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MAPAS DE SANTOS
Estampa de Jan Janes - 1621

Descreve a invasão do corsário holandês Spilbergen em 1615 e mostra que o porto de São Vicente teria, na época, duas barras, por onde entrariam grandes navios: vê-se até um galeão holandês fundeado defronte à Praia de Paranapuã. A estampa foi baseada em relato impreciso do escrivão da nau capitânia de Spilbergen, João Cornelissen de Mayz:


Conforme publicado em Americae Praeterita Eventa - Helmut Andrä e Edgard de Cerqueira Falcão,
Editora da Universidade de São Paulo, 1966. Obra trílingüe (português/inglês/alemão), reproduz parte de Historia Antipodum oder Newe Welt, originalmente publicada em 1631 pelo gravador suíço Matthäus Merian e pelo escritor e compilador Johann Ludwig Gottfried.

Outra versão desse mapa - com diferenças estéticas como as ondas no mar e o arremate no horizonte, além do desaparecimento de um riacho que chegava à vila de São Vicente pela esquerda - é esta  "Vista de São Vicente" da obra de Spilberger de 1619 (reproduzido em Tradição e Ruptura, página 42, Fundação Bienal de São Paulo). Nela, talvez a mudança mais significativa seja a discreta retirada do polêmico trecho final do rio que se supunha cortar a ilha em duas partes, e que aqui aparece como apenas atingindo os montes junto à praia:

Mapa citado em redução na História de Santos/Poliantéia Santista, de Francisco Martins dos Santos e Fernando Martins Lichti, 1986, 3 volumes, com a descrição:

 

Elucidário original da estampa de Jan Janez, de 1621
(vertido do francês para o português)

A - São seis chalupas, com as quais enviamos gente a terra
B - São nossos soldados, em formatura, a fim de que pudéssemos mais seguramente refrescar a Armada

C - É a Igreja de S. Marie de Nague, com uma casa trapiche de açúcar

E - São tropas armadas, tanto de portugueses como de naturais, aparecendo à beira do mar

D - É um dos nossos navios postos de sentinela


F - É a forma da cidade de São Vicente


 

G - É a forma da cidade de Santos

H - É uma fortificação levantada na costa, junto ao rio
I - São 4 das nossas chalupas subindo o rio em busca de "refresco"
J - É um dos nossos navios que monta guarda sobre nossas chalupas
L - São também tropas mistas, de portugueses e naturais, que se mostram junto ao mar


 

N - É uma escaramuça onde perdemos quatro dos nossos homens


 

M - É um pequeno navio que aprisionamos aos portugueses

O - É toda a nossa frota


P - Como destruímos o navio português

Q - O modo como se vestem os brasileiros, tanto os homens como as mulheres


R - É a maneira como muitos dormem, em uma rede, presa às árvores

Obs: os destaques de imagens acima descritos tiveram excluídos os elementos não pertencentes a cada conceito, para maior clareza.

 

Em sua obra Capitanias Paulistas, o pintor, historiador e escritor Benedicto Calixto de Jesus insere a reprodução dessa estampa (clique na imagem para ampliá-la):

 

Clique na imagem para ampliá-la

SÃO VICENTE E SANTOS EM 1615 - ESTAMPA E LEGENDA DO MIROIR OOST AND WEST INDICAL, RELAÇÃO DE VIAGEM DE JORIS VAN SPILGBERGEN AMSTERDAM 1621 - Este mapa, datado de 1616, mostra que o porto de São Vicente tinha, naquela época, duas barras, por onde entravam grandes navios. Vê-se até um galeão holandês, fundeado em frente à praia de Paranapuã

Imagem inserida entre as páginas 52 e 53 da obra Capitanias Paulistas, de Benedicto Calixto