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GEOGRAFIA E ECONOMIA DE CUBATÃO
Aspectos geográficos (5)

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Estes dados geográficos foram baseados no livrete O que você precisa saber sobre Cubatão, de Francisco Rodrigues Torres, João Carlos Braga Júnior e Welington Ribeiro Borges, editado em 2002 pela Design & Print, de Cubatão, com o apoio do Arquivo Histórico Municipal de Cubatão. A listagem das áreas urbanas de Cubatão (bairros, vilas etc.) foi obtida no site Portal de Cubatão. As referências complementares são do 2º Boletim Informativo sobre o Município de Cubatão, editado em setembro de 1973; do 4º Boletim Informativo - 1976 - Cubatão e do 5º Boletim Informativo - Cubatão - 1981, editados pela Prefeitura deste município nos anos citados: 
 

Rio Cubatão em 1976
Foto: 5º Boletim Informativo - 1976 - Prefeitura Municipal de Cubatão

Clima

O clima predominante em Cubatão é o tropical com suas variações quente e úmido. Verifica-se também a existência de variações climáticas de acordo com as características geográficas do relevo, como o clima da serra, o clima das áreas industrializadas, do sopé da serra e dos manguezais.

Nos terrenos baixos e planos, cobertos de mangue, impera o forte calor que produz grande evaporação. Na encosta da Serra do Mar, onde chegam a se condensar os ventos marítimos, cheios de umidade, tem-se fortes precipitações constantes.

A umidade relativa do ar é superior a 80%, o que se coaduna com a alta taxa pluviométrica: média anual de 2.541 mm. A temperatura é variável, constatando-se 36º C como média das temperaturas máximas e 12º C como média das temperaturas mínimas (N.E.: o controle dos fatores de poluição que geraram a alcunha Vale da Morte provocou alterações climáticas sensíveis, inclusive na redução da temperatura máxima local).

Anos

Pluviosidade

Temperatura (º C)

Máxima

Média anual

Média diária

Máxima

Mínima

Média

1976

172

3.543

9,68

37

10

22,1

1977

117

2.512

6,88

38

12

23,2

1978

154

2.301

6,30

39

11

22,4

1979

95

2,146

5,87

37

7

22,2

Obs.: a pluviosidade mínima registrada nos dias com pequenas precipitações é de 1 mm.

A pluviosidade média anual citada é o valor acumulado anual das precipitações pluviais

Em função das características geofísicas do relevo, verifica-se a ocorrência de variedades climáticas, ou microclimas:

1) clima da serra - a escarpa funciona como verdadeira barreira climática, acarretando a condensação da umidade, em forma de nuvens, neblina ou cerração. A elevada umidade favoreceu o desenvolvimento de rica cobertura florestal e, devido à altitude, a temperatura ali é mais baixa 2 a 3º C em relação à planície;

2) clima dos vales - caracterizado pelas formações intensas de nevoeiros e alterações da temperatura através da atuação de brisas ascendentes e descendentes;

3) clima das áreas industrializadas do sopé da serra - a poluição do ar, provocando a condensação da umidade atmosférica, faz com que, conforme o estado hidrométrico e a temperatura do ar, formem-se névoas úmidas e secas; as temperaturas aí são sempre mais elevadas que na faixa praiana, devido à ausência de brisas;

4) clima dos manguezais - não sendo estas áreas atingidas por brisas, o clima se torna relativamente mais quente. Devido à decomposição orgânica e à evaporação marinha, o ar ali é bastante impregnado de amoníaco;

5) clima dos morros - estando esta área exposta mais diretamente aos ventos prevalecentes, pode ter atenuadas as suas altas temperaturas; isso, entretanto, pode também acentuar as baixas temperaturas, como ocorre nos vales;

6) clima da orla litorânea - apresenta-se com maior teor de cloreto de sódio no ar atmosférico. O clima ali é dos mais agradáveis, graças à ação das brisas marítimas que atenuam o calor. O clima é afetado pela atuação dos ventos dominantes, como o do quadrante Noroeste (quente, produzindo efeitos fisiológicos, como irritabilidade e depressão) e Sudoeste (violento, podendo ser acompanhado de temporais).


Área industrializada de Cubatão, no sopé da Serra do Mar
Foto: Cesar Cunha Ferreira, 14/5/2004

 
As informações a seguir foram divulgadas pelo Sistema de Alerta a Inundações de São Paulo (Saisp), pela empresa Acqua Consultoria (palestra de Mario Thadeu Leme de Barros - Poli/USP), e pela Prefeitura Municipal de Cubatão:
 
A necessidade do monitoramento em tempo real de informações sobre as chuvas na região ficou evidenciado em janeiro de 1976, quando fortes chuvas ocorridas na Região Metropolitana de São Paulo colocaram em risco a segurança do reservatório de Guarapiranga, na cabeceira do Rio Pinheiros. Seria catastrófico o rompimento desse reservatório, devido ao elevado grau de urbanização a jusante (logo abaixo dessa barragem). Assim, a partir de 1977, começaram a ser implantados postos fluviométricos e pluviométricos, alguns deles em Cubatão.

No âmbito do Sistema de Alerta a Inundações de São Paulo (Saisp), operado pela Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica (FCTH), são gerados boletins de monitoramento de chuvas a cada cinco minutos, e o Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE), além de manter o radar Ponte Nova em Biritiba-Mirim (cabeceira do rio Tietê, divisa com Salesópolis, na Grande São Paulo), cobrindo uma área com raio de 240 km, vem implantando uma rede telemétrica com postos em Alto Tietê, Cubatão, Registro e Piracicaba.

O posto de Cubatão é operado pelo Conselho Municipal de Defesa Civil (Comdec) da Prefeitura e faz varreduras a cada 30 minutos, com zeramento automático dos sensores de chuva a 7 horas.

As previsões são feitas usando equações matemáticas que levam em conta a intensidade das chuvas, a vazão das águas e uma tabela estatística com dados históricos coletados em mais de 20 anos de pesquisas hidrológicas.

Devido aos riscos de deslizamento nas encostas da Serra do Mar, intensificados no período das chuvas de verão, a cada ano, de 1º de dezembro a 31 de março do ano seguinte (podendo ser antecipado o início ou adiado o final), desde 1989 é implantado anualmente o Plano Preventivo de Defesa Civil (PPDC), para atenção intensificada aos efeitos das chuvas, trocando informações com a Defesa Civil do Estado de São Paulo, conforme previsto no decreto estadual 30.860 de 4/12/1989, redefinido pelo decreto 42.565 de 1/12/1997.

Específico para controlar os escorregamentos nas encostas paulistas da Serra do Mar, envolve ações de monitoramento dos índices pluviométricos e da previsão meteorológica, vistorias de campo e atendimentos emergenciais, com o objetivo principal de evitar a ocorrência de mortes, com a remoção preventiva e temporária da população que ocupa as áreas de risco, antes que os escorregamentos de terra e rochas atinjam suas moradias.

No mesmo período do PPDC é também ativado o Plano de Contingência promovido pela Comissão Especial para Restauração da Serra do Mar (CERSM), dele participando entidades como a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a Ecovias, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), o Instituto Geológico (vinculado à secretaria estadual do Meio-Ambiente), o DAEE e a Prefeitura de Cubatão.


Os sete postos instalados da Rede Telemétrica de Cubatão
Imagem: Acqua Consultoria


Os postos da Rede Telemétrica de Cubatão
Imagem: SAISP


Abrigo de instrumentos de um posto telemétrico
Fotos: Acqua Consultoria


O radar meteorológico de Ponte Nova, em Biritiba-Mirim, cabeceira do Rio Tietê
Foto: Acqua Consultoria

Veja as informações climáticas de Cubatão atualizadas

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