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Produção
O município de Santos não é dos mais ricos em matéria agrícola e mineral, por falta de
melhor e mais ampla exploração.
No REINO VEGETAL está presentemente a sua maior riqueza, que são as bananas. Os
bananais cobrem uma quarta parte do seu território, e, além do consumo interno (Santos, São Vicente e São Paulo) que é grande, estima-se a saída
para o estrangeiro, em 13 milhões de cachos anualmente, produzindo alguns milhões de cruzeiros para a nossa economia.
Vem em seguida a cultura da cana-de-açúcar, empregada no fabrico da aguardente, e
depois, a cultura da mandioca, da batata doce e da terra, das laranjas e tangerinas, do milho, do feijão e das hortaliças.
As florestas do município são vastas, ocupando mais de metade da área municipal e
fornecendo palmitos, raízes, fibras, orquídeas, lenha, madeiras comuns e de lei, entre as quais citam-se: a peroba, as canelas, o cedro, o
vinhático, a copaíba, a marinduba, a massaranduba, a caixeta, a tamanqueira, o guaperuvu, o embirussu, o guaratã e muitas outras.
No REINO ANIMAL, na classe dos animais domésticos, existe no município a criação de
galinhas comuns e de raça, de patos e marrecos, de pássaros, de porcos e cabras. Nas florestas encontram-se em grande quantidade os porcos do mato
(catetos, queixadas e canelas ruivas), os veados (pardos, mateiros e catingueiros), capivaras, antas, pacas, cotias, macacos e monos, onças e grande
número de aves, como jacus (caca, pema, guassu e tinga), macucos urus, tucanos, saripocas, surucoás, pavôs, maitacas, inhambús, juruvas e uma
imensidade de aves menores.
No REINO MINERAL pouca coisa existe descoberta e explorada, sabendo-se contudo que
existem em abundância, nos morros do município, os quartzos diversos, as micas ou malacachetas, o esmeril, as turmalinas, os mármores etc.
Fontes de águas minerais não se conhecem no município: apenas as águas do Itororó eram
apontadas nos antigos relatórios estatísticos nacionais e estrangeiros entre as boas águas férreas do mundo.
A pesca está bastante desenvolvida, existindo organizações que exploram o comércio do
peixe e grande número de pescadores isolados, que fornecem ao Mercado Municipal e à cidade de S. Paulo. As tainhas, os robalos, as pescadas e
pescadinhas, os badejos, as garoupas, as cavalas, os sargos, os paratis, as manjubas, as savelhas, as sardinhas, os cações, os meros, os caçonetes e
as jamantas, ainda são os peixes mais comuns à procura, sem falar nos camarões. Os mangues e costões continuam a fornecer milhões de caranguejos,
ostras e mariscos, muito apreciados pelo povo. |