MAPAS DE SANTOS
Mapa de Diogo Homem, 1558
"Essa terra, senhor, é em toda parte mui formosa..." A notícia chegara ao rei de
Portugal logo depois do descobrimento do Brasil. Mais de meio século depois, muita coisa já se sabia sobre o Novo Mundo. Falava-se de serras,
montes, matas, florestas, animais, araras multicores, monstros marinhos, e até de um enorme mar de águas doces.
E, de tudo que se contava, o que mais impressionava os europeus era que os índios, estranhas criaturas que
não usavam roupas, não tomavam vinho e não praticavam o comércio, assavam e comiam os seus inimigos. Assim, na cartografia, além da preocupação de
descrever os acidentes geográficos, os cosmógrafos ilustravam seus mapas com figuras características da terra.
Um belo exemplo é essa carta de Diogo Homem (cosmógrafo oficial do Reino português), confeccionada em 1558.
Ela mostra toda a América do Sul e as Antilhas, é em pergaminho iluminado, e o seu original, parte do "Atlas de Diogo Homem", encontra-se no
Museu Britânico, em Londres. Clique na imagem para ampliá-la:
Imagem: Mapas Históricos Brasileiros, da enciclopédia Grandes Personagens da Nossa
História, ed. Abril Cultural, São Paulo/SP, 1969. Reprodução do fac-simile
existente na mapoteca do Ministério das Relações Exteriores, situada no Rio de Janeiro, no então estado da Guanabara
O mapa, visto abaixo em outra reprodução, mostra as terras sulamericanas desde o Brasil até a Patagônia ("Terra
Incognita"), bem como a "Terra Argêtea", futura Argentina (e Paraguai), destacando-se a forma como é apresentada a Bacia do Prata. Nas
ilustrações, os brasões das várias regiões, os costumes indígenas, as caravelas e os lendários monstros marinhos. Junto ao Equador, bem destacado, o
sinuoso Rio Amazonas:
No destaque, o trecho correspondente à costa Sudeste do Brasil e seu interior, acompanhando o Trópico de
Capricórnio, que passa pela atual São Paulo:
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