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Edição 2 - 27/6/2002 

ENFOQUE

Mudanças no agenciamento marítimo

Christian von Lachmann (*)

O mercado marítimo e portuário sofreu alterações significativas a partir da Lei de Modernização dos Portos (Lei nº 8.630, de 25/2/1993) e, com a sua implementação, foram criadas várias entidades, entre elas o operador portuário, que passou a ser responsável pela estiva, função exercida anteriormente pela agência. Este fato se deu pela necessidade do operador portuário assumir responsabilidades como avarias a cargas e navios e a contratação de mão-de-obra e seguros.

Assim, as agências passaram a focar seu trabalho no agenciamento portuário e comercial para os armadores. Com o aumento do comércio exterior, houve um incremento de companhias de navegação operando no Brasil e um crescimento na quantidade das escalas dos navios. Este cenário foi propício ao surgimento de pequenas agências de navegação, que conquistaram uma parte do mercado.

O excesso de ofertas gerou uma queda no valor dos fretes e as empresas de navegação tiveram que mudar a postura de negócios, formando-se parcerias que visavam o aumento do valor dos fretes e seu poder de negociação.

Com este encolhimento do mercado, algumas agências quebraram, e as que ficaram já vinham investindo em tecnologia para aumentar a produtividade. Com o fechamento de algumas agências, muitos profissionais da área comercial destas criaram empresas non-vessel operators common carriers (NVOCCs), acarretando uma grande oferta de serviços.

Aliado a isso, muitos armadores, com os custos divididos entre os membros das parcerias, lançaram novas linhas, gerando um conflito comercial entre os clientes de uma mesma agência. O lançamento dessas novas linhas, e esse conflito comercial, levaram as companhias de navegação a abrirem suas próprias agências, primeiramente só comerciais, posteriormente operacionais (portuárias), o que reduziu ainda mais o mercado das agências marítimas independentes (não pertencentes às companhias de navegação).

As agências marítimas - entre elas a Wilson, Sons Agência Marítima -, ao longo dos últimos anos, vêm investindo em tecnologia e treinamento de pessoal, devido à certeza de que o aumento da produtividade pode propiciar preços mais competitivos, sempre agregando valor para seus clientes.

(*) Christian von Lachmann é diretor do grupo Wilson Sons.