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HISTÓRIAS E LENDAS DE S. VICENTE - PATRIMÔNIO
Começa a proteção aos bens históricos (1)

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O início dos trabalhos para a proteção oficial do patrimônio histórico, artístico e arquitetônico vicentino começou em 2008, com o tombamento de diversos imóveis, conforme registrado pelo jornal santista A Tribuna, de 6 de novembro de 2008 (página A-11):


Os locais a serem preservados

Fotos: Paulo Freitas, publicadas com a matéria (cor acrescentada por Novo Milênio)

HISTÓRIA

Condephasv completa um ano e pede 17 tombamentos à Prefeitura

Memória da Cidade pode passar a contar com proteção legal. Recomendação será encaminhada a Tércio Garcia

Valéria Malzone

Da Redação

O Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arquitetônico, Artístico, Cultural e Turístico de São Vicente (Condephasv), que acaba de completar um ano de existência, quer tombar, em âmbito municipal, 17 estruturas da Cidade.

Integram a lista (ver quadro) os principais monumentos históricos e turísticos, como a Biquinha de Anchieta e o Marco Padrão, além de algumas fachadas de edificações e de imóveis de propriedade pública e também privada, como a do Edifício Gáudio, na Praia do Gonzaguinha, cujo prédio conta com um bunker (abrigo antiaéreo da Segunda Grande Guerra).

Apesar de ser considerada a Primeira Cidade do Brasil (de 1532), São Vicente possui este paradoxo de não ter ainda nenhum bem tombado em nível municipal. Há somente dois na esfera federal pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e outros dois em caráter estadual pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do do Estado de São Paulo, o Condephaat. (ver quadro).

Avaliação

"Acredito que esta medida irá valorizar bastante a Cidade e também estes imóveis, sejam eles de propriedade de pessoas físicas ou jurídicas"

Tércio Garcia,

prefeito de São Vicente

Valorização - Segundo o presidente do Condephasv, o historiador Marcos Atanásio Braga, a relação dos bens será encaminhada ao prefeito Tércio Garcia (PSB) para análise. Questionado sobre o assunto, Tércio já adiantou que é totalmente favorável a esta iniciativa.

"Vamos fazer os estudos necessários, inclusive pelo departamento jurídico da Administração Municipal. Independentemente disso, acredito que esta medida irá valorizar bastante a Cidade e também estes imóveis, sejam eles de propriedade de pessoas físicas ou jurídicas", disse o prefeito.

Tércio acrescentou que São Vicente ganhará tanto nos aspectos culturais e turísticos como econômicos. "É um belo gesto do conselho no seu primeiro ano de aniversário", opinou.

O Condephasv tem 22 membros que representam entidades e secretarias municipais. O conselho foi criado exatamente para defender e valorizar o pouco que resta dos monumentos e da arquitetura histórica de São Vicente. Conforme o presidente da entidade, Marcos Braga, a proposta de tombamento visa principalmente resgatar e valorizar o passado do Município.

"Por estar perto da Capital, São Vicente sofreu a pressão do boom imobiliário do veranismo, a partir da década de 60. Esse fator, aliado à insensibilidade para a questão da preservação de bens históricos, fez praticamente desaparecer antigas construções que, de alguma forma, representavam o período da fundação da Cidade", analisou o historiador.

Otimismo - Braga disse que a proposta não deverá ter empecilhos, "já que a maioria dos imóveis e monumentos da lista pertence ao Governo do Estado e à Prefeitura". Além disso, a idéia é tombar principalmente as fachadas, telhados e volumetria dos imóveis. "Neste nível de tombamento, os proprietários ficam livres para promover alterações no interior destes bens, no caso dos particulares".

Já o tombamento de monumentos tão conhecidos, como a Biquinha de Anchieta, por exemplo, irá suprir para o historiador uma verdadeira lacuna. "A Ponte Pênsil, que também é muito conhecida, já é tombada em nível estadual (em 1982), mas a Biquinha, que é outro símbolo vicentino, não tem ainda este reconhecimento".

A Tribuna não esquece


Imagem: reprodução, publicada com a matéria

20 de maio de 2007

Antes desta proposta do Condephasv, São Vicente só contava com dois patrimônios protegidos em nível federal pelo Iphan (Porto das Naus e Igreja Matriz) e mais dois em âmbito estadual pelo Condephaat (Ponte Pênsil e Casa do Barão). A denúncia da desproteção do patrimônio da Cidade, que sequer contava na ocasião com um conselho de preservação de sua história, foi feita por A Tribuna, em 20 de maio do ano passado. A reportagem mostrava, ainda, que pontos turísticos do município estava abandonados e abrigavam desocupados.

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