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BONDES NO BRASIL
Pelotas/RS

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Bondes na Praça da República, em Pelotas, cerca de 1912
Foto publicada na página 841 da obra Impressões do Brazil no Seculo Vinte, de 1913

 

Um volume precioso para se avaliar as condições do Brasil às vésperas da Primeira Guerra Mundial é a publicação Impressões do Brazil no Seculo Vinte, editada em 1913 e impressa na Inglaterra por Lloyd's Greater Britain Publishing Company, Ltd., com 1.080 páginas, mantida no Arquivo Histórico de Cubatão/SP. A obra é ricamente ilustrada (embora não identificando os autores das imagens), incluindo a foto acima.

 

Bonde com tração animal, defronte à Intendência Municipal

Foto: cartão postal

Segundo o pesquisador Allen Morrison, de New York, uma linha de bondes com tração animal, inaugurada em 9/11/1873, serviu a cidade por 42 anos e a Rio Grandense Light & Power Syndicate, Ltd., registrada em Londres em 17/5/1912, instalou iluminação pública elétrica em Pelotas em 1914, iniciando a construção de uma linha de bondes elétricos junto com a empresa argentina Buxton, Cassini & Compañía, de Buenos Aires, começando a funcionar em 20/10/1915.

Foto cedida pelo pesquisador norte-americano Allen Morrison, de New York/EUA

Nesta foto, o bonde "Imperial", com dois andares, trafegando em Pelotas a partir de 1916. Foram empregados então cinco bondes de dois andares, possivelmente os maiores já operados no Brasil, maiores que os "Imperiais" de Porto Alegre. Em contraste, em março de 1920 a RGL&PS encomendou dois bondes Birney, que foram então os menores já operados no Brasil, sendo possivelmente os primeiros do gênero a operar no Hemisfério Sul. Em 1922, os bondes de dois andares foram reconstruídos como veículos de um andar apenas.

Pelotas servida por bondes elétricos, em meados da primeira metade do século XX

Foto: cartão postal

A Pelotas Tramways Co., que operou o sistema para a RGL&PS, foi adquirida em 1930 pela Electric Bond & Share, que atuou na cidade com o nome de Companhia de Energia Elétrica Rio Grandense. O sistema de bondes foi encerrado em abril de 1955, não deixando vestígios físicos na cidade.

 

A viagem pelos trilhos do Brasil continua...

Carlos Pimentel Mendes