BRASIL - Plantação de bananas
Imagem: cartão postal no acervo do professor e pesquisador santista Francisco Carballa
Banana pra dar e vender...
A banana ainda é a primeira fruta nacional de maior índice de exportação, quer dizer, quantitativamente, pois em valor comercial é superada pela laranja, também
escoada pelo porto de Santos, em sua maioria.
Sendo o grande celeiro de exportação da "musa paradisiaca", Santos não o é, porém, em produção, que em 1965 atingiu a 580.790 cachos, inferior à de 1964 (592.144 cachos), mas superior á
de 1963 (566.166), situado-se em 650 mil cachos, em números redondos, por estimativa, a produção havida em 1967 no Município, para fins de exportação. Os principais municípios exportadores da fruta, em toda a faixa litorânea paulista, são Itanhaém,
Itariri, Juquiá, Guarujá e Miracatu.
A Argentina ainda é o país que detém a hegemonia da importação do produto, como mercado tradicional e sustentáculo, por assim dizer, da economia bananeira, seguindo-se o Uruguai, que recebe a
fruta pela rodovia.
Segundo o Posto de Fiscalização e Classificação de Frutas que é órgão da Secretaria da Agricultura, o movimento de exportação da banana em 1967 ascendeu a 8.087.648 volumes, inferior aos anos
de 1966 e 1965, ou discriminadamente:
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Argentina
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Uruguai
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Cachos |
4.736.491
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606.192
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Caixas |
2.616.146
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128.819
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A exportação para a Argentina foi totalmente procedida por via marítima; para o Uruguai, por via terrestre.
Como se infere, a Argentina absorveu 91% da produção bananeira nacional, enquanto o Uruguai não foi além de 9%.
No primeiro semestre de 1968, eis o movimento: Argentina, 3.475.289 volumes; Uruguai 372.042; Europa, 4.405, o que dá o total de 3.851.736 volumes.
Entreposto - Em julho de 1968, foi instalado o Entreposto da Banana, no antigo prédio da Imigração, na Rua Silva Jardim, em ato que contou com a presença do
secretário da Agricultura, dr. Herbert Levy.
O Entreposto da Banana, que ainda não dispõe de todos os recursos para conservação e estocagem da banana, atendeu, contudo, a uma das mais antigas reivindicações dos exportadores da fruta, com
a vantagem, por exemplo, de acolher o produto e resguardá-lo das intempéries, além de oferecer-lhe outras condições que se exigiam para o seu aspecto físico.
Tão útil e necessário se faz o Entreposto que uma de suas dependências foi insistentemente solicitada pelos exportadores de laranja, a fim de armazená-la para futuro embarque marítimo,
livrando-a, portanto, dos azares da permanência no cais. |