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Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 05/03/15 10:46:17

Publicado originalmente em: 09/04/00 01:36:20

Movimento Nacional em Defesa
da Língua Portuguesa

Documentos sobre a Língua Portuguesa

A reprodução destes 26 documentos objetiva formar um panorama das origens da língua portuguesa, desde os anos de formação a partir do latim e suas influências no continente europeu até o século XIX no Brasil. Por essa razão, inclui diversos documentos de outros idiomas, como o espanhol, o francês e o italiano.

Veja:
[01] Doação à Igreja de Sozello, no ano de 870 (latim-português)
[02] Auto de partilhas (1192 - português)
[03] Inquirições de D. Dinis (1288 - 1º documento escrito em Portugal)
[04] Juramento de Strasbourg (842 - escrito em minúscula carolina)
[05] A mais antiga canção francesa (1146 - dialeto anglo normando)
[06] Carta Capuana (960 - mais antigo documento em italiano)
[07] Diploma de Carlos Magno, datado de (14/9/774)
[08] Bula papal que reconhece o reino de Portugal (13/4/1179)
[09] Primeiro livro em latim impresso em Paris (1470)
[10] Mais antigo manuscrito italiano de canções (cerca do século XIII)
[11] Tratado de Tordesilhas (1493)
[12] Primeiros livros impressos em Portugal (1487/1489)
[13] Primeira página das Capitulações de Santa Fé (século XV)
[14] Cancioneiro Português da Biblioteca Vaticana
[15] Cancioneiro de Baena (século XV)
[16] Instruções de Vasco da Gama a Pedro Álvares Cabral (1500)
[17] Livro I das Ordenações Manuelinas (1515)
[18] Cancioneiro Geral de Garcia de Resende (1516)
[19] Asiento (contrato de Tesouraria) da época de Filipe II (século XVI)
[20] 1ª gazeta publicada em Portugal (1641)
[21] 1ª edição da Gazeta do Rio de Janeiro (10/9/1808)
[22] 1ª edição do Correio Braziliense (junho de 1808)
[23] 1ª edição do Diário do Rio de Janeiro (1/6/1821)
[24] 1ª edição do Revérbero Constitucional Fluminense (15/9/1821)
[25] Carta sobre o "Fico", escrita pelo Príncipe D. Pedro
[26] Marmota Fluminense, com 1º texto de Machado de Assis (12/1/1855)

Em abril de 2015, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) começou a divulgar resultados de extensa pesquisa sobre o falar brasileiro do idioma português, comprovando o que já se pressentia: que os brasileiros mantiveram o ritmo do idioma falado no tempo das Descobertas (1500), enquanto os portugueses se distanciaram dessa forma, acelerando a pronúncia das palavras. O trabalho foi publicado em texto na Revista Fapesp 230, de abril de 2015, e em vídeo nas redes sociais Youtube (em 29/4/2015) e Facebook (em 30/4/2015). Veja o vídeo:

A matéria foi publicada nas páginas 16 a 23 da Revista Fapesp 230, de abril de 2015 (clique >>aqui<< ou numa das imagens abaixo para obter a versão PDF):

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Imagens: reproduções parciais da Revista Fapesp 230

 

Na Carta do Editor, publicada na página 7 da revista, com o título O idioma em evolução, o editor-chefe Neldson Marcolin escreve: "A língua portuguesa falada no Brasil sempre pareceu estranha, por vezes irreconhecível, aos naturais de Portugal. O inverso também é verdadeiro. É comum encontrar visitantes brasileiros em sua primeira viagem à terra de Camões que, inicialmente, pouco entendem o português europeu. Em tom quase sempre jocoso, uns acusam outros de se expressar em um idioma sem sentido, de difícil compreensão. A discussão pertence àquele gênero em que todos têm grande parte de razão. A língua dos colonizadores portugueses no Brasil nunca parou de se transformar, embora se encontrem rudimentos do português antigo em alguns poucos lugares do imenso território brasileiro. O idioma falado por aqui foi levado e disseminado para o Sul e Centro-Oeste do país desde o século XVI pelos bandeirantes paulistas, que imprimiram a ele aspectos regionais colhidos durante as longas viagens exploratórias. A reportagem de capa desta edição conta histórias como essa baseada em um extenso estudo realizado nos últimos 30 anos, que identificou características próprias do português brasileiro. A língua falada no nosso país hoje pode ser considerada única, tal a diferença com o original europeu. Os especialistas estimam que, talvez, em mais 200 anos, ela se torne efetivamente autônoma, como explicado na reportagem do editor especial Carlos Fioravanti [...]"

 

O acervo na Internet da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) possui quase 500 cartas consultadas para esta pesquisa. O acervo de documentos usado na pesquisa (Corpus do Projeto História do Português Paulista) também está disponível no site da Universidade de São Paulo (USP), bem como o mapa com As Rotas do Português Paulista:

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Imagem: reprodução parcial da Revista Fapesp 230

 

A citada carta do soldado Manoel Coelho ('...pro bem nem pro mar...") é transcrita na página 76 do volume II de Sintaticização, Discursivização e Semanticização das Orações de Gerúndio no Português Brasileiro (José da Silva Simões, São Paulo: USP/Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas/Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas/Programa Filologia e Língua Portuguesa, 2007), após a transcrição de outra correspondência referente ao assunto (páginas 74/75). Clique >>aqui<< ou na imagem abaixo para obter o PDF completo:

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Imagem: reprodução parcial da página 76 de documento existente na Universidade de São Paulo (acesso: 3/5/2015)