

A banana ainda é a primeira fruta nacional de maior índice de exportação, quer dizer, quantitativamente, pois em valor comercial é superada pela laranja, também escoada pelo porto de Santos, em sua maioria.

Sendo o grande celeiro de exportação da "musa paradisiaca", Santos não o é, porém, em produção, que em 1965 atingiu a 580.790 cachos, inferior à de 1964 (592.144 cachos), mas superior á de 1963 (566.166), situado-se em 650 mil cachos, em números redondos, por estimativa, a produção havida em 1967 no Município, para fins de exportação. Os principais municípios exportadores da fruta, em toda a faixa litorânea paulista, são Itanhaém, Itariri, Juquiá, Guarujá e Miracatu.

A Argentina ainda é o país que detém a hegemonia da importação do produto, como mercado tradicional e sustentáculo, por assim dizer, da economia bananeira, seguindo-se o Uruguai, que recebe a fruta pela rodovia.

Segundo o Posto de Fiscalização e Classificação de Frutas que é órgão da Secretaria da Agricultura, o movimento de exportação da banana em 1967 ascendeu a 8.087.648 volumes, inferior aos anos de 1966 e 1965, ou discriminadamente:

 

Argentina

Uruguai

Cachos

4.736.491

606.192

Caixas

2.616.146

128.819

A exportação para a Argentina foi totalmente procedida por via marítima; para o Uruguai, por via terrestre.

Como se infere, a Argentina absorveu 91% da produção bananeira nacional, enquanto o Uruguai não foi além de 9%.

No primeiro semestre de 1968, eis o movimento: Argentina, 3.475.289 volumes; Uruguai 372.042; Europa, 4.405, o que dá o total de 3.851.736 volumes.

Entreposto - Em julho de 1968, foi instalado o Entreposto da Banana, no antigo prédio da Imigração, na Rua Silva Jardim, em ato que contou com a presença do secretário da Agricultura, dr. Herbert Levy.

O Entreposto da Banana, que ainda não dispõe de todos os recursos para conservação e estocagem da banana, atendeu, contudo, a uma das mais antigas reivindicações dos exportadores da fruta, com a vantagem, por exemplo, de acolher o produto e resguardá-lo das intempéries, além de oferecer-lhe outras condições que se exigiam para o seu aspecto físico.

Tão útil e necessário se faz o Entreposto que uma de suas dependências foi insistentemente solicitada pelos exportadores de laranja, a fim de armazená-la para futuro embarque marítimo, livrando-a, portanto, dos azares da permanência no cais.

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