Como na tragédia de 1928, as chuvas torrenciais foram mais uma vez, em 1956, a causa
principal dos desbarrancamentos ocorridos em vários morros santistas. Moradores perderam as casas que haviam construído em locais perigosos ou no sopé dos morros, e a cidade, traumatizada, voltava a se unir para auxiliar os desabrigados.
Na edição de 28 de março de 1997 do jornal A Tribuna, a seção Santos em 1956, do jornalista Hamleto Rosato, rememorava a situação em que a cidade se encontrava 41 anos
antes:
"As violentas chuvas passaram. Todavia, de quando em vez, elas retornavam, porém, sem a impetuosidade dos dias 25 e 26. Os moradores dos morros continuavam ansiosos, pois os
barracos, em bom número, poderiam desabar. A população do Morro do Pacheco, que, como os demais, sofreu danos materiais, começava a deixar suas casas. Desciam carregando tudo quanto podiam, pois havia ainda ameaça de
chuvas fortes. A Cidade toda estava solidária com os moradores dos morros e procurava ajudar. Clubes de servir, esportivos, recreativos ou sociais, bem como entidades diversas, juntavam-se para cooperar. Lojas maçônicas de Santos acolhiam os que
ficaram sem suas casas e os membros da organização trabalhavam junto ao poder público para se conseguir a construção ou reconstrução dos chalés. O fac-símile mostra muitos móveis ao sopé do Morro do Pacheco."
Foto publicada em A Tribuna em 28/3/1997
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Para prevenir escorregamentos de encostas e outros desastres do gênero, em 1980 o Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT) realizou a primeira carta
geotécnica nacional, enfocando os morros santistas. Subsidiando as pesquisas, incluiu no site estas imagens, dos deslizamentos de encostas decorrentes das fortes chuvas registradas em 1956:
Escorregamento do Monte Serrat, vendo-se à esquerda a Avenida São Francisco
Foto: acervo da Fundação Arquivo e Memória de Santos, no site do IPT (acesso: 3/2/2016)
Equipes de salvamento na encosta do Monte Serrat, em 1956
Foto: acervo da Fundação Arquivo e Memória de Santos, no site do IPT (acesso: 3/2/2016)
Novo Milênio agradece ao internauta José Santos por esta informação |