Lindalva Batalioto (no destaque) realizou
o sonho da casa própria num dos locais mais sossegados da Cidade
Fotos: José Herrera, publicadas com a
matéria
ANIVERSÁRIO
Piratininga, 36 anos de pura tranqüilidade
Bairro possui toda a infra-estrutura básica
O Piratininga, que
comemora 36 anos hoje, fica num cantinho da Alemoa, quase na divisa com Cubatão. É composto por 256 casas cujos moradores têm o privilégio de
desfrutar da tranqüilidade que já desapareceu de todos outros bairros de Santos. Quem mora lá tem a sensação de viver numa cidadezinha do interior,
com apenas 1.200 habitantes, mas com infra-estrutura básica, como ruas asfaltadas e iluminadas e escola pública.
O bairro surgiu em 1969 quando já era ocupado por 90 casas. Nos anos 70 o então Banco Nacional de Habitação (BNH) ergueu no local outras 160
moradias populares, casinhas geminadas, duas a duas, que ao longo do tempo foram reformadas e ampliadas. "Quando eu vim para cá era só lama, não
tinha nada. Agora tem padaria, tem tudo. É um bairro gostoso", conta a aposentada Antônia Santana dos Santos, 85, no lugar há 36 anos.
Há três anos a dona de casa Lindalva da Silva Batalioto, 42, realizou o sonho da casa própria,
financiou pela Caixa Econômica um imóvel no bairro. "Eu amo o Piratininga. Parece que eu já sou daqui há muito tempo. Aqui é sossegado e todo mundo
é amigo", declara, apaixonada. O mesmo sentimento é compartilhado pelo militar reformado Antônio Dias dos Santos Barbosa, 68, que há 34 anos mora no
número 65 da Rua Francisco R. da Silveira. "Ainda é um paraíso", admite. |
Novidades O Piratininga
foi beneficiado este ano com três projetos, dois na área social e outro na educacional. A Emef José da Costa e Silva Sobrinho é uma das 32 unidades
da Cidade onde é realizado o programa Nossa Escola, que visa ao aprimoramento do processo educativo e também o estreitamento dos laços familiares.
As Eemefs abrem aos finais de semana para realização de atividades educativas - como cursos, palestras e oficinas -, esportivas e de lazer. Pais,
alunos e a comunidade participam.
Já no âmbito social, em agosto o bairro ganhou um núcleo da Pastoral da Criança que pretende acompanhar o desenvolvimento de 70 menores, com visita
às famílias, pesagem e doação de remédios. A iniciativa é fruto da parceria com o Centro de Referência Social do Piratininga (CRS), equipamento da
Secretaria Municipal de Assistência Social (Seas) que funciona na Sociedade de Melhoramentos do bairro.
Outra novidade é a Padaria Artesanal, implementada pelo Fundo Social de Solidariedade (FSS), também neste semestre. A iniciativa faz parte do
projeto de Geração de Renda e capacita multiplicadores de informação para atuar na comunidade. São ensinadas receitas de quitutes como bolos, pães,
biscoitos, tortas e doces. As oficinas são gratuitas. Cada aluno recebe um livreto e a oportunidade de aumentar o orçamento doméstico. |