Quando a Rua da Constituição ainda era denominada Rua
Josefina (e também conhecida como Rua da Palha), foi feita esta foto no cruzamento dessa via com a Rua do Rosário (atual Rua João Pessoa), na
direção do estuário do porto, no Paquetá. A imagem é de 1865 e foi obtida pelo fotógrafo Militão Augusto de Azevedo:
Rua do Rosário vista da esquina com a Rua Josefina,
em foto de Militão Augusto de Azevedo
(albúmen com 10,8 x 16,1 cm, no acervo do Museu Paulista)
Imagem reproduzida no livro Santos e seus Arrabaldes - Álbum de Militão Augusto de
Azevedo, de Gino Caldatto Barbosa (org.), Magma Editora Cultural, São Paulo/SP, 2004
Sobre o local e a foto, comentou o arquiteto Gino Caldatto Barbosa, no livro
Santos e seus Arrabaldes - Álbum de Militão Augusto de Azevedo, em 2004:
"Segmento do eixo viário iniciado pela Rua
Formosa, ligava a Igreja Nossa Senhora do Rosário ao setor de Paquetá, tangenciando a face Sul da cidade. Em 1865, sua
extensão não superava os limites do antigo Caminho da Barra. Cruzava numerosas ruelas e becos, tecendo uma rede de
comunicação viária que facilitava a correspondência vocacional com a Rua Áurea.
"Foi local de concentração de mestres de ofício e trabalhadores autônomos, atraindo
profissionais como o viajante Domingos Portugal, retratista que durante passagem por Santos decidiu montar no logradouro um pequeno estúdio numa
casa amarela, de número 102, em frente à residência de 'doutor Firmino' (Revista Comercial, 13/maio/1865, p. 4).
"A visão que Militão registrou no cruzamento com a Rua Josefina, atual Rua Martim
Afonso (N.E.: na verdade, a Rua Josefina foi formada em 1808 e manteve tal nome até 1922,
quando recebeu o nome atual de Rua da Constituição. Portanto, a Rua Martim Afonso nunca recebeu a denominação de Rua Josefina),
direciona o foco a Paquetá, área de escasso povoamento, onde encontra seus limites físicos, permitindo o contraponto à distância com a tomada da Rua
Formosa, na extremidade oposta do eixo viário." |