ANIVERSÁRIO

Piratininga, um bairro seguro e com tranqüilidade

segurança e tranqüilidade são as principais características destacadas pelos moradores do Piratininga, que hoje completa 37 anos de existência. A vida pacata deve-se ao fato de o bairro estar localizado numa área isolada, entre a Avenida Bandeirante e a linha férrea de um lado e a Via Anchieta do outro. O isolamento impede a expansão, mas garante aos moradores a sensação de residir num espaçoso condomínio, no qual todos se conhecem e a sociedade de melhoramentos funciona como síndico.

Essa harmonia é confirmada por Ary Cruz de Oliveira, de 76 anos, que em 1974 trocou o movimentado Macuco pelo Piratininga. "Acabei de criar os meus filhos aqui e estimulei um deles a morar perto de casa", disse. Outra moradora, Maria de Fátima Uenaka, afirmou que quem escolhe o bairro para morar nunca mais vai embora. Ela chegou ao Piratininga com 18 anos, levada pelos pais, ao lado de seis irmãos. Casou, criou os filhos e agora cuida dos netos. "Somos uma grande família".

Outra família bem-sucedida é a dos Silva. Há 13 anos, três irmãos de origem nipônica compraram a única padaria do bairro com o dinheiro que conseguiram trabalhando no Japão. Expandiram a oferta de serviços e produtos com restaurante, minimercado e açougue. Testemunha desse crescimento, Diogo Correia da Silva, filho de um dos empreendedores, representa a segunda geração à frente do Aichiken Costelão, que leva o nome do estado japonês que os acolheu.

Qualidade de vida - O presidente da sociedade de melhoramentos, Francisco do Nascimento, atribui a qualidade de vida dos moradores do Piratininga às condições geográficas e a infra-estrutura oferecida pela Prefeitura de Santos.

Hoje, o bairro, com 308 mil m², 260 residências e cerca de 1.500 habitantes, tem as 13 ruas pavimentadas e é dotado de redes de luz, água, esgoto e drenagem, além de coleta diária de lixo e semanal de reciclável e Cata Treco.

Na sede da sociedade de melhoramentos, a Prefeitura oferece diversos serviços e atividades culturais e de capacitação.

A Seas mantém um Centro de Referência de Assistência Social (Cras), que atende famílias de baixa renda, e o programa Vovô Sabe Tudo, com cursos de pintura, tricô e crochê. A Secult proporciona aulas de teatro e canto e a Semes de ginástica. O Fundo Social de Solidariedade (FSS) levou para o bairro a Padaria Artesanal, como oportunidade de ampliação de renda e capacitação, também promovida em parceria com o Senai e o Sindicato da Construção Civil, nos cursos de solda e elétrica.

A Pastoral da Criança aproveita as instalações da entidade para, uma vez por mês, fazer o acompanhamento de setenta menores. Quanto ao transporte coletivo, a população é servida pela linha 108, com ônibus a cada 20 minutos, saindo do Terminal do Valongo.

No destaque, da esquerda para a direita, Maria de Fátima Uenaka, Francisco Nascimento, Diogo Correia da Silva e Ary Cruz de Oliveira

Foto: Cândido Gonzalez, publicada com a matéria